domingo, 30 de janeiro de 2011

ÁRVORES EIXO SIMBÓLICO DE LIGAÇÃO ENTRE O MUNDO DIVINO E O MUNDO FÍSICO

Sequoia Hyperion é a árvore mais alta do mundo com 115,6 metros de altura

A mera presença delas desperta uma paz e um sossego na alma humana. Esse é um segredo que explica por que - desde os tempos mais remotos - em todos os cantos do mundo, os sábios e místicos têm usado florestas como locais de refúgio e de inspiração. Há uma relação natural e instintiva entre a árvore e o homem. Até os seus modos de respirar se completam.

Aquele que medita pode aprender com as árvores uma sábia e serena imobilidade. Na antiga Índia, conta a lenda que Gautama Buda alcançou a iluminação ao pé de uma grande árvore chamada Bodhi, símbolo da sabedoria universal. Sentou-se ali em um entardecer, foi saudado amorosamente pelos seres da floresta.

É difícil imaginar seres tão benéficos quanto as árvores. Elas embelezam a paisagem, dão sombra, madeira, frutas, e são o refúgio e abrigo de pássaros e outras espécies de animais. Comunicam o subsolo com a atmosfera e purificam o ar. Atraem nuvens, regulam as chuvas, estabilizam o clima e garantem a umidade do solo. Combatem a erosão e evitam o excesso de ventos.

Mas, além das suas funções vitais e práticas, a árvore tem uma forte natureza mágica. Ela é universalmente considerada um símbolo do relacionamento entre céu e terra. Com sua estrutura vertical - o tronco - a árvore estabelece um eixo simbólico de ligação entre o mundo físico e o mundo divino. Por outro lado, seus galhos, ramos, folhas e frutos reúnem toda uma comunidade de aves, insetos, répteis e pequenos mamíferos, o que é um símbolo da infinita diversidade da vida.

Naturalmente, o Paraíso da tradição judaico-cristã é um bosque. Ali, segundo Gênesis, II, "Deus fez crescer do solo toda espécie de árvores formosas e boas de comer". Porém, há duas árvores que se destacam nesse local sagrado. Uma delas é a árvore da sabedoria, que dá o conhecimento. A outra é a árvore da vida, que simboliza a imortalidade.

Estas duas árvores não são inteiramente exclusivas da Bíblia: em seu tratado sobre história das religiões, Mircea Eliade destaca que os antigos babilônios situavam duas árvores na entrada leste do Céu. Uma era a árvore da vida, e a outra a da verdade.

No Bhagavad Gita hindu (Cap. XV), o Universo é uma árvore invertida que tem suas raízes no céu e suas folhas e frutos na Terra. Seu nome é Asvartha, e sua imagem simboliza a manifestação concreta da vida cósmica. A mesma árvore com raízes no céu e frutos na terra aparece sob o nome de Yggdrasil no folclore dos países do Norte da Europa.

Do ponto de vista microcósmico, essa árvore mitológica representa cada alma humana, cujas origens e raízes estão na eternidade, mas cujas folhas e frutos são as atividades práticas do mundo concreto.

Macrocosmicamente, esta árvore simboliza o universo material como um todo, que surge periodicamente do mistério e do mundo oculto para florescer em uma vida física e espiritual infinitamente variada.

Cada ser humano, como cada árvore, é uma miniatura e um resumo do universo. Esse é um dos motivos pelos quais temos tanto a ganhar convivendo com as árvores. A experiência de comunhão com elas faz parte de uma comunhão maior com toda a natureza e liberta a alma humana de seu sofrimento. John Muir, o grande pioneiro da preservação ambiental, deu seu testemunho a respeito.

Certo dia, no final do século 19, John estava decepcionado com alguns seres humanos. Para recuperar a consciência da sua unidade interior com todas as formas de vida, ele foi nadar sozinho em um grande lago, em região desabitada. Mais tarde, contou: "Foi o melhor batismo de água que jamais experimentei". Ao sair do lago, ele olhou para o norte e viu as montanhas. Observou como as curvas suaves do vale desciam até mergulhar nas águas do lago. Então decidiu: "Agora terei outro batismo. Vou mergulhar minha alma no alto céu. Avançarei entre os pinheiros, entre as ondas de vento do topo das montanhas".Para Muir, não havia templo melhor que a natureza a céu aberto.

A árvore é cantada em prosa e verso nas mais diferentes culturas, e está presente nas imagens primordiais das várias religiões. O taoísmo ensina que uma árvore sagrada, um pessegueiro, cresce na montanha K'un-lun e floresce uma vez a cada mil anos. São necessários três mil anos para que o fruto desse pessegueiro amadureça. O seu pêssego milenar é grande como um melão, mas vermelho e brilhante. Uma mordida nele é suficiente para que a pessoa prolongue sua vida até mil anos. Só os imortais, que alcançaram a sabedoria eterna, têm as credenciais necessárias para alimentar-se com o fruto do pessegueiro em flor.

Era nas florestas que os sábios taoístas, budistas e hindus se refugiavam, mantendo-se afastados ao mesmo tempo da sociedade mundana e das burocracias religiosas. Também os magos druídas desenvolveram sua sabedoria nas florestas.

O humilde e silencioso crescimento de cada árvore é um símbolo cósmico da transformação do que é pequeno no que é grande, do que é potencial no que é real. No Novo Testamento, Jesus afirma que o Reino dos Céus é "semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou em suas mãos e lançou em sua horta; ele cresce, torna-se árvore, e as aves do céu se abrigam em seus ramos" (Lucas, 13: 18).

Mas a popularidade universal das árvores não impediu a sua constante destruição em função de interesses materiais de curto prazo.

No mundo antigo, as novas civilizações surgiam saudáveis em regiões bem florestadas. Algum tempo depois, as populações já se multiplicavam e o consumo de madeira crescia excessivamente. As árvores eram usadas como lenha - algo indispensável para fundir metais - e também como material para construir casas e barcos.

É verdade que o mundo grego já procurava proteger suas florestas desde Aristóteles. As cidades da Grécia tinham os seus arvoredos sagrados, equivalentes aos parques nacionais de hoje. Mas, apesar das cautelas, esses bosques intocáveis foram destruídos. A decadência de Atenas, a partir de 404 a.C. está relacionada com o esgotamento das suas florestas durante as guerras.

Cada sociedade que ganhava poder e influência usava a guerra como meio de expandir-se. Então as reservas florestais eram usadas para fundir metais, para produzir armas e construir navios de combate. O desmatamento descontrolado provocava a erosão do solo, que destruía a produtividade agrícola, provocando a decadência da sociedade e finalmente a sua derrota nas guerras. Helena Blavatsky escreveu que a decadência de uma civilização se segue à destruição das suas florestas tão inevitavelmente quanto a noite segue o dia.

O mundo romano, como a sociedade grega, devia sua força às árvores. A floresta era considerada mãe de Roma. Todo o crescimento do império romano se baseou sobre o uso das florestas e de outros recursos naturais, no seu próprio território e nos territórios de povos distantes. Mas valeu a regra geral e o caso de Roma não foi uma exceção: no seu devido tempo, a destruição das florestas e da base ecológica da vida ajudou a provocar a decadência e o fim do vasto império que dominava o mundo.

Ao longo de milênios, enquanto alguns cortavam as árvores, outros as viam como seres sagrados. Com seu charme encantador, elas sempre inspiraram sentimentos religiosos. Na Inglaterra, só no século 11 a Igreja cristã, finalmente, decretou que era "pecado" construir um santuário em torno de uma árvore. Mas em 1429, o clérigo de Bungay ainda sustentava que as imagens religiosas não tinham muito valor, e que as árvores tinham mais energia e virtude, "sendo mais adequadas ao culto do que pedras ou madeira morta esculpida com a forma de um homem". Alguns dos primeiros protestantes consideravam que se podia rezar tanto nos bosques como nas igrejas.

Quando a madeira começou a escassear na Inglaterra do século 17, surgiu a prática do reflorestamento e a preservação florestal ganhou força. A admiração pelas árvores também se apoiava em certos mitos cristãos, na época considerados literalmente verdadeiros. Em 1670, por exemplo, John Smith, especialista em silvicultura, sustentava que alguns carvalhos ingleses ainda vivos haviam surgido no primeiro verão depois do Dilúvio, e que uns poucos entre eles eram, inclusive, "do momento da Criação do mundo".

Os fiéis das paróquias inglesas faziam uma peregrinação anual. Durante a caminhada, paravam de quando em quando diante de um carvalho de maior porte para ler as escrituras e rezar ao pé da árvore, que consideravam sagrada. O poeta inglês Alexander Pope escreveu que uma árvore é "uma coisa mais nobre do que um príncipe em traje de coroação". As árvores eram temas de livros. Plantá-las era um esporte em toda a Europa. Essa tendência cultural compensou, em parte, a devastação causada pela revolução industrial, cuja poluição ambiental era extrema.

O que dizer do Brasil? Nosso país deve seu nome a uma árvore. Depois de 500 anos de desmatamento, ainda somos donos de mais da metade da maior floresta tropical do mundo. As árvores ocupam lugar central em nossa história, nossa economia e nossa cultura. As lendas tradicionais falam de Curupira, o deus que protege as florestas brasileiras. Ele é um pequeno índio com os pés voltados para trás, e seu corpo não tem os orifícios necessários para as excreções indispensáveis à vida. Por isso, o povo do Pará o chama de muciço. No Amazonas, Curupira é visto como um pequeno índio de quatro palmos de altura, careca, mas com o corpo coberto de pelos. No rio Tapajós, ele tem apenas um olho.

O pequeno deus Curupira é dotado de uma força extraordinária. Para experimentar a resistência das árvores antes de uma tempestade, ele bate nelas com o calcanhar. Curupira tanto mostra a caça como a esconde. Sua função é proteger a mata e seus habitantes. Todo aquele que derruba ou estraga inutilmente as árvores é punido por ele com o castigo de caminhar indefinidamente pelo bosque sem poder lembrar do caminho de casa. Por isso era temido pelos indígenas.

"Curupira foi o primeiro duende selvagem que a mão branca do europeu fixou em papel e comunicou a países distantes", escreveu Luis da Câmara Cascudo. José de Anchieta já o citava em uma carta de 1560. Mas seu nome tem variações: no Maranhão, esse deus da floresta se chama Caipora. Ele tem uma presença marcante nas lendas do sul brasileiro, e ganha o nome de Curupi no Paraguai e na Argentina.

Os mitos brasileiros registram o conceito de caapora (caipora no norte e nordeste) para designar genericamente qualquer um dos espíritos da natureza que aparecem nas florestas. Mas Caapora também está associado aos pequenos animais selvagens, enquanto que Anhanga é o espírito que protege os animais maiores, como a paca, a anta, a capivara e o veado. A caipora nordestina é mulher, aparece quase sempre montada em um porco-do-mato, e ressuscita os animais abatidos.

O simbolismo universal das árvores é rico e complexo - e estimula a busca da sabedoria. Cada espécie de árvore irradia uma influência e uma vibração próprias, que os seres humanos buscam descrever com palavras. O espírito do cipreste, por exemplo, representa a imortalidade. O pinheiro, a árvore escolhida para as festas de Natal, é outro símbolo da vida espiritual. A acácia representa a verdade, assim como o sicômoro simboliza a bondade.

O carvalho é a árvore de Zeus, de Júpiter, e simboliza a força divina e o eixo do mundo. A aveleira, que dá a avelã, representa a fertilidade e ainda fornece a madeira de que são feitas as varinhas mágicas. A figueira e a oliveira simbolizam a abundância. A figueira também pode representar o eixo do mundo, como o carvalho. A videira é uma árvore sagrada tanto na tradição egípcia como na antiga Israel, e alguns a associam à Árvore da Vida. A mamona - que aparece na breve história bíblica de Jonas - simboliza a imprevisibilidade do futuro e nos ensina o desapego. Ela nos faz lembrar que, apesar das aparências, a vida raramente é linear e contínua.

Os significados e as influências espirituais das árvores são inesgotáveis. Em diferentes momentos da nossa vida, cada árvore - em um parque, uma rua ou um quintal - traz a nós mensagens diferentes. Devemos estar abertos ao diálogo silencioso com estes seres benéficos. Há inúmeras vantagens nisso.

Segundo o filósofo Plotino, todas as plantas buscam a felicidade. De fato, a filosofia esotérica ensina que, assim como os animais mais evoluídos já fazem força para aproximar-se do desenvolvimento mental, as plantas, por sua vez, avançam no sentido do desenvolvimento das emoções.

Ora, as árvores estão entre os habitantes mais sábios e evoluídos de todo o reino vegetal. Há inúmeros relatos de que elas são capazes, à sua maneira, não só de receber os nossos sentimentos de amizade mas também de responder a eles. Nossa  inteligência humana só tem a ganhar quando percebemos a inteligência das árvores. O conteúdo das lições que elas nos trazem, porém, depende da nossa capacidade de deixar de lado as coisas pequenas, que pensamos que conhecemos, e de abrir-nos para a magia da vida.

http://www.centroraja.org.br/

MENTE OCULTA DAS PLANTAS CONSCIÊNCIA VEGETAL


Foto Kirlian de uma folha.
Os cientistas ainda não chegaram a uma explicação convincente
para o halo luminoso que aparece em volta dos objetos

 As plantas são capazes de perceber agressões à vida praticadas do outro lado da parede. E parecem ter consciência até mesmo de intenções ocultas na mente humana. Essa fantástica revelação — que foi tema do livro A Vida Secreta das Plantas, de Peter Tompkins e Christopher Bird, e inspirou o álbum de mesmo nome do compositor e cantor Steve Wonder — vem sendo confirmada por pesquisas científicas realizadas no Brasil. Ela faz parte de um conjunto de descobertas que deverá revolucionar a visão de mundo do próximo século e apontam para um relacionamento mais harmonioso entre o homem e a natureza.

Os xamãs — homens de conhecimento das comunidades pré-históricas — já sabiam que, por trás de seu aparente torpor, as plantas possuem uma vida secreta, cheia de percepções e atividades. Esse mundo oculto foi contactado, desde então, por visionários de diferentes épocas e lugares, como o místico alemão Jacob Boehme (1575-1624), que dizia ser capaz de penetrar a consciência das plantas.

A ciência materialista, porém, preferiu descartar esse tema, que desafiava sua limitada descrição da realidade. Ele continuaria provavelmente ignorado se, em 1966, uma descoberta casual não tivesse rompido essa conspiração de silêncio. Naquele ano, Cleve Backster, então o maior especialista americano em detecção de mentiras, teve a estranha idéia de fixar os eletrodos de um de seus detectores numa folha de dracena, espécie tropical utilizada como planta ornamental.

Ele foi movido pela simples curiosidade, mas o que encontrou abalaria os fundamentos da visão de mundo dominante. Backster suspeitava que a planta reagisse a agressões reais à sua integridade física. Mas não podia imaginar que a simples idéia dessas agressões provocasse saltos violentos nos gráficos traçados pelo aparelho. Pois foi exatamente o que aconteceu quando ele pensou em queimar uma das folhas da dracena.

E voltou a acontecer quando se aproximou dela com uma caixa de fósforos, disposto a levar sua intenção à prática. A planta parecia ler o seu pensamento e sabia distinguir as ameaças reais da mera simulação.  Sem querer, Backster abrira a porta que dava entrada a uma realidade totalmente inesperada — e desconcertante.

A grande novidade do experimento foi ter propiciado um acesso direto às percepções das plantas sem a intermediação de sensitivos humanos: não era preciso ser paranormal para contactar o mundo da consciência vegetal. Esse ponto de vista foi reforçado, em julho último, por uma pesquisa feita na Universidade de Gant, na Bélgica.

Valendo-se de imagens em infravermelho, o pesquisador Dominique van der Straeten e sua equipe descobriram que as folhas de tabaco têm a capacidade de reagir com uma espécie de febre quando infectadas por certos tipos de vírus. Como relatado no jornal Nature Biotechnology, as folhas sofreram um aumento de temperatura de até 0,4 grau Celsius, oito horas antes dos efeitos dos vírus se manifestarem, num processo "fisiológico" semelhante ao do corpo humano.

Atento a tais descobertas, um brasileiro resolveu fazer uma investigação parecida. Trata-se do engenheiro Arlindo Tondin, mestre em eletrônica pela Universidade de Nova York e um dos fundadores da Faculdade de Engenharia Industrial, de São Bernardo do Campo, SP.
O engenheiro Arlindo Tondin fixa eletrodos numa planta. A foto foi realizada no Laboratório de Metrologia Elétrica da FEI, em São Bernardo do Campo, SP. O local é blindado eletricamente para eliminar a influência dos ruídos externos

Tondin fixou eletrodos próximo à raiz e num dos galhos de um limoeiro. "Verifiquei que havia, entre os dois pontos, uma diferença de potencial elétrico da ordem de microvolts", informa. "Eu já desconfiava que a ascensão da seiva estivesse associada a um fenômeno elétrico e, para confirmar isso, liguei aos eletrodos uma pilha de 1,5 volt, de modo a intensificar a corrente na região. Resultado: os frutos do galho onde estava o eletrodo ficaram maiores e amadureceram mais rápido que os demais."

Estava provada a tese da seiva. O próximo passo era averiguar como as agressões externas afetavam a corrente elétrica que circula na planta. Para isso, o engenheiro utilizou um osciloscópio de raios catódicos de alta sensibilidade. "Conectei o osciloscópio aos eletrodos e, com uma vela, comecei a queimar algumas folhas. A resposta foi quase imediata: a imagem da tela do osciloscópio, que estava estacionária, passou a apresentar intensas variações." Tondin espantou-se com a reação provocada por seu ato. "Comecei a questionar até que ponto eu tinha o direito de agredir o vegetal e a natureza. E resolvi interromper a pesquisa."

O engenheiro convenceu-se da seriedade dos experimentos descritos em A Vida Secreta das Plantas. Num deles, também realizado por Backster, três plantas reagem à matança de camarões, cometida numa outra sala. Essa investigação foi conduzida com os cuida dos que caracterizam as melhores pesquisas científicas:

A análise dos gráficos mostrou que as plantas reagiam intensa e sincronizadamente  — numa proporção que excluía qualquer hipótese de uma flutuação puramente casual das variáveis elétricas. Backster sentiu-se respaldado para formular a tese de que os vegetais, como todo organismo vivo, dispõem de uma percepção primária que lhes permite detectar, a distância, qualquer agressão à vida.

Apesar de sua aparência simples, as plantas são organismos altamente complexos. Uma planta pequena, como o pé de centeio, possui nada menos que 13 milhões de radículas em sua raiz. Estas são formadas, por sua vez, de 14 bilhões de filamentos, que, se fossem enfileirados um após o outro, cobririam uma extensão de 11 mil quilômetros, quase a distância de um pólo a outro.

Toda planta é dotada de uma malha elétrica em equilíbrio. Nas árvores, a corrente elétrica sobe pelo anel externo e desce pelo anel central. Como demonstrou a pesquisa do brasileiro Arlindo Tondin, essa corrente está associada ao fluxo da seiva.

galileu.globo.com/

ACUPUNTURA MENTE OCULTA DAS PLANTAS


Se, no homem, essa percepção básica nem sempre parece ocorrer, isso se deve ao filtro dos cinco sentidos, à força do pensamento racional, que obscurece as demais funções psíquicas, e a todo um condicionamento cultural, que determina o que deve ou não deve ser percebido. Como provaram outros experimentos, essa percepção a distância não é bloqueada por dispositivos de blindagem elétrica, como a gaiola de Faraday, nem por paredes de chumbo.

Backster chegou a cogitar que ela não se limitaria aos organismos complexos, mas poderia descer aos níveis celular, molecular, atômico e até mesmo subatômico, perpassando toda a existência. Essa opinião ousada apresenta fortes afinidades com a hipótese da ressonância mórfica, do biólogo inglês Rupert Sheldrake, e com as revolucionárias descobertas sobre a consciência do psiquiatra checo Stanislav Grof (leia as reportagens "Ressonância mórfica: a teoria do centésimo macaco" e "Consciência sem limites", em Galileu, números 91 e 94, respectivamente).

Em outras palavras, cada planta — para não dizer cada ente material — estaria associada a um invisível e impalpável campo de consciência. Tal idéia, que vem ganhando adeptos entre os cientistas de vanguarda, converge com a visão de todas as grandes tradições espirituais da humanidade. Estas são unânimes em considerar a consciência como um dado primário da existência e afirmam que, além de seus corpos físicos, os entes materiais são constituídos por uma série de "corpos sutis", encaixados uns dentro dos outros como bonecas russas.

As percepções descobertas por Backster e seus sucessores configurariam um esboço ou embrião daquilo que algumas tradições chamam de "corpo mental". Entre esse nível mais alto e o físico, as plantas, como todos os seres vivos, possuiriam um corpo intermediário, constituído pela rede de canais por onde flui a chamada "energia vital" (que corresponde ao prana dos indianos e ao qi dos chineses). Esse "corpo vital" é o objeto de práticas médicas como a acupuntura, que se destinam a desobstruir os canais e regularizar o fluxo da energia.

A acupuntura em plantas vem sendo praticada com sucesso pelo médico Evaldo Martins Leite, presidente da Associação Brasileira de Acupuntura. Ele orientou, há cinco anos, uma pesquisa científica rigorosa, realizada pelo biólogo Alexandre Eustáquio de Sena, na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte, MG. Sena dividiu uma plantação de feijão em duas partes iguais, tratando uma com acupuntura e mantendo a outra como grupo de controle. As plantas submetidas à acupuntura desenvolveram maior número de vagens, maior quantidade de grãos em cada vagem e maior peso por grão.

"Como ocorre nos homens e animais, os problemas de saúde que afetam os vegetais decorrem de um perturbação na circulação e distribuição do qi, a energia vital", explica Evaldo Martins Leite. "Isso resulta de um desequilíbrio dos princípios yang e yin (masculino e feminino)." O acupunturista ensina que as áreas de ramificação das plantas — isto é, onde os galhos saem dos troncos ou os ramos saem dos galhos — são regiões de concentração de qi.

Os ângulos externos formados nesses lugares são yang e os internos, yin. "A energia yang é responsável pelo crescimento da planta. A yin, pela produção de flores, frutos e sementes. A introdução de pregos, agulhas ou a simples raspagem das áreas correspondentes estimula um ou outro princípio e promove a função regida por ele", informa o acupunturista. Não é possível ativar as duas funções ao mesmo tempo.

A energia é uma só: se ela for desviada para o crescimento, a produção de frutos cairá, e vice-versa. Mas as vantagens — inclusive econômicas — oferecidas pela acupuntura em vegetais são importantes demais para serem tratadas como simples curiosidade.

Na Bahia, está em curso uma pesquisa visando aumentar a produção de látex nas seringueiras e o enraizamento dos toletes de cana-de-açúcar destinados ao plantio. Reconhecendo as dimensões sutis do mundo vegetal, o homem poderá estabelecer com ele um novo tipo de relacionamento, vantajoso para ambos.

galileu.globo.com/

ÁRVORES CRIAM RAÍZES EM EXCESSO PARA EVITAR O CRESCIMENTO DE OUTRAS ÁRVORES

As árvores possuem muito mais raízes do que precisam para capturar nutrientes do solo, diz Ray Dybzinski, ecólogo da Universidade de Princeton (EUA). Mas para que servem essas raízes extras?

Usando um software para prever os padrões de crescimento em florestas ao longo do tempo, Dybzinski e seus colegas afirmam que as raízes superabundantes funcionam como armas para evitar o crescimento de outras árvores.

Criar raízes exige energia, e a abordagem mais "eficiente" seria cada árvore ter apenas a quantidade suficiente para capturar a água e os nutrientes de que precisa.

Mas ao invés disso, relatam os cientistas em "The American Naturalist", as árvores criam raízes a mais provavelmente não para ajudá-las a crescer com mais êxito, mas para fazer com que outras árvores enfrentem dificuldades ao crescer. No sistema resultante, as árvores que produzem menos raízes saem perdendo.

O comportamento é análogo à batalha entre árvores para crescer mais alto e obter o máximo de luz do sol, explica Dybzinski.

"Elas estão lutando para permanecer sob a luz, e isso não é bem o ideal", diz ele. "Se elas pudessem de alguma forma concordar em cooperar, e não competir, todas poderiam ficar próximas ao solo e usar aquela energia para alguma outra coisa, como criar sementes."

Embora o estudo tenha se baseado em árvores de climas temperados, os pesquisadores também pretendem mapear o crescimento de árvores nos trópicos e nas savanas.

Jornal Folha de São Paulo

ÁRVORES OS SEUS ANÉIS REVELAM MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GRANDES ACONTECIMENTOS DA HUMANIDADE

Os anéis de árvores antigas revelam a relação entre as mudanças climáticas e os grandes acontecimentos da humanidade, como migrações, pragas e surgimento ou queda de impérios, revela um estudo publicado na revista "Science".

Temperaturas amenas e úmidas correspondem a tempos de prosperidade no Império Romano e na Idade Média, enquanto períodos de seca e frio coincidem com migrações em massa, afirma o estudo liderado por Ulf Buntgen, do Instituto Federal Suíço de Pesquisas Florestais, Neve e Paisagens (Swiss Federal Research Institute for Forest, Snow and Landscape).

Os pesquisadores analisaram mais de 7.200 fósseis de árvores dos últimos 2.500 anos, verificando as alterações nos anéis, que são um retrato do clima (úmido ou seco) no passado.

"O início e a queda de civilizações passadas estão ligados a mudanças ambientais, principalmente aos efeitos do acesso à água e à produção agrícola, à saúde humana e aos conflitos civis", destaca o estudo.

"Variações climáticas intensas (...) coincidem com o fim do Império Romano do Ocidente e com um intenso período migratório", destaca o estudo.

Os pesquisadores também basearam sua análise na intensidade do corte das
árvores. "Um maior volume de corte de madeira para construção está
associado a maior colheita e à consolidação social-econômica do
século 6º ao 9º", segundo o estudo.

Jornal Folha de São Paulo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ASTRONAUTA FALA SOBRE FRAGILIDADE DA ATMOSFERA TERRESTRE



O astronauta italiano Paolo Nespoli concedeu uma entrevista à BBC a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), a 400 quilômetros de distância da Terra.

Nespoli representa a agência espacial européia (ESA) e deve ficar a bordo da ISS até maio. Ele mostrou rapidamente as facilidades dentro da estação e respondeu a perguntas de telespectadores.

Nespoli falou sobre a impressão de fragilidade que sente ao olhar para a fina atmosfera terrestre. "Eu penso que nós precisamos estar atentos e ter cuidado com o que fazemos porque a Terra é frágil. É bonita, mas é frágil."

Quando perguntado sobre a reciclagem de água dentro da estação, o astronauta argumentou que a água que eles usam é supervisionada diariamente e que se trata de água reciclada assim como a que bebemos na Terra.

BBC Brasil

domingo, 9 de janeiro de 2011

ABELHAS RESOLVEM DILEMA DA COMPUTAÇÃO

ABELHAS CONSTRUINDO COLMEIA

Imagine uma cena que acontece todos os dias: um vendedor deve percorrer várias cidades e gostaria de saber o caminho mais curto que lhe permita visitar todas.

O problema é velho conhecido dos matemáticos e dos cientistas da computação, tão conhecido que é chamado de Problema do Caixeiro-viajante - caixeiros-viajantes eram pessoas que saíam vendendo badulaques pelas cidadezinhas do interior.

O fato é que não existe um algoritmo eficiente para resolver o problema. Mesmo os grandes supercomputadores podem ficar ocupados por dias tentando achar a solução para um número relativamente pequeno de cidades - isto porque ele precisa comparar todas as combinações possíveis de rotas.

A equipe do professor Lars Chittka, da Universidade de Londres, na Inglaterra, descobriu que as abelhas encontram a solução para o problema sem precisar de supercomputadores, tendo um cérebro pouco maior do que a cabeça de um
alfinete. Elas precisam achar a rota mais eficiente para visitar diversas flores.

"As abelhas têm que associar centenas de flores de uma maneira que minimize a distância da viagem e, em seguida, encontrar de forma confiável o caminho de casa - não é uma façanha trivial se você tiver um cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete," diz Chittka.

Ao estudar como as abelhas fazem, os cientistas conseguiram identificar o circuito neural mínimo necessário para a solução de problemas complexos.

Chittka e seus colegas usaram flores artificiais controladas pelo computador para verificar se as abelhas iriam seguir uma rota definida pela ordem em que elas descobriram as flores ou se iriam procurar a rota mais curta.

Eles se espantaram ao ver que, depois de explorar a localização das diversas flores, as abelhas aprenderam rapidamente a fazer o percurso mais curto possível. A parte mais difícil da pesquisa foi ficar esperando o computador calcular o menor caminho possível, para checar se as abelhas estavam certas.

A descoberta tem uma ampla gama de aplicações - da entrega de pacotes de dados na Internet e de pacotes reais pelos Correios, até a eliminação de engarrafamentos nas cidades, apenas para citar alguns.

Compreendendo como as abelhas podem resolver um problema que para os humanos se tornou um dilema, mesmo tendo um cérebro tão pequeno, poderemos melhorar nossas capacidades de administração de nossas necessidades diárias sem depender de computadores superpoderosos o tempo todo.


Site Inovação Tecnológica

ABIPET ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PET



Um novo serviço on-line vai ajudar aqueles que adiam a reciclagem de garrafas plásticas por não saber onde levá-las para serem reprocessadas depois de usadas.

O site LevPet desenvolvido pela Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET) utiliza o sistema do Google Maps.

Basta a pessoa colocar o endereço de casa, ou qualquer outro, para saber onde ficam os pontos mais próximos de entrega, cooperativa de catadores, comerciantes de recicláveis e ONGs.

O banco de dados reúne, até o momento, mil pontos de coleta em todo o Brasil. Como há muito mais locais, qualquer um pode ajudar a ampliar e atualizar as informações.

Folha de São Paulo

TELHA CAPAZ DE MUDAR DE COR APROVEITA O CALOR E ECONOMIZA ENERGIA

Quem já parou o carro na rua em dia de sol forte sabe bem que as superfícies pretas absorvem calor de forma muito eficiente. Por outro lado, superfícies brancas refletem a luz e esquentam menos.

Nesse contexto, um telhado escuro pode ajudar uma casa permanecer quente no inverno, diminuindo gastos com o aquecimento. No entanto, no verão, é definitivamente uma péssima idéia ter telhas pretas, já que faria o ar condicionado funcionaria a todo vapor. Para estações mais quentes, uma cobertura clara seria bem mais recomendável.

Pensando nisso, os estudantes do Massachusetts Institute of Technoly criaram a Thermeleon, telha capaz de mudar de cor para aproveitar melhor o calor e economizar energia.

O material, como o próprio nome diz, reage à temperatura, se tornando branco quando está quente e preto quando está frio e é necessário absorver o calor – daí ele ter sido batizado em homenagem ao camaleão.

As medidas de laboratório mostram que, no estado branco, as telhas refletem 80% da luz do sol que infringe sobre elas. Escuras, refletem apenas 30%. Isso significa que, no verão, elas poderiam salvar até 20% dos gastos atuais com ar condicionado.

As telhas são feitas com um polímero comum comercial em uma solução de água. Essa solução está encapsulada entre camadas de vidro e plástico e com uma camada escura atrás.

Quando a temperatura está abaixo de um certo nível (que pode ser escolhido pela variação da fórmula) o polímero permanece dissolvido, e o fundo escuro aparece. Quando a temperatura sobe, o polímero se condensa e forma pequenas gotas, que refletem a luz e produzem uma superfície branca.

toligadonews.blogspot.com

PRÉDIOS TERÃO PELE PARA SE ADAPTAR AO CLIMA

Engenheiros, arquitetos e biólogos da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, juntaram-se para criar um novo material que tornará as casas e os edifícios capazes de reagirem às mudanças no clima.

Os pesquisadores querem usar a flexibilidade e a sensibilidade das células humanas como modelo para a criação de "peles" para edifícios e casas, que poderão adaptar-se às mudanças no ambiente para aumentar a eficiência energética das construções.

Com base nas respostas dinâmicas que as células humanas geram, os cientistas esperam projetar e construir interfaces entre sistemas vivos e sistemas artificiais que implementem algumas das principais características e funções dos sistemas biológicos.

Os principais alvos da pesquisa são a sensibilidade e o autocontrole dos tecidos biológicos, que serão transpostos para materiais que possam ser fabricados em escala suficiente para recobrir edifícios inteiros.

A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos gostou tanto do projeto que destinou US$2 milhões para a construção dos primeiros protótipos.
O grupo está usando algoritmos computacionais para medir e visualizar em tempo real como as células interagem e modificam a geometria dos seus substratos.

As células vivas alteram suas matrizes extracelulares e, portanto, afetam seu ambiente circundante, com um gasto mínimo de energia, graças a uma combinação de forças físicas e as operações químicas.

A esperança dos pesquisadores é usar esses mecanismos celulares como inspiração para a criação de materiais biomiméticos passivos, sensores e sistemas de imageamento que serão integrados no edifício na forma de peles sensíveis que acionem sistemas de controle da iluminação e do aquecimento.

O grupo está usando algoritmos computacionais para medir e visualizar em tempo real como as células interagem e modificam a geometria dos seus substratos. Esses programas estão sendo utilizados para projetar materiais flexíveis com padrões 1-D, 2-D e 3-D.

Eventualmente esses substratos poderão receber dispositivos nano e microeletromecânicos que implementem novas funções e propriedades e que façam a interface com os sistemas de controle ambiental do edifício.

"Nossa expectativa é que os edifícios possam no futuro responder aos fatores ambientais, como calor, umidade e luz, e responder a eles de forma eficiente," diz Shu Yang, coordenador do projeto.

Site Inovação Tecnologica

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

PRÉDIO É FEITO COM CAIXAS DE CDs

Pavilhão é feito de caixas de cds usadas e tem fachada coberta com LEDs As luzes interagem de acordo com a movimentação das pessoas dentro do prédioO Shangai Corporate Pavilion, também chamado de Dream Cube, é construído com caixas de cds reutilizadas e sua fachada é inteiramente coberta com luzes LEDs cujas cores estão em constante fluxo. Ao entrar no pavilhão, os visitantes já são informados de que suas ações podem ter efeito na iluminação. Elas mudam de acordo com a interação entre as pessoas dentro do prédio; em vez de serem controlados por computadores, os LEDs mudam de cor com as ações de grupos dentro do pavilhão, como palmas e movimentos de braços. O terraço do prédio possui placas para coletar energia solar para aquecer água; além disso, há coletores da água da chuva, que é filtrada e armazenada para o uso.

O Corporate Pavilion foi criado para a Shangai Expo 2010, evento na cidade chinesa de Xangai que ilustra inovações focadas em sustentabilidade, os designers da firma norte-americana ESI Design e o arquiteto Yung Ho Chang da empresa Atelier FCJZ criaram o projeto e, depois da exposição, todos os materiais serão reciclados novamente para a fabricação de outros produtos, como computadores.

PEGN

HOTEL FLUTUANTE AUTOSSUFICIENTE

A empresa russa de arquitetura Remistudio criou o Ark Hotel, um hotel flutuante projetado para suportar enchentes, maremotos, terremotos e oscilações nos níveis dos oceanos. O conceito busca funcionamento independente sobre a superfície da água, oferecendo assim um ambiente verde e autossustentável, para suprir a necessidade de os clientes saírem do hotel. Além disso, os hóspedes têm acesso a um jardim interno, opção de lazer que funciona como uma estufa com a qual uma quantidade suficiente de luz é filtrada em todos os quartos, reduzindo assim a necessidade de iluminação.

A estrutura, resistente a catástrofes naturais, é suportada por arcos e cabos que mantêm a distribuição de peso estável. O hotel também conta com sistema de recolhimento de águas de chuva e painéis solares fotovoltaicos. O Ark Hotel foi criado com incentivo do programa Architecture for Disaster Relief, da Union of Architects.

PEGN

TOMATE COMO FONTE DE ENERGIA CRIA LÂMPADAS

Os benefícios do tomate para a saúde são bem conhecidos, mas nunca se pensou que o fruto pudesse servir para iluminar um quarto. A ideia surgiu há
quatro meses do estudante de desenho industrial israelense Sigal
Shapiro, que criou a lâmpada-tomate.

O método é bem simples: uma dúzia de tomates serve de bateria para uma lâmpada de pequenas dimensões coberta em ouro, metal usado com o objetivo de alcançar a condução necessária.

Apresentada na feira de desenho que aconteceu em Milão neste mês, a lâmpada recolhe a energia dos tomates aos quais são introduzidos zinco e cobre, que geram uma reação química proporcionada pela acidez dos frutos.

Seu autor faz parte de um projeto chamado d-Vision, com sede na cidade israelense de Herzeliya, ao norte de Tel Aviv, que promove bolsas de estudos e pós-graduações em desenho industrial.

Junto ao modelo de Shapiro, foram apresentadas em Milão mais de 20 lâmpadas algumas muito originais, como as fabricadas com sabão de glicerina, que impulsiona o emprego da tecnologia de iluminação LED, que vem ganhando terreno hoje em dia.

"A metáfora de todo o projeto é o fato de que atualmente a tecnologia LED se tornou suficientemente boa para substituir as luzes anteriores, pois consome um décimo da energia e tem maior vida útil", disse Ezri Tarazi, chefe do programa d-Vision para jovens talentos do desenho industrial em Israel.

"Nesse sentido, a exibição aposta pelo futuro da iluminação em virtude da revolução da luz LED", afirmou. O projeto tenta mostrar que com a LED não é necessário grande quantidade de energia, mas apenas tomates.

"Nos baseamos nos testes que todo aluno do ensino médio realiza no laboratório de física do colégio e que consiste em transformar uma fruta em bateria", disse Ezri, antes de explicar que limões ou batatas também poder ser utilizados. 

"Capturamos a vida, energia de algo perecível, pois o tomate deixa de servir no prazo de duas semanas", disse.  Após a utilização do tomate como fonte de energia, ele não pode ser consumido, já que, segundo os criadores da lâmpada, o fruto perde suas propriedades ácidas.

Os criadores destacam que, por enquanto, a peça desperta interesse apenas em colecionadores e em alguns museus, e que não pretendem impulsionar sua produção para uso doméstico

Jornal Folha de São Paulo

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

CALOR DO ESCAPAMENTO DE CARRO GERA ELETRICIDADE REDUZ O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL

Pesquisadores estão desenvolvendo um sistema que usa o calor do escapamento de um carro para gerar eletricidade, reduzindo o consumo de combustível do veículo.

Xianfan Xu, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, afirma que a eletricidade gerada a partir do calor do escapamento é suficiente para recarregar as baterias do carro.

Em um carro comum, isso equivale a dispensar a carga representada pelo alternador, que consome uma parte da potência do motor para manter as
baterias carregadas.Em um carro híbrido, a energia pode ser
usada da mesma forma que o sistema KERS da Fórmula 1.

A equipe está desenvolvendo uma nova geração de materiais termoelétricos - materiais que geram eletricidade a partir de um diferencial de temperatura.

O protótipo, que está sendo construído em parceria com a GM, será instalado no sistema de exaustão, depois do conversor catalítico, aproveitando os gases que chegam até lá a cerca de 700 graus Celsius.

Os materiais termoelétricos conhecidos atualmente não conseguem suportar as temperaturas mais elevadas no interior do próprio catalisador, que alcançam até 1.000 graus Celsius.

Segundo os cálculos dos cientistas, a energia gerada a partir do calor do escapamento será capaz de gerar uma economia de combustível de 5%. Quando os materiais termoelétricos de alta temperatura (~1.000º C) já estiverem disponíveis, a economia pode saltar para 10%.

O material termoelétrico está contido em pequenas pastilhas, com poucos centímetros de largura, projetadas em formatos especiais para se encaixarem no interior das tubulações.

"Elas são otimizadas para funcionar de forma eficiente a diferentes temperaturas, que vão caindo conforme o gás flui ao longo do sistema de escapamento," explica Xu.

Transformar o calor em eletricidade não é o único desafio do projeto. Os cientistas estão tendo que ajustar os materiais usados nas pastilhas e no próprio sistema de exaustão para minimizar as diferenças de expansão e contração de cada material quando eles se aquecem e se resfriam.

Outra dificuldade é desenvolver materiais que sejam pobres condutores de calor. O material termoelétrico gera eletricidade quando há diferença de temperatura entre suas duas faces: se o calor fluir muito rapidamente de um lado para o outro, sua eficiência cai dramaticamente.

"O maior desafio é o projeto em nível de sistema - como otimizar tudo para conseguir o maior calor possível do sistema de exaustão," diz Xu. "O escapamento do carro tem que transferir o maior calor possível para o material."

Os pesquisadores estão usando primariamente um material chamado escuterudita (skutterudite), um mineral natural que é um arseneto de cobalto - formado por cobalto, arsênio, níquel e ferro. Os cientistas descobriram que a adição de elementos de terras raras - lantânio, césio, neodímio e érbio - reduzem a condutividade termal da escuterudita.

Mas como os elementos de terras raras puros são muito caros, o grupo está tentando substituí-los por uma mistura dessa família, reunidos em ligas conhecidas como mischmetals (do alemão "metais misturados").

Cientistas alemães, em um trabalho independente, também estão tentando aproveitar o calor do escapamento dos automóveis para aposentar o alternador.

Site Inovação Tecnologica

ENERGIA DO FUTURO É O MAGNETISMO



José Roberto Cordeiro enviou ste Video

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A VIDA SECRETA DAS PLANTAS

THE SECRET LIFE OF PLANTS
Stevie Wonder
Versão Guilherme Arantes
Participação especial Gilberto Gil

Semente cai, em breve uma raiz
De intuição, procura o chão
Um broto sai, se alimenta de luz
Se abre em cor, em folha e flor

Quem poderá explicar
O espírito secreto de uma vida..
E a planta, então, nos dá o que comer
O que vestir, nos perfumar
O livro pra escrever, a cama pra deitar
O vinho, o pinho, pra nos alegrar

Quem poderá explicar
O espírito secreto de uma vida..
Dentro dos frutos ela novamente..
Principia em forma de semente
Mas tudo o que sabemos é tirar
Nenhuma gratidão habita em nós
Fumaça das florestas a queimar
Estúpida ilusão é o que nos cega..
Queremos ser a espécie superior
E o mundo ter ao nosso dispor
Mas sem ouvir o que tenta dizer
Todo existir ao nosso redor

Quem poderá explicar... 

Marcelo Yoga,  enviou esta Mensagem

SERRAGEM REDUZ A QUANTIDADE DE LIXO INDUSTRIAL NOS RIOS

Material é capaz de retirar da água chumbo e cromo despejados por indústrias, revela pesquisa feita na UnB.

Um estudo conduzido no Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que é possível reduzir a quantidade de lixo industrial nos rios de uma forma simples e com um material de baixo custo, a serragem. Durante a pesquisa, o produto levou o percentual de metais pesados, liberados por duas empresas, aos níveis aceitáveis pela legislação.

No primeiro caso, a serragem da madeira fez com que os 2,7 miligramas de chumbo por litro liberados por uma fábrica de baterias para carros, situada no Distrito Federal, caíssem para 0,4 mg/L. O chumbo integra a composição das placas das baterias, mas também é comum nos setores de tintas, automotivos e ferragens.

Na outra situação analisada, referente a uma linha de produção de couro no Rio Grande do Sul, os dados também foram animadores. De 2,11 mg/L a concentração de cromo passou para 0,5 mg/L. A substância é empregada com o objetivo de dar ao couro o aspecto mais vistoso, uma vez que, na forma natural, sua coloração é esbranquiçada.

O resultado foi comemorado pelo autor do estudo, o químico Augusto Hosanna de Oliveira. “Conseguimos obter a extração de metais pesados com algo novo”, diz. Nas duas situações, o percentual ficou abaixo dos 0,5 mg/L estipulados pela portaria 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama/MMA).

A preocupação com o controle na emissão dos subprodutos dessas empresas é fundamental, pois tanto o chumbo quanto o cromo são extremamente danosos ao meio ambiente e à saúde, além de não se degradarem com o passar dos anos. “Ambos são cumulativos no organismo. O principal problema causado é o  chumbo porque atua no sistema nervoso central”, explica o professor Alexandre Prado, que orientou o trabalho.

A pesquisa foi realizada com resíduos de três tipos de madeiras, a maçaranduba, o ipê e o pequiá, provenientes de cargas apreendidas na Amazônia e doadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que propôs o estudo.

Prado explica que o produto florestal funcionou por ser rico em compostos que interagem facilmente com metais, como é o caso do tanino, cuja função nas plantas é atuar como defesa química contra animais, insetos e organismos patogênicos. Isso lhe confere a capacidade de agir como uma esponja e, assim, “capturar” os subprodutos lançados no ambiente.

Esse, no entanto, não é o único benefício do uso da serragem. É possível, ainda, reaproveitar o material seco, já impregnado do chumbo e do cromo, na fabricação de placas de MDF em móveis, por exemplo. Embora os metais sejam tóxicos na fase líquida, perdem essa propriedade em fase sólida.

Segundo Oliveira, a estratégia elimina um dos problemas enfrentados pelas fábricas atualmente, que é dar destinação ao lixo industrial, também conhecido como passivo ambiental. “Os resíduos geram um alto custo para as grandes indústrias, que não têm o que fazer com eles e os armazenam em galpões”, diz.

As exceções ficam por conta de grupos empresariais que conseguem reaproveitar o resíduo de um empreendimento em outro, como ocorre com uma indústria de alumínio de grande porte instalada no Brasil, que reutiliza os subprodutos na fabricação de cimento.

Oliveira e Prado esperam reproduzir o experimento em maior escala, ou seja, no ambiente onde funciona uma empresa. Mas até que a tecnologia esteja disponível no mercado, será preciso a atuação de engenheiros na criação de equipamentos e estruturas, tais como filtros ou tanques que insiram a serragem no processo.

As perspectivas são boas, pois o uso da serragem reduziria os custos de filtragem dos poluentes lançados na natureza e poderia estimular um maior cuidado ambiental. Muitas empresas não adotam os procedimentos de limpeza por serem caros. Chegam a US$ 1 para cada 9 mg de resíduo. “É preciso operacionalizar o sistema para calcular os custos”, afirma o professor. “Mas com certeza seria muito mais barato por causa do material empregado.”

A Universidade Católica de Brasília, apoiou a pesquisa,  cedeu a infra-estrutura do Laboratório de Espectroscopia Atômica para as análises mais detalhadas.

http://www.ecodebate.com.br/