Primeiro, von Frisch observou como as abelhas coletoras de néctar avisam as companheiras a que distância estão as flores que acharam. Para isso, colocou duas taças com água açucarada, uma próxima e outra distante da colméia. As abelhas iam buscar água tanto numa quanto na outra taça. Von Frisch marcava cada abelha que visitava a taça próxima com um ponto azul, e as que visitavam a taça afastada com um ponto vermelho. Segundo as palavras do próprio pesquisador: "... para meu espanto, todas as abelhas com pontos azuis, que visitavam a taça próxima, dançavam em círculo para avisar as companheiras, enquanto as vermelhas, que visitavam a taça afastada, faziam pequenos movimentos agitados."
Depois, colocou várias taças próximas, todas à mesma distância. Pouco a pouco, foi afastando as taças. Dessa vez observou que o ritmo da dança das abelhas ia aumentando à medida em que a distância das taças aumentava.
Von Frisch ainda descobriu mais tarde que as abelhas não apenas comunicavam às companheiras a distância do néctar [ou da água açucarada, no caso do experimento], mas também informavam a respeito da direção em que o alimento se encontrava. Observando as abelhas, viu que, à medida que as horas passavam, elas modificavam progressivamente a direção da dança no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Elas iam virando segundo um ângulo que correspondia ao ângulo que o Sol descrevera naquele tempo.
Assim, concluiu von Frisch: "as abelhas que descobrem uma fonte de néctar informam as companheiras onde está essa fonte. Sobre a prancha de decolagem fazem isso com uma dança elaborada, com determinados movimentos, com uma certa velocidade e apontando para uma direção."
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