sexta-feira, 30 de abril de 2010

PRODUTORES PAGA PELA ÁGUA E ACHA JUSTO

O citricultor paulista Mauro Silveira
paga pela água, e acha justo

Se há produtores que recebem pela proteção de mananciais, há também aqueles que pagam pela água captada. O citricultor paulista Mauro Silveira, da fazenda São José da Gruta, em Limeira, é um deles. No último mês, ele pagou cerca de R$ 840 pela captação de 35 milímetros diários de água para irrigar os 60 hectares de suas plantações. Há quatro anos, Silveira e outros 1629 produtores e empresários instalados na bacia hidrográfica do PCJ (formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, abrangendo 62 municípios paulistas e mineiros) habituaram-se a receber uma conta que ainda não foi muito bem aceita por alguns agricultores do país. Não é o caso de Mauro, que só tem críticas à estimativa do volume consumido. 'A lavoura tem sistemas que monitoram a água do solo, por isso não irrigo sempre na mesma quantidade', defende-se.

Apesar disso, o citricultor concorda que o dinheiro arrecadado na bacia, de cerca de R$ 40 milhões, é baixo perto do passivo ambiental de R$ 11 bilhões, estimados pelo governo para sua total recuperação. 'O pagamento é importante para que se possam implantar programas ambientais', afirma. Silveira é da opinião de que as colheitas deveriam ser melhor remuneradas, já que os agricultores também têm a função de 'cultivadores' de água. Afinal, as propriedades rurais se constituem no maior abastecedor de água para o próprio campo e para as as áreas urbanas. Globo Rural

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