sexta-feira, 26 de abril de 2013

ÚLTIMAS MENSAGENS POSTADAS 15 04 2013

INDIGENAS LÍDER BRASILEIRO GANHA PRÊMIO HERÓI DA DA ONU
PERSONALIDADE LEONARDO BOFF SUSTENTABILIDADE NA EDUCAÇÃO
AGUA MAR INSTITUTO NACIONAL DOS MARES
AGUA OCEANO ÍNDIGO CONTINENTE ABAIXO DO OCEANO
AGUA OCEANOS LIMPAR PLÁSTICO EM 5 ANOS
AGUA OCEANOS NASA VAI MEDIR NÍVEL DE SALINIDADE
AGUA OCEANOS APELO GLOBAL PROTEÇÃO DOS OCEANOS
AGUA OCEANOS MONITORAMENTO DO OCEANO ATLÂNTICO
AGUA RIOS SUBTERRÂNEOS NO CHÃO DOS OCEANOS
AGUA UNIVERSO ESTRELA EXPELE ÁGUA
AGUA VIIRTUAL DO NOSSO DIA A DIA
AGUA VIIRTUAL AUMENTA ALERTA SOBRE ESCASSEZ
ALIMENTOS MANDIOCA VIRA COPINHOS [BIOPLÁSTICO]
AMAZONIA RIO AMAZONAS TEM 11 MILHÕES DE ANOS
ANIMAIS ABELHAS TÊM CAPACIDADE DE ELABORAR DEDUÇÕES
ANIMAIS CAVALO CARRINHO ELÉTRICO SUBSTITUI CARROÇAS
ANIMAIS FORMIGAS VERMELHAS PODE AJUDAR PREVER TERREMOTOS
CIDADANIA AVAAZ PETIÇÃO MONSANTO vs MÃE TERRA
CIDADANIA VALE DO SILÍCIO FLUTUANTE TECNOLOGIA SUPRANACIONAL
ECOLOGIA ROUPA TECIDO GERA ENERGIA A PARTIR DO SOL
ECOLOGIA NATUREZA ENERGIA GERADA DE MOVIMENTOS .. BATERIAS
FLORESTAS GERAM US$ 468 BILHÕES POR ANO PARA ECONOMIA GLOBAL
GARRAFAS PET DO FUTURO SERÃO FEITAS COM PLANTAS
GARRAFAS PET MATERIAL COMPÓSITO DE FIBRA DE SISAL PET RECICLADO
GARRAFAS PET MURO FEITO COM 4500 PLASTICOS RECICLADOS
GARRAFAS PET ROUPA JEANS TECIDO FEITO COM PLÁSTICO RECICLADO
GARRAFAS PET TALHERES FEITOS DE PLÁSTICOS RECICLADOS
GARRAFAS PET TELHADOS DE CASA FEITO COM PLÁSTICOS RECICLADOS
GARRAFAS PET VIRAM VASSOURAS ECOLÓGICAS
MATERIAL RECICLADO RESIDUO TINTA ECOLÓGICA EMBAIXADOR AMBIENTAL
MEIO AMBIENTE PREDIO EDIFÍCIO USA CALOR CORPORAL COMO AQUECEDOR

http://www.youtube.com/watch?v=BLqxRmw942M
http://www.youtube.com:80/watch?v=yS5cfNtNxAM
http://www.youtube.com/watch?v=VDzDecm3nDY

segunda-feira, 15 de abril de 2013

LEONARDO BOFF SUSTENTABILIDADE NA REINVENÇÃO DA EDUCAÇÃO

Acesse o site do palestrante e conheça um pouco mais
sobre suas obras e pensamentos! www.leonardoboff.com

O filósofo e teólogo Leonardo Boff é um dos grandes destaques da Educar 2013. Com o tema “Sustentabilidade na Reinvenção da Educação na Visão de Um Apaixonado Pelo Criador e Pela Criatura”, Boff irá abordar questões referentes ao meio ambiente a importância da humanidade zelar pelo seu planeta. Como esse debate pode e deve fazer parte da escola? Para responder essa e outras dúvidas conversamos com o palestrante, ele concedeu ENTREVISTA EXCLUSIVA para a equipe do evento. Confira!

Qual é a realidade da educação brasileira com relação ao debate sobre o meio ambiente dentro da escola? E qual é o incentivo que os alunos recebem para que tenham atitudes que prezem pela sustentabilidade? Mais e mais as escolas estão despertando para temáticas ligadas à ecologia. A consciência geral na sociedade é muito insuficiente e mesmo no governo, que trata esta questão como uma externalidade, vale dizer, que pode ser sacrificado em nome do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do progresso imediato. É importante descolar o conceito de sustentabilidade daquele do desenvolvimento. Pois o tipo de desenvolvimento que temos supõe a dominação da natureza e a acumulação ilimitada. Isso é totalmente insustentável. Desenvolvimento sustentável significa atingir um crescimento econômico que seja amplamente compartilhado pela sociedade e que proteja os bens e serviços vitais do planeta. Sustentabilidade é permitir que todos os seres sejam vistos como tendo um valor em si, independentemente do uso humano, zelar para que continuem a existir e que possam ser passados às futuras gerações enriquecidos. A educação supõe transmitir um novo olhar para com a natureza e para com a Terra. Esta é mãe que nos dá tudo o que precisamos. Nossa missão é cuidar dela. Isso implica cuidar de seu sangue que é a água para que seja limpa, de sua pele que é a mancha verde, de sua respiração que é o ar que não pode ser poluído, dos solos onde vivem quintilhões de quintilhões de micro-organismos para que não sejam destruídos pelos agrotóxicos, etc.

O título de sua palestra afirma que a visão a ser apresentada sobre a “Sustentabilidade na Reinvenção da Educação” será a partir dos olhos de um “apaixonado pelo criador e pela criatura”. O senhor poderia explicar em outras palavras esta afirmação? Ninguém se engaja pelas questões ecológicas que tem a ver com a vida, com a mãe Terra e com o futuro de nossa civilização se não for tomado pela paixão de amar, cuidar, proteger e defender essa herança sagrada que o universo ou Deus nos legaram. Não basta a razão. Ela é fria e calculista. Precisamos de coração e de afeto. Quer dizer, precisamos resgatar a razão cordial e sensível que é a sede dos valores, da ética e da espiritualidade. Ver em cada criatura a marca registrada de Deus, descobrir as mensagens que cada criatura nos quer transmitir, essa é a singularidade do ser humano, portador de consciência e de inteligência. Esta atitude de encantamento e de respeito diante de cada ser, por insignificante que possa parecer, é urgente hoje, pois maltratamos a natureza e tiramos mais dela do que ela pode repor. Esta estratégia é irresponsável e hostil à vida.

Os professores estão preparados para trabalhar com os alunos questões sobre sustentabilidade? Ninguém está preparado porque no processo de formação dos docentes não havia ainda a preocupação ecológica. Ela surgiu mundialmente só a partir dos anos 70 quando se deu o primeiro alarme ecológico com a detectação dos limites da Terra que obrigava a propor limites ao crescimento. Hoje não temos alternativa: ou nos preparamos para um novo modo de habitar o planeta, convivendo com seus limites e com as possibilidades reduzidas dos ecossistemas ou então não teremos futuro. Já construímos uma máquina de morte que nos pode eliminar a todos e agravar profundamente o sistema-vida. Então importa que todos os saberes sejam ecologizados, quer dizer, deem a sua colaboração no sentido de limitar nosso consumismo, respeitar a capacidade de suporte dos ecossistemas e viver uma sobriedade compartilhada. Se respeitarmos a dinâmica na natureza, ela nos dará tudo o que precisamos. Mas precisamos escutar a natureza e conhecer seus mecanismos.

Qual o papel dos pais para que os jovens e as crianças tenham atitudes responsáveis com relação ao meio ambiente e que isto não seja apenas um incentivo da escola? A família é fundamental para uma educação ecológica. Pois é na família que os filhos e filhas aprendem os hábitos de cuidar do lixo, da água, das plantas, de não queimar nada, de reduzir o consumo, de reusar e reciclar. Porém, mais do que tudo: é na família que se aprende a ter limites, tarefa principal dos pais. Precisamos hoje de limites na exploração da natureza, limites no consumo, limites nas relações sociais. Devemos buscar a justa medida em todas as coisas. A justa medida é o meio termo entre o mais e o menos, mas aquilo que nos satisfaz e deixa espaço para os outros. No fundo devemos aprender a ser responsáveis por tudo. Isto significa darmo-nos conta das consequências de nossos atos e de nossas palavras para que sejam construtivos e não destrutivos, para que favoreçam a continuidade da natureza, da vida e de nossa civilização. Se não tivermos responsabilidade poderemos conhecer os caminhos já percorridos pelos dinossauros que despareceram após uma grande catástrofe ecológica.

Como a tecnologia pode estar inserida neste contexto? E como ela pode ser utilizada como uma ferramenta que incentive a sustentabilidade? Grande parte da tecnologia hoje não se orienta pela melhoria da vida, mas para o aumento dos lucros no mercado. Tudo virou commodities, tudo virou mercadoria com a qual se pode fazer dinheiro. 70% da tecnologia atual é tecnologia para fins militares. Podemos destruir toda a vida na Terra por 25 formas diferentes. Então devemos perder o fascínio pela tecnologia. Ela pode ser a grande arma de destruição coletiva. Mas ela pode nos ajudar a curar as chagas da Terra, prolongar a vida humana, tornar mais leve o fardo da existência e facilitar a comunicação entre todos. Mas ela nunca substitui a pessoa humana. Um computador ou um Ipad não estende um braço virtual e nos enxuga uma lágrima ou nos coloca a mão ao ombro para nos dar força. O ser humano solidário e amigo de outro ser humano pode. Hoje, foram desenvolvidas tecnologias que agridem menos a natureza e assim favorecem uma perspectiva ecológica. Mas o que precisamos mesmo não é de novas tecnologias, mas um novo paradigma, vale dizer, uma forma nova de nos relacionar com a Terra e a natureza de tal modo que entremos em sinergia com elas. E aí sim usaremos as tecnologias que nos ajudarão na preservação dos bens e serviços escassos da Terra.

Qual a importância em levar este debate para um grande evento, como a Educar? Hoje encostamos nos limites da Terra. O aquecimento global é a forma como a Terra, superorganismo vivo (chamado Gaia) revela seu estado doentio. Daí se entende os eventos extremos de secas e enchentes, nevascas de grande magnitude e tufões devastadores. O próprio Governo americano, que sempre relutava em aceitar esse fenômeno porque atrapalhava os negócios das grandes corporações, hoje trata o aquecimento global como uma questão de segurança nacional. A educação deve introduzir os estudantes para essa nova fase da Terra e da humanidade. Se nada fizermos poderemos chegar tarde demais e seguir um caminho que nos conduz a um abismo sem volta. Não dá para seguir com uma educação alienada da situação global da Terra e da vida. Não seria responsável e nem estaria à altura dos desafios atuais. Agora não temos uma arca de Noé que salve alguns e deixa perecer os demais. Ou nos salvamos todos ou pereceremos todos. Por isso a importância dos valores do cuidado, do respeito pela vida, da responsabilidade por tudo o que fazemos em termos dos bens essenciais à vida, como água, fibras, solos, ar, alimentos etc. Esse debate deve ser levado aos estudantes para que sejam ativos e não passivos diante da gravidade da situação geral do planeta.

Crédito da Entrevista: jornalista Patricia Melo – Presença Comunicação Educacional

Eliana Macedo Lozano cadastrada em nossa página no Facebook

domingo, 14 de abril de 2013

ABELHAS TÊM CAPACIDADE DE ELABORAR DEDUÇÕES


Apesar do cérebro extremamente pequeno, as abelhas são inteligentes o suficiente para escolher as flores com o néctar mais saboroso, a partir de dedução e pensamento lógico.

Cientistas da Queen Mary, Universidade de Londres (Inglaterra) descobriram que as abelhas observam e copiam umas as outras para descobrir quais são as flores com o néctar mais doce, ou seja, o que fornece mais energia.

A maior parte das abelhas operárias visitam milhares de flores todos os dias em busca de néctar. Elas observam as cores das flores que suas companheiras preferem, e copiam seu comportamento. Isso pode ser um atalho para o sucesso, pois descarta a desgastante tarefa de explorar cada flor para ver se ela tem alimento.

Em um experimento realizado em laboratório, pesquisadores criaram um espaço com diversas flores artificiais coloridas. As abelhas foram treinadas para saber em que flores elas encontrariam açúcar. Em seguida, abelhas observaram suas companheiras por uma tela e escolheram as mesmas flores, ignorando as restantes, de cores diferentes.

“Nosso estudo mostra como as abelhas usam associações passadas para tomar decisões sobre quando copiar os outros. Quase todos os animais, incluindo os seres humanos, também são capazes de fazer esse tipo de associação. Isso sugere que outras espécies, e não apenas as abelhas, podem também usar esse processo lógico para aprender com outros”, disse Erika Dawson, estudante da Universidade de Londres.

O psicólogo russo Ivan Pavlov se tornou famoso no início do século XX após descobrir que os cães podem ser condicionados a salivar ao som de um sino, por ele ser associado à hora em que os animais comem. Os pesquisadores acreditam que as abelhas podem seguir uma lógica semelhante.

LiveScience/Health24

ESTRELA EXPELE ÁGUA

Quando pesquisadores procuram sinais de vida em outras partes do universo, eles normalmente começam os estudos procurando por um elemento fundamental para a vida da maneira como a conhecemos: a água. E a apenas 750 anos-luz de distância, eles encontraram o líquido em uma estrela, expelindo-o para o espaço interestelar a 199 mil quilômetros por hora.

Essa descoberta é importante em várias escalas. Ela indica que em todo o universo estrelas jovens podem ser grandes distribuidoras de água, podendo semear a vida em outros planetas. Com isso, é possível avançar os estudos sobre o nosso próprio sol. A água pode ter desempenhado um importante papel em sua formação e, consequentemente, em nosso planeta.

Segundo os pesquisadores, a quantidade de água ejetada da estrela é igual à quantidade de água que flui do rio Amazonas a cada segundo. Os astrônomos acreditam que a fase em que a estrela expele água é curta, e pode ser que todas as estrelas passem por isso em alguma fase de sua formação.

Se isso realmente for verdade, pode haver água espalhada por todo o universo.

POPSCI

RIOS SUBTERRÂNEOS NO CHÃO DOS OCEANOS

Os rios nem sempre estão aonde você pode enxergá-los. Um “rio submarino” foi descoberto no leito de um oceano ao largo sudoeste da Austrália.

Não é a primeira vez que tal fenômeno é observado, mas os pesquisadores afirmam que o fato desses rios terem sido vislumbrados em águas mornas é inédito.

O rio submarino australiano foi descoberto por robôs marítimos equipados com sensores para detectar temperatura da água, salinidade, produtividade do plâncton, turbidez e oxigênio dissolvido.

Os rios subterrâneos já foram descobertos em diferentes pontos ao redor do globo. No Mar Negro, os pesquisadores descobriram um rio debaixo d’água, que é bem mais profundo e fica no leito marinho.

“Essas cascatas de água densa são comuns em regiões de alta latitude, como resultado da formação de gelo. Essa é a primeira vez que esses processos são descobertos em regiões subtropicais, que ficam presentes durante todo o ano”, afirmou Chari Pattiaratchi.

O fenômeno submarino – camadas de água densa que se arrastam pelo chão do oceano a uma taxa de cerca de 1 quilômetro por dia – tem cerca de 20 metros de espessura e se estende por mais de 100 quilômetros.

Segundo Pattiaratchi, a evaporação da água durante o verão, seguido do resfriamento durante o inverno é o que alimenta a formação do rio, levando à reunião de água de alta densidade na costa que, em seguida, flui em alto mar em rios lentos.

OurAmazingPlanet

NASA VAI MEDIR NÍVEL DE SALINIDADE DOS OCEANOS

A NASA irá lançar, em junho, um novo satélite que não irá se ocupar com o espaço, mas sim será um observatório para estudar as relações entre a quantidade de sal dos oceanos terrestres e o clima do planeta.

A missão Aquarius/SAC-D medirá os níveis de sal da superfície do oceano e suas interações com o ciclo da água e outras funções que influenciam o clima. “Será um grande passo para a oceanografia”, disse o cientista Eric Lindstrom, da NASA. “Nós temos, no departamento de ciência da Terra, 13 missões em órbita atualmente. Uma peça chave a ser estudada é a salinidade. Ela determina a densidade da superfície da água e suas variações e os ventos que comandam a circulação dos oceanos”.

A missão custou US$ 287 milhões e será lançada dia 9 de junho da base Aeronáutica Vandenberg na costa da Califórnia, EUA. Sua órbita estará a 657 quilômetros da Terra, e o satélite medirá constantemente a concentração de sal dissolvida na superfície do oceano, em faixas de até 400 quilômetros.

A cada semana, o satélite recolherá dados suficientes para compilar um mapa da salinidade oceânica. Essas observações serão úteis para revelar como a salinidade muda com o tempo e de um lugar para outro. Outra medição será a dos ventos na superfície dos oceanos em toda superfície terrestre. “Medir os ventos é importante para corrigir as concentrações nas medições de sal”, disse o pesquisador Gary Lagerloef.

O equipamento usará aparelhos de medição de microondas altamente precisos para detectar as emissões na superfície do oceano. Essas emissões são moduladas, ou mudam, de acordo com a condutividade elétrica da água, que é influenciada pela quantidade de sal. Estudando as variações de salinidade, a missão irá monitorar as mudanças no ciclo da água, causadas por evaporação e precipitações sobre o oceano.

“A salinidade é a cola que une dois componentes importantes do clima do nosso planeta: a circulação do oceano e o ciclo global da água. As medições serão realizadas com muitos detalhes, levando a novas descobertas que irão melhorar nossas condições de prever o clima”, disse Lagerloef.

A missão deve durar no mínimo três anos e é uma colaboração da NASA com a agência espacial argentina Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE). Além dos “hermanos”, o projeto conta com a participação do Canadá, da França, Itália e do Brasil.

OurAmazingPlanet

INSTITUTO NACIONAL DOS MARES

O projeto de criar no Brasil o primeiro centro nacional voltado à oceanografia deve sair do papel até o fim do primeiro semestre deste ano, de acordo com Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).

O climatologista disse ao G1, na última semana, que a proposta, apresentada no ano passado, tramita atualmente por ministérios, como o da Casa Civil. “É uma questão de semanas ou de alguns meses. Já está na fase final”, disse.

O novo instituto dos mares deve receber investimento de R$ 150 milhões nos primeiros quatro anos, montante que será destinado à construção das novas instalações e também para operacionalização dos centros.

Nobre explica que o novo órgão de pesquisa – que funcionará de forma parecida com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe – terá sedes espalhadas pelo litoral brasileiro, mas sua sede principal ficará em Brasília. Ele não especificou quantas unidades seriam, nem quais cidades receberiam um dos centros.

“O Brasil ainda não tem um órgão nacional de pesquisas oceânicas, sendo que elas ficam concentradas apenas no sistema universitário. A intenção é que o centro coordene o que já é feito dentro das universidades”.

Apoio de navios – Com foco no Oceano Atlântico Sul, a nova instituição poderá contar com a atual frota de navios oceanográficos que são utilizados pela Marinha e por outras universidades.

Entre eles estão as duas embarcações que auxiliam as operações cientificas e militares do Brasil na Antártica – os navios Almirante Maximiano e Ary Rongel – além do Alpha Crucis, que entrou em operação no ano passado e foi adquirido por US$ 11 milhões em parceria da Universidade de São Paulo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Pesquisas já desenvolvidas – O novo centro deverá concentrar diferentes áreas de investigação científica. Dados sobre o impacto da exploração do petróleo das camadas de pré-sal no oceano, por exemplo, deverão ser trabalhados por cientistas envolvidos com o novo órgão.

Além disso, também serão priorizadas informações sobre a perda de recifes de corais no país, um fenômeno que tem sido estudado e assusta os cientistas devido à sua velocidade.

De acordo com uma pesquisa, nos últimos 50 anos o país perdeu cerca de 80% desse ecossistema devido à extração e à poluição doméstica e industrial. O restante existente está ameaçado pelos efeitos das mudanças climáticas.

Outro foco importante será buscar mais detalhes sobre a meio-fauna, um ecossistema formado por organismos menores que um milímetro que vivem no ambiente marinho.

Impossíveis de serem vistos a olho nu e inofensivos a humanos, eles podem ser grandes colaboradores na manutenção da qualidade da água e na indicação de problemas ambientais, como a poluição de ambientes marinhos.

Globo Natureza