terça-feira, 19 de abril de 2011

A HIPÓTESE GAIA


A Hipótese Gaia fora apresentada por James E. Lovelock, químico inglês e inventor.
Gaia é uma deusa, a “Mãe terra” grega. Na sua hipótese, Lovelock sustentava que a Terra é um organismo vivo e Margulis especificou que a “Biota” terrestre – o agregado de toda a matéria viva do planeta – é habilitada para o crescimento e tem um metabolismo e uma inteiração química apropriada à manutenção da temperatura do planeta e para a composição atmosférica nos níveis desejáveis para a eclosão e a existência da vida na Terra”.

“Durante milhões de anos a própria vida produziu os gases, existentes no efeito estufa necessários à manutenção de temperaturas confortáveis”.

Infelizmente, devido à proliferação mundial do noticiário a respeito da Hipótese Gaia, a Mãe-Terra holística, se pode imaginar o grande número de distorções, às vezes grosseiras que desmereceram esta tese.

Lynn Margulis protestava contra estas distorções com todas as suas forças e sabedoria.

“Como aconteceu com seu ex-marido o cientista Carl Sagan, devido à sua teorização sobre a inteligência extraterrestre, a Hipótese Gaia também começou a ser vista com grande suspeição pela comunidade científica mais exigente e sisuda, devido à sua grande popularidade”.

Em ponto algum, dentro desta hipótese, se necessita do “early faint sun” para explicar coisíssima alguma. A “vida” parece não necessitar de explicações sobre a sua existência e seus modos de ação, portanto, ela, a própria vida, de acordo com a Hipótese Gaia, produziu o oxigênio do planeta Terra. Ele é parte do resultado da sua eclosão, bem como a fotossíntese da cyanobactéria e das plantas. Este oxigênio, diz a teoria, ele próprio foi o destruidor da amônia existente na atmosfera e agiu rapidamente. Se atendo ao modelo oposto, o de Sagan e Mullen, este tipo de ação... “reduziria o efeito estufa e deixaria o planeta Terra gelado – mesmo que o sol tivesse, a longo termo, adquirido mais calor e brilho”.

Embora a Hipótese Gaia diz explicar as atividades da biosfera do planeta Terra durante 3 bilhões de anos, ela nunca passou pelo desafio de um só teste direto e experimental.

“Assim, como deveria acontecer também com o modelo de Sagan e Mullen, o teste de Gaia devia ser aplicado em dois planetas: um com vida e um sem vida... através dos eons”.

Sagan, em relação à ausência deste teste, procurou dar muita atenção ao que aconteceu em Marte e em Vênus. Daí a sua proposta razoável de que Vênus foi vítima de um processo de efeito estufa “fugitivo” (runaway) e Marte, de um efeito estufa “insuficiente”: Marte possuía atmosfera pesada, promotora de um efeito estufa, sendo disto uma prova sintomática a evidência de água em tempos remotos.

Com o tempo o planeta perdeu a maior parte da sua atmosfera e conseqüentemente o calor do seu efeito estufa. A título de curiosidade:

Na contenda entre os pontos de vista do ex-marido e da ex-mulher, os dois diferiam quase que em 180º sobre a questão da vida em Marte. Lovelock, baseado nos resultados dos estudos e experimentos biológicos da Nasa sobre Marte, afirmava a não existência da vida no solo marciano, como se poderia inferir baseando-se na sua atmosfera ou na de qualquer um outro planeta.

Gaia, o planeta Terra, oferece como prova da vida no seu solo, o oxigênio, um gás reativo cujo reabastecimento é feito constantemente. Marte, ao contrário, tem a atmosfera composta pelo dióxido de carbono – nitrogênio quimicamente estável.

Lynn Margulis concordou com Lovelock e colocou a segurança científica desta premissa, apresentada pelo inglês na sonda Vicking, que aterrissou em Marte provando a ausência da vida no planeta vermelho.

Surgiu uma notícia recentemente, que encheria de contentamento o coração de Carl Sagan se ele ainda estivesse vivo: a possível presença da vida em Marte.


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