A nova garrafa da Coca-Cola não tem diferença em seu desenho, cor ou logotipo. Mas um selo no rótulo indica que ela é mais ecológica. Parte da composição do PET, um composto chamado Monoetilenoglicol (meg), tem origem no bagaço da cana-de-açúcar. Ao invés da nafta, que vem do refino do petróleo, sua produção parte do etanol. Antes de chegar ao Brasil, a PlantBottle, como foi patenteada pela empresa, já era vendida nos Estados Unidos, Canadá, Japão e Dinamarca. Todas são feitas com o álcool brasileiro.
Mesmo que o meg de origem renovável represente apenas 30% do total do plástico, a promessa é de economia significativa. A empresa afirma que a produção desta garrafa [que passa pela Índia e Indonésia] emite 20% a menos de CO2 do que a de uma PET de origem fóssil. A grande diferença está na captura do gás nas plantações de cana, no lugar da extração e refino do petróleo. Ela deve ser tamanha, que compensa seus gastos energéticos de transporte e desenvolvimento. “Deve” porque os números das emissões que comprovam a economia não são divulgados. Procurada por ÉPOCA, a empresa diz que se baseia em análises técnicas prévias e que está no processo de confirmá-las para publicar a pegada de carbono da garrafa. Por enquanto, diz que se trata de um segredo industrial que não deve ser revelado aos concorrentes.
Divulgar as emissões é como se entregar à concorrência? A tendência mundial indica para o caminho oposto: cada vez mais as empresas abrem seus números, e a concorrência vai atrás da transparência. De qualquer modo, a iniciativa da Coca-Cola é positiva e pioneira [para a produção de PET]. Mas ao invés de fazer propaganda baseando-se em análises não confirmadas, a empresa poderia dar a informação por completo. Revista Época
Mesmo que o meg de origem renovável represente apenas 30% do total do plástico, a promessa é de economia significativa. A empresa afirma que a produção desta garrafa [que passa pela Índia e Indonésia] emite 20% a menos de CO2 do que a de uma PET de origem fóssil. A grande diferença está na captura do gás nas plantações de cana, no lugar da extração e refino do petróleo. Ela deve ser tamanha, que compensa seus gastos energéticos de transporte e desenvolvimento. “Deve” porque os números das emissões que comprovam a economia não são divulgados. Procurada por ÉPOCA, a empresa diz que se baseia em análises técnicas prévias e que está no processo de confirmá-las para publicar a pegada de carbono da garrafa. Por enquanto, diz que se trata de um segredo industrial que não deve ser revelado aos concorrentes.
Divulgar as emissões é como se entregar à concorrência? A tendência mundial indica para o caminho oposto: cada vez mais as empresas abrem seus números, e a concorrência vai atrás da transparência. De qualquer modo, a iniciativa da Coca-Cola é positiva e pioneira [para a produção de PET]. Mas ao invés de fazer propaganda baseando-se em análises não confirmadas, a empresa poderia dar a informação por completo. Revista Época
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