Essa "água espacial" está carregada eletricamente e, ao contrário das outras fases mais familiares, - a líquida, a gasosa e a sólida - essa nova fase da água não ocorre naturalmente na Terra.
No entanto, nas nuvens que rodeiam as estrelas jovens, onde a luz ultravioleta está sendo arremessada através do gás, esta irradiação pode arrancar um elétron da molécula de água, deixando-a carregada eletricamente.
"Essa detecção de vapor de água ionizada foi uma surpresa," diz Arnold Benz, do ETH de Zurique. "Ela nos diz que há processos violentos ocorrendo durante as fases iniciais de nascimento das estrelas, o que leva à propagação de radiação energética através da nuvem."
Localizada na constelação da Raposa, esta imagem mostra o que os astrônomos estão chamando de "linha de produção de estrelas". [Imagem: ESA/Hi-GAL Consortium]
À medida que as estrelas começam a formar-se, o gás e a poeira que as rodeiam aquecem até algumas dezenas de graus acima do zero absoluto, emitindo radiação no comprimento de onda do infravermelho. A atmosfera da Terra bloqueia a maior parte desses comprimentos de onda, o que praticamente restringe sua observação a telescópios espaciais.
O Herschel é o maior telescópio espacial já lançado e ele varre o céu justamente no faixa do infravermelho. O diâmetro do seu espelho principal é quatro vezes superior ao dos telescópios espaciais de infravermelho lançados até então e é uma vez e meia maior do que o do Hubble. Graças à sua resolução e sensibilidade sem precedentes, o Herschel está começando a gerar um censo das regiões de formação de estrelas da nossa galáxia.
"Antes do Herschel, não era clara a forma como se juntava o material na Via Láctea, em densidade suficientemente elevada e a temperaturas adequadamente baixas para a formação de estrelas," diz Sergio Molinari, do Instituto de Física do Espaço Interplanetário, em Roma. Site Inovação Tecnológica
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