terça-feira, 11 de junho de 2013

RIO AMAZONAS RESPIRA DIÓXIDO CARBÕNICO DA FLORESTA


Um novo estudo publicado na revista Nature Geoscience descobriu que as bactérias que vivem no rio Amazonas podem digerir materiais lenhosos vindos da floresta circundante, transformando esses pedaços de casca de árvore e galhos em dióxido de carbono conforme chegam à água. O rio, por sua vez, respira o dióxido.

As descobertas reforçam a reputação da bacia do Amazonas como sendo o pulmão do planeta – e não a floresta amazônica -, absorvendo o dióxido de carbono e liberando oxigênio.

Os pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) concluíram que as bactérias no rio Amazonas podem quebrar quase todos os materiais de árvores e plantas na água, e este processo é o grande gerador do dióxido de carbono respirado pelo rio.

“Rios já foram pensados como tubos passivos”, explica um dos coautores do estudo, Jeffrey Richey, professor de oceanografia da Universidade de Washington em Seattle. “O estudo mostra que eles estão mais para grandes centros metabólicos”.

Anteriormente, acreditava-se que grande parte dessa matéria vegetal flutuava pelo rio Amazonas até o oceano, onde, finalmente, ficava enterrada no fundo do mar.

Uma década atrás, os cientistas da Universidade de Washington descobriram que os rios exalavam grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, mas ainda não se sabia se – ou como – as bactérias podiam quebrar tais materiais.

Um composto chamado lignina constitui a parte principal do tecido lenhoso de uma árvore, e é o segundo componente mais comum em plantas terrestres. Mas ao invés de fluir para os oceanos e acabar no fundo do mar por séculos ou milênios, o estudo observou que as bactérias no rio Amazonas podem quebrar lignina dentro de duas semanas.

Segundo os cientistas, apenas 5% do carbono à base de plantas da floresta amazônica acaba chegando ao oceano.

Embora estes resultados tenham implicações importantes para os modelos globais de carbono, também lançam luz sobre a ecologia da Amazônia, bem como a de outros ecossistemas fluviais.

“É uma surpresa o mecanismo e o papel dos rios no ciclo global do carbono”, disse Richey.

A partir da análise dos pesquisadores, eles determinaram que cerca de 40% da lignina da Amazônia cai nos solos, 55% é digerido por bactérias no sistema do rio, e 5% é levado para os oceanos, onde se decompõe ou se acumulam no fundo.

Live Science

POLÍCIA FEDERAL FARÁ DEVASSA EM RGs INDÍGENAS


Após indiciar um líder indígena por suspeita de falsificação do Rani (Registro Administrativo de Nascimento de Índio), a Polícia Federal no Amazonas irá promover uma devassa nesses documentos emitidos no Estado.

A PF quer entender as causas de um boom na emissão de "RGs indígenas" no Amazonas: de uma média anual de 159 Ranis/ano de 2000 a 2007, o número passou para 1.143/ano no período 2008 a 2011 --salto de 619%.

Apuração preliminar da PF detectou que o aumento anormal na expedição dos documentos se deu a partir de 2007, ano da emissão do registro de Paulo Ribeiro da Silva, o Paulo Apurinã, indiciado sob suspeita de falsificação de documento público.

O Rani é um documento administrativo da Funai (Fundação Nacional do Índio). Não fornece vantagens por si só, mas na ausência da certidão de nascimento subsidia a identificação do índio e o pedido de benefícios como aposentadoria especial, cotas em universidades e inclusão em programas sociais.

Para o superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Fontes, há indícios de problemas na expedição dos registros pela Funai. "É preciso rever o processo de emissão. Não temos dúvida de que, infelizmente, pela fragilidade existente na Funai, muitos registros foram [emitidos] na esteira da fraude."

O foco da apuração da PF serão os Ranis expedidos desde 2007. Os registros feitos no Estado desde 1979 foram para 32 grupos indígenas --a etnia apurinã foi a mais beneficiada, com 18% do total.

Um dos critérios para emissão do Rani é o autorreconhecimento --a comunidade indígena tem de reconhecer a pessoa como índio. Caso a Funai tenha dúvidas sobre a etnia, deve pedir laudo antropológico, o que não ocorreu no caso de Silva.

Entre os indícios de fraude no caso de Silva, que é porta-voz de uma entidade indígena e já participou de atos com a presidente Dilma Rousseff, estão a ausência de dados genealógicos e de estudos antropológicos, além de depoimentos de índios que negaram a origem dele e da mãe. A mãe do líder indígena, em depoimento à PF, disse ter tirado os nomes indígenas dela e do filho de um dicionário de tupi-guarani. Ambos não falam a língua apurinã. Com o Rani, a mãe de Silva entrou como cotista na Universidade Estadual do Amazonas.

Procurada por diversas vezes em Brasília e em Manaus, a Funai não comentou a apuração da PF. Silva nega ter fraudado sua identidade de índio --afirma que seu bisavô era um apurinã.

Jornal Ambiente Brasil

EMBRAPA DIZ QUE TERRAS PEDIDAS PELA FUNAI NÃO SÃO OCUPADAS POR ÍNDIOS

Um relatório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) publicado na edição no jornal “O Globo” mostra que terras paranaenses que a Fundação Nacional do Índio (Funai) quer ver demarcadas não são ocupadas por índios. 
Como mostra a reportagem do Jornal Nacional, o documento foi apresentado antes de o governo federal anunciar que iria consultar outros órgãos federais para decidir sobre novas demarcações de áreas indígenas.
A região oeste do Paraná, onde ficam os municípios de Guaíra e Terra Roxa, é palco de intensas disputas entre fazendeiros e índios. Segundo a Funai, terras que deveriam estar nas mãos dos índios estão ocupadas por fazendeiros. Já os fazendeiros afirmam que são os índios que estão nas áreas deles.
Diante do impasse, a pedido do governo federal, a Embrapa fez um retrato da ocupação na região, a partir 1985. O documento questiona dados usados pela Funai para justificar demarcações de terras indígenas. De acordo com o relatório, das 15 áreas que estão em disputa, em quatro não há a presença de índios, e em outras dez, a ocupação é recente, a partir de 2007. O relatório também denuncia que índios paraguaios se mudaram para terras no Paraná. Os estudos, em andamento, para demarcação no Paraná contemplam mais de 100 mil hectares.
Em nota, a Casa Civil informou que no relatório não há “juízo de valor a respeito dos direitos dos povos indígenas ou dos agricultores” e que a busca de informação “tem por objetivo ajudar a disciplinar e tornar mais claros os critérios que envolvem os processos de demarcação de terras no país”.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que relatórios, como este da Embrapa, podem ajuda evitar erros. “O relatório da Embrapa não é um estudo antropológico. Esse estudo quem faz é a Funai. Mas tem, sempre, informações muito importantes que vão permitir esclarecimentos, que se tire dúvidas ou que se tenha mais precisão na hora de se concluir a demarcação da terra”.
Ninguém da Funai, que é subordinada ao Ministério da Justiça, foi encontrado para comentar o relatório da Embrapa.
Conflito – No início do ano, uma equipe de reportagem da Rede Globo esteve na região e encontrou índios que pareciam ter vindo de fora do Brasil. Prefeitos e fazendeiros acusaram a Funai de incentivar índios a cruzar a fronteira e ocupar terras brasileiras. Na ocasião, o clima era tenso. Os índios diziam sofrer ameaças dos fazendeiros e prometiam resistir a uma eventual desocupação. Eles chegaram a sinalizar áreas ocupadas e a fechar estradas para evitar que a equipe de reportagem saísse do local. 
G1

HERBERT VIANNA CIRURGIA DE LIPOASPIRAÇÃO?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

Uma coisa é a saúde e outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é a dieta. Fé, só na estética. Ritual é a malhação.

Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo e sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de policia. Celulite é falta de educação e Filho da Puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, imagem, estática, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber na roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulimicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.

Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.

Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

“CUIDE BEM DO SEU AMOR, SEJA ELE QUEM FOR.”

Herbert Vianna
Cantor e compositor


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BERÇO DE PAPELÃO GARANTE IGUALDADE ENTRE BEBÊS NA FINLÂNDIA

Há 75 anos, todas as mulheres grávidas na Finlândia recebem um kit de maternidade do governo. O kit inclui uma caixa com roupas, lençóis e brinquedos.
E a ideia é que a própria caixa seja usada como berço durante os primeiros meses de vida do bebê.
Muitos acreditam que o kit ajudou a Finlândia a alcançar uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil do mundo.
É uma tradição com origem na década de 1930, e adotada para dar a todas as crianças na Finlândia um começo de vida igual, independente da classe social.
O kit de maternidade, é um presente do governo, e está disponível para todas as gestantes.
Ele contém macacões, um saco de dormir, roupas de inverno, produtos de banho para o bebê, assim como fraldas, roupas de cama e um pequeno colchão.
Com o colchão no fundo, a caixa torna-se a primeira cama do bebê. Muitas crianças, de todas as classes sociais, têm seus primeiros cochilos dentro da segurança das quatro paredes da caixa de papelão.
As mães podem escolher entre receber a caixa, ou uma ajuda financeira, que atualmente é de 140 euros (R$390) - 95% optam pela caixa, que vale muito mais.
Pré-natal garantido
A tradição começou em 1938, mas inicialmente o sistema só estava disponível para as famílias de baixa renda. Mas isso mudou em 1949.
"A nova lei diz que, para receber o kit ou o dinheiro, as gestantes têm que visitar um médico ou uma clínica pré-natal municipal antes do quarto mês de gestação," disse Heidi Liesivesi, que trabalha no Kela, o Instituto de Seguro Social da Finlândia.
Na década de 1930, a Finlândia era um país pobre e a mortalidade infantil era alta - 65 em 1.000 bebês morriam. Mas os números melhoraram rapidamente nas décadas que se seguiram.
Mika Gissler, professora do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar em Helsinque, acredita que o kit de maternidade e os cuidados pré-natal para todas as mulheres, introduzido na década de 1940, um sistema de seguro de saúde nacional, e um sistema central da rede hospitalar na década de 1960 foram fundamentais para reverter essa situação.
Mães mais felizes do mundo
Aos 75 anos de idade, o kit é agora uma parte estabelecida do rito finlandês de passagem para a maternidade, unindo gerações de mulheres.
"É fácil saber em que ano os bebês nasceram, porque as roupas do kit mudam um pouco a cada ano. É bom comparar e pensar: 'Ah, aquele menino nasceu no mesmo ano que o meu'", diz Titta Vayrynen, de 35 anos, mãe de dois filhos pequenos.
Para algumas famílias, o conteúdo da caixa seria inviável se não fosse gratuito.
"Um relatório publicado recentemente dizia que as mães finlandesas são as mais felizes do mundo, e na hora eu pensei na caixa. Somos muito bem cuidadas pelo governo, mesmo agora, que alguns serviços públicos sofreram pequenos cortes",  diz ela.
"Os bebês costumavam dormir na mesma cama que os pais, e foi recomendado que esse costume acabasse", disse Panu Pulma, da Universidade de Helsinque. "Incluir   a caixa no kit serviu como um incentivo para os pais colocarem os bebês para dormir separados deles."
Em um certo momento, mamadeiras e chupetas foram removidos para incentivar o aleitamento materno.
"Um dos principais objetivos de todo o sistema era fazer com que as mulheres amamentassem mais", diz Pulma. "E funcionou."
Ele também acha que incluir livros infantis teve um efeito positivo, encorajando as crianças a segurar os livros, e, um dia, lê-los.
Pulma acredita que a caixa é um símbolo. Um símbolo da ideia de igualdade, e da importância das crianças. 
BBC

quinta-feira, 6 de junho de 2013

ATLÂNTIDA BRASILEIRA MITOLÓGICA ILHA DE HY-BRASIL

Hy-Brasil começou a aparecer nos mapas em 1325

Sem dúvida, você já ouviu falar bastante sobre Atlântida, a cidade perdida no meio do oceano que separa as Américas da Europa e África. A lenda foi tão famosa na antiguidade que, até hoje, se fala do local. Entretanto, o que muita gente não conhece é a lenda da segunda ilha perdida no Atlântico. Essa seria a Ilha de Hy-Brasil, encontrada por alguns navegadores a oeste da Irlanda. As histórias desses exploradores são tão vívidas e, em certo ponto, coerentes, que a maioria dos mapas feitos nos séculos XIV e XV posicionam o local praticamente na mesma região.
Muita gente acredita que o mito de Atlântida teria profundas relações com a possível existência de Hy-Brasil. As descrições de ambas as lendas falam de uma sociedade avançada cheia de riquezas e perdida no meio do oceano. Ao contrário de Atlântida, que estaria afundada para sempre no mar, Hy-Brasil é um local que aparece aos olhos humanos uma vez a cada sete anos
O nome do Brasil tem a ver com essa ilha mitológica? Existe a possibilidade de isso ser verdadeiro. Entretanto, como sabemos, o Pau Brasil é a fonte mais provável do nome de nosso país, mas a origem da designação dessa árvore pode ser relacionada às lendas de Hy-Brasil. Fora isso, como a ilha seria um local cheio de riquezas, é possível ainda que o país tenha de fato recebido esse nome por conta também de suas riquezas naturais em analogia.
Outra teoria mais especulativa fala sobre os elementos da nossa bandeira relacionados ao formato da ilha de Hy-Brasil. O local mitológico seria uma formação de terra em formato de um círculo perfeito com um canal em semicírculo o cortando ao meio. Coincidência ou não, o círculo central da bandeira brasileira tem exatamente esse desenho.
Hy-Brasil seria uma sociedade avançada, 
cheia de ouro, prata e outras riquezas.

O globo do céu azul com as estrelas representando as unidades da federação é cortado por uma figura no mesmo estilo do canal de Hy-Brasil, onde encontramos o nosso lema. Entretanto, o significado oficial para essa representação é simplesmente a Linha do Equador que cortava o norte do antigo território do Pará. 

A ilha misteriosa que aparece a cada sete anos começou a ser colocada nos mapas a partir de 1325, muito tempo antes dos portugueses chegarem a esta parte da América
O cartógrafo genovês Angelino Dalorto marcou a ilha a oeste da Irlanda. Depois disso diversos cartógrafos seguiram o exemplo genovês e fizeram o mesmo. 
Como a localização marcada nos mapas, a ilha passou a ser procurada com o objetivo de verificar a sua existência e definir a sua localização correta. Entretanto, a tarefa nunca foi fácil. Mesmo assim, alguns navegadores afirmam ter conseguido colocar os pés no local mitológico e trazido ouro, prata e até um ancião provenientes de Hy-Brasil.
Uma neblina deixa transparecer a ilha a cada sete anos

O relato mais famoso sobre uma viagem ao local foi o do Capitão irlandês John Nisbet. Segundo ele contou, seu navio estava navegando próximo à costa irlandesa e, de repente, uma neblina se formou. Assim que ela desapareceu, os tripulantes perceberam que o barco estava já muito próximo das rochas. Eles ancoraram e, em seguida, quatro membros da tripulação foram visitar a ilha.
Um dia após a partida, os visitantes voltaram ao navio com ouro e prata e trouxeram também o velho homem mencionado anteriormente. Assim que o navio retornou para a costa irlandesa, outro foi mandado para Hy-Brasil, que também conseguiu encontrar o local. Além desses, dezenas de histórias foram contadas sobre o lugar que nunca mais pôde ser comprovado.
Além disso, estudos na região onde deveria estar a ilha de Hy-Brasil mostram que já pôde ter existido terra firme naquele local, levando em conta traços como a presença de algumas conchas e o relevo do fundo do mar ali e até no norte da Irlanda.
A localização exata da ilha nunca pôde ser comprovada

Hoje, mesmo com o monitoramento por satélite de todo o globo, a ilha de Hy-Brasil nunca mais foi avistada. Se a lenda realmente fosse verdadeira, isso poderia ser explicado pelo curto período de aparição do local, que pode ter driblado as visitas dos satélites sobre a Irlanda.
Mas o que você acha? Esta ilha misteriosa realmente existe ou existiu nos séculos anteriores? Teria Teixeira Mendes, o criador do formato atual de nossa bandeira, se inspirado no desenho da ilha misteriosa?
Por Leonardo Müller
Fonte Historic Mysteries
Publicado por luxcuritiba em maio 19, 2013