Cientistas dizem que não há indícios de que seca destruiria 40% da floresta Um estudo encomendado pela agência espacial americana, Nasa, à universidade de Boston, nos Estados Unidos, concluiu que a Floresta Amazônica é bem mais resistente à seca do que indicavam estudos anteriores.
Para a pesquisa, publicada na última edição da revista especializada Geophysical Research Letters, cientistas analisaram dados obtidos por satélites da Nasa que mostram quão verde esteve a cobertura vegetal da Amazônia na última década.
"Não encontramos grandes diferenças nos níveis de verde dessas florestas entre anos de seca e anos normais, o que indica que essas florestas são muito mais tolerantes às secas do que se acreditava anteriormente", disse Arindam Samanta, o pesquisador da universidade de Boston que coordenou o estudo.
O último relatório do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) de 2007 concluiu, a partir dos estudos disponíveis até 2006, que até 40% da Amazônia poderia ser perdido para secas.
O painel cita um estudo de Rowell e Moore, de 2000, que havia sido encomendado pela organização ambientalista WWF. Recentemente, o IPCC foi alvo de duras críticas por ter se apoiado nesta pesquisa, que não citava as fontes originais da previsão de redução da floresta.
"Até 40% das florestas amazônicas poderiam reagir drasticamente a até uma ligeira redução na precipitação; isso significa que a vegetação tropical, a hidrologia e o sistema climático da América do Sul poderia mudar muito rapidamente para outro estado estável, sem necessariamente produzir mudanças graduais entre as situações futura e atual (Rowell e Moore, 2000)", consta do 4º relatório do IPCC.
O estudo do WWF também foi duramente criticado pelo cientista brasileiro José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Os novos cálculos são muito mais confiáveis e corretos", disse Marengo.
Um outro estudo, publicado na revista Science em 2007, afirmou que as florestas tropicais se beneficiam de secas, porque são expostas a mais luz solar durante as épocas sem nuvens da seca. O novo estudo também contraria esta conclusão, concluindo que ela é "falha" e "irreprodutível".
"Esse novo estudo traz alguma clareza à nossa embaçada compreensão de como essas florestas, com suas ricas fontes de biodiversidade, se comportariam no futuro diante da dupla ameaça do desmatamento e da mudança do clima", afirmou outro co-autor de Boston, o professor Ranga Myneni.
No ano passado, outro estudo realizado por cientistas britânicos também sugeriu que a Floresta Amazônica poderia ser menos vulnerável a uma seca grave em consequência do aquecimento global do que se pensava anteriormente.
Porém os cientistas advertem que a rápida degradação da floresta tropical em função das mudanças climáticas provocadas pela ação humana permanece uma "possibilidade distinta" neste século.
Nessa pesquisa, os cientistas pela primeira vez compararam simulações de dezenove Modelos Climáticos Globais com observações empíricas.
Globo Amazoni
Para a pesquisa, publicada na última edição da revista especializada Geophysical Research Letters, cientistas analisaram dados obtidos por satélites da Nasa que mostram quão verde esteve a cobertura vegetal da Amazônia na última década.
"Não encontramos grandes diferenças nos níveis de verde dessas florestas entre anos de seca e anos normais, o que indica que essas florestas são muito mais tolerantes às secas do que se acreditava anteriormente", disse Arindam Samanta, o pesquisador da universidade de Boston que coordenou o estudo.
O último relatório do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) de 2007 concluiu, a partir dos estudos disponíveis até 2006, que até 40% da Amazônia poderia ser perdido para secas.
O painel cita um estudo de Rowell e Moore, de 2000, que havia sido encomendado pela organização ambientalista WWF. Recentemente, o IPCC foi alvo de duras críticas por ter se apoiado nesta pesquisa, que não citava as fontes originais da previsão de redução da floresta.
"Até 40% das florestas amazônicas poderiam reagir drasticamente a até uma ligeira redução na precipitação; isso significa que a vegetação tropical, a hidrologia e o sistema climático da América do Sul poderia mudar muito rapidamente para outro estado estável, sem necessariamente produzir mudanças graduais entre as situações futura e atual (Rowell e Moore, 2000)", consta do 4º relatório do IPCC.
O estudo do WWF também foi duramente criticado pelo cientista brasileiro José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Os novos cálculos são muito mais confiáveis e corretos", disse Marengo.
Um outro estudo, publicado na revista Science em 2007, afirmou que as florestas tropicais se beneficiam de secas, porque são expostas a mais luz solar durante as épocas sem nuvens da seca. O novo estudo também contraria esta conclusão, concluindo que ela é "falha" e "irreprodutível".
"Esse novo estudo traz alguma clareza à nossa embaçada compreensão de como essas florestas, com suas ricas fontes de biodiversidade, se comportariam no futuro diante da dupla ameaça do desmatamento e da mudança do clima", afirmou outro co-autor de Boston, o professor Ranga Myneni.
No ano passado, outro estudo realizado por cientistas britânicos também sugeriu que a Floresta Amazônica poderia ser menos vulnerável a uma seca grave em consequência do aquecimento global do que se pensava anteriormente.
Porém os cientistas advertem que a rápida degradação da floresta tropical em função das mudanças climáticas provocadas pela ação humana permanece uma "possibilidade distinta" neste século.
Nessa pesquisa, os cientistas pela primeira vez compararam simulações de dezenove Modelos Climáticos Globais com observações empíricas.
Globo Amazoni
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