Os cientistas estudavam plantas silvestres comuns encontradas na costa do País
de Gales, na Grã-Bretanha. Segundo os pesquisadores, flores que se movem são visitadas mais freqüentemente por insetos e também produzem mais sementes.
Elas também atraem uma maior variedade de espécies de insetos do que as flores estáticas. Há muito se sabe que flores usam cores vivas, fragrâncias, pétalas de formatos elaborados e néctar para atrair insetos polinizadores, como moscas e abelhas.
Até o presente, no entanto, a hipótese de que os movimentos da planta ao sabor do vento seriam também um recurso para atrair visitantes não havia sido considerada seriamente.
"Estava deitado na praia observando as flores se movendo ao vento e me perguntei por que elas tinham hastes e se arriscavam a sofrer danos em um habitat tão exposto", conta o pesquisador John Warren, da Universidade de Aberystwyth.
Warren começou a procurar pesquisas sobre o assunto, encontrou pouco material de referência. "A única referência a um movimento atraindo polinização diz que é pouco provável que seja importante, porque insetos não são bons em detectar movimento, o que é claramente besteira", argumenta o especialista.
Warren e seu colega Penn James fizeram experimentos com a planta silvestre, que cresce em Cardigan Bay, na costa oeste do País de Gales, observaram 300 flores com caules de comprimentos diferentes, registrando quanto cada flor se movia ao vento, com que frequência ela era visitada por insetos e por quanto tempo, e quantas sementes a flor produziu.
O experimento revelou que flores com caules longos e finos se movem mais ao vento e, portanto, atraem mais insetos do que as flores que crescem em caules curtos e grossos. Mas Warren diz acreditar que as flores também enfrentam um acerto de contas da natureza.
"As flores que se movimentam bastante podem atrair mais insetos, as que se movem demais acabam espantando os insetos porque eles não conseguem parar em cima delas", afirma o pesquisador. "Só as flores que se movimentam na quantidade certa têm sucesso", concluiu.
G1
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