sábado, 13 de abril de 2013

ÁGUA VIRTUAL AUMENTA ALERTA SOBRE ESCASSEZ

Pesquisadores desenvolveram uma forma de calcular toda a água consumida pelo ser humano. Isso inclui o uso para hidratação e higiene, além do que é utilizado na produção de bens de consumo, o que geralmente não é notado.

Você já pensou na quantidade de água que consome? De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa gasta em média 39,6 m³ de água por ano (cerca de 110 litros por dia), de forma direta. Esse é o volume considerado para atender às necessidades de ingestão, higiene pessoal, preparação de alimentos e limpeza em geral. Mas o que não se leva em consideração é a água utilizada no processo de produção de tudo que se consome, como alimentos, roupas, livros, carros. Esse consumo indireto é denominado “água virtual” e tem chamado a atenção de especialistas, ao demonstrar que a demanda desse recurso é muito maior do que se imagina, e a velocidade com que a disponibilidade tem diminuído, também.

Essa teoria foi introduzida pelo britânico Tony Allan em 1993. Trata-se de uma definição simples, segundo a qual o volume de água utilizado na produção de qualquer bem ou produto, seja de origem animal, vegetal ou mineral, é considerado água virtual. No setor produtivo, a água é dividida em verde (chuva), azul (na superfície e debaixo da terra) e cinza (poluída).

Para se ter uma ideia, produzir 1kg de carne bovina demanda 15 mil litros de água. Para 1kg de arroz são necessários 2,5 mil litros, e para uma calça jeans, mais 10 mil. Esses são apenas exemplos de como a quantidade de água de fato usada pelo ser humano é bem maior do que os 110 litros diários estimados pela ONU. Sem mencionar que, se cada pessoa do planeta adotasse o padrão de consumo dos países desenvolvidos, precisaríamos de muito mais água. Só a produção de alimentos demandaria 75% a mais do recurso natural, de acordo com o relatório do Conselho Mundial da Água.

Pegada hídrica – Os pesquisadores Arjen Hoekstra e Mesfin Mekonnen, da Universidade de Twente, na Holanda, fizeram um estudo para mapear a “pegada hídrica” de cada indivíduo, empresa, comunidade ou nação. O cálculo do consumo e da poluição diretos ou indiretos da água doce tem o objetivo de auxiliar governos a estabelecer políticas e metas para produção, a fim de racionar o uso global da água.

Segundo os cálculos, a média global por pessoa sobe para 1.385 m³/ano de água (cerca de 3.794 litros por dia). Mas este número depende do país e seu padrão de consumo. Em países desenvolvidos, o consumo varia de 1.258 a 2.842 m³/ano, sendo as extremidades representadas por Reino Unido e Estados Unidos, respectivamente. Já em países em desenvolvimento, a diferença é bem maior: a pegada hídrica da República Democrática do Congo é de 552 m³/ano, já a da Mongólia, de 3.775 m³/ano. No Brasil, a pegada per capita é de 2.027 m³/ano.

Essa nova forma de medir o consumo de água está sendo discutida pelos governos e é considerada como instrumento estratégico na definição de políticas para o uso da água. Isso poderá ter um grande impacto em países como o Brasil, devido à sua grande produção agrícola, setor que, segundo dados da Unesco, consome 92% da água virtual utilizada no planeta.

O comércio virtual de água – A comercialização de recursos hídricos indiretos também deve ser levada em consideração pelos governos e autoridades internacionais. Isso porque quando um país compra algo do exterior, ele também está importando, virtualmente, a água usada no processo de produção. Isso lhe dá a vantagem de poupar seus recursos naturais, em detrimento dos alheios.

Uma nação pode usar como estratégia, seja por economia ou por escassez, comprar produtos que demandam maior quantidade de água no processo. Mas no mundo globalizado, todos os países são importadores de água, e a maioria também é exportadora, mesmo as nações que têm pouca disponibilidade desse recurso, a exemplo do Oriente Médio, que exporta alimentos.

A expectativa é que haja uma reorganização no comércio internacional da água virtual, levando em consideração sua escassez, o que tornaria possível o uso racional do líquido em escala mundial. Países com bastantes reservas deveriam produzir aquilo que necessita de muita água e então exportar, equilibrando assim o consumo no planeta.

De acordo com a publicação de Hoekstra e Mekonnen, 76% do comércio de água virtual está relacionado à produção de vegetais e seus derivados. Produtos de origem animal e industrializados representam 12% cada.

O artigo também relata que os maiores exportadores no segmento são os Estados Unidos, China, Índia e Brasil, respectivamente. A lista de maiores importadores traz novamente os EUA em primeiro lugar, seguido de Japão, Alemanha, China e Itália.

Fonte Terra

GARRAFAS PLÁSTICAS DO FUTURO SERÃO FEITAS COM PLANTAS

 
Você pode viajar para qualquer lugar, e mesmo assim, vai ser difícil não acabar com uma garrafa de Coca-Cola ou Pepsi na mão, ou pelo menos ver esses refrigerantes para vender. Essas garrafas podem ser recicladas, mas ainda sim essa parcela será mínima: muitas delas terão seu fim abandonadas nas ruas ou em rios.

É por isso que o desenvolvimento e lançamento de garrafas de plástico feitas com pelo menos uma porção de materiais vegetais pode representar uma boa notícia para o meio ambiente.

A Coca-Cola anunciou o lançamento de uma garrafa de plástico feita com até 30% de fontes vegetais. A garrafa é idêntica a PET – nossa velha conhecida, que é amplamente utilizada em todo o mundo.

A “PlantBottle”, como é conhecida a garrafa ecológica, já pode ser encontrada aqui no Brasil e na Suécia. A meta da Coca é que ainda este ano 5 bilhões dessas garrafas sejam enviadas para todo o mundo.

É claro que a principal concorrente da Coca, a Pepsi, não poderia ficar para trás. Em março deste ano, a empresa anunciou “a primeira garrafa PET feita inteiramente à base de plantas, recursos totalmente renováveis”. Esse produto deve ser testado em 2012, e se tudo correr bem vai passar para a comercialização.

Mas, como sabemos, as vantagens sempre vem acompanhadas de algumas desvantagens. Utilizar plantas para produzir plástico reciclável levanta os mesmos enigmas que surgem nas discussões sobre o uso de plantas para produzir bicombustíveis – ou seja, eles competem pelo acesso a fertilizantes, água e terra, podendo afetar a disponibilidade e o preço dos alimentos no mercado.

Atualmente, a PlantBottle é feita usando etanol feito com a cana do Brasil, fato que tem sido criticado por estar ocupando os antigos espaços da floresta amazônica. A Coca-Cola diz que nas fazendas de cana são utilizados “processos de cultivo eficazes”.

Já a nova garrafa da Pepsi é feita a partir de materiais como a palha de milho, capim e casca de pinheiro. Na teoria, isso significa que a empresa competiria menos por recursos que afetam as culturas alimentares, como terra e água. Segundo relatos, a Coca-Cola já está de olho nessas fontes também.

Mesmo que a nova tecnologia para garrafas de plástico faça com que a maior parte delas passe a ter fontes renováveis, essas garrafas bioplásticas não seriam tão perfeitas quanto parecem do ponto de vista ambiental. Por exemplo, elas poderiam se encontrar mais facilmente nas grandes manchas de lixo no mar, se misturando com outros detritos orgânicos.

MSN

GARRAFAS PET VIRAM VASSOURAS ECOLÓGICAS

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) não investe apenas em laboratórios científicos.

Um projeto bancado pela instituição está ajudando a diminuir a poluição causada pelas garrafas plásticas descartadas de forma inadequada no meio ambiente, além de gerar renda para mulheres moradoras de uma favela de Campos dos Goytacazes, município do norte fluminense.

O projeto foi idealizado pelo pesquisador Romeu e Silva Neto, do instituto ISECENSA (Instituto Superior de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora).

A iniciativa da Fábrica-Escola de Vassouras Ecológicas consiste em utilizar garrafas plásticas do tipo PET para a produção de vassouras.

Segundo Romeu, o processo de fabricação é extremamente simples.
Após a coleta das PETs descartadas na comunidade, no próprio instituto e em condomínios dos arredores, os rótulos são retirados.

Um equipamento prende e corta o fundo e o bico das garrafas. No passo seguinte, o plástico é desfiado em um outro suporte e os fios são enrolados.

"Como este material tem pouca rigidez, ao contrário da piaçava usada nas vassouras convencionais, precisamos aquecer esses rolos num forno a temperaturas de 180º para que adquiram consistência semelhante", explica.

Após esta etapa, o produto é submetido a um choque térmico para resfriamento. A seguir, as cerdas são separadas em tufos, que são presos com grampos na base de madeira da vassoura.

"Depois é só dar um corte nas cerdas para que fiquem todas do mesmo tamanho, fixar o cabo na base, colocar a etiqueta do produto e a vassoura está pronta para ser vendida", completa.

Silva Neto conta que a ideia surgiu da necessidade de aliar vivência prática para os alunos com a geração de renda para moradores de uma favela próxima ao Instituto, a Vila Tamarindo.

"Os alunos [do curso de Engenharia de Produção] elaboraram um plano de negócios para o novo produto. Assim, resolvemos comprar os equipamentos necessários para produzir as vassouras," recorda.

Atualmente, moradoras da favela - todas mulheres, chefes de família - têm trabalhado em períodos de quatro horas e produzido cerca de 300 vassouras por mês.

Com o sucesso do empreendimento, a ideia agora é instalar a fábrica de vassouras ecológicas na própria favela. Para isso, arquitetos ligados ao ISECENSA estão reformando uma casa na comunidade, que servirá para receber o equipamento.

"A obra e a transferência das máquinas deverão ser concluídas ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, as moradoras poderão se apoderar mais de sua própria produção e adequá-la às necessidades locais", conclui Romeu.

Faperj

TALHERES FEITOS DE GARRAFA PET

O designer espanhol Oscar Diaz deu um bom exemplo de reciclagem com uma pitada de criatividade. O resultado não poderia ser diferente, são talheres feitos de Garrafa PET recicladas, com um design quase igual aos talheres convencionais. Isso graças a um processo que é a aplicação uma camada metálica nas peças.

O processo é simples, Oscar primeiro seleciona as garrafas de plástico PET que lhe permitem fazer as facas, garfos e colheres de maneira funcional, cortando suas formas e revestindo com uma película metálica. Isso fez com que os simples talheres de garrafas PET ganhando uma nova aparência tornando o talher em um item reusável.

Este processo de fabricação está provavelmente fora do alcance da maioria das pessoas, mas existe uma oportunidade de entregar suas garrafas de plástico usadas e obter um conjunto de talheres de volta. Diaz mostrou o resultado de um processo detalhado e preciso de experimentação com materiais e processos.

O processo de revestimento, no exemplo dos talheres, que não altera apenas a percepção dos utilizadores e das garrafas de plástico, mas também a sua função.

Vida Sustentável

sexta-feira, 12 de abril de 2013

JEANS COM TECIDO FEITO COM GARRAFAS DE PLÁSTICO


A marca Levis apresentou a coleção Waste Less (Desperdice Menos) Primavera 2013 para homens e mulheres. Sua nova linha de peças jeans, disponível em todo o mundo, incorpora 20% de fios de brim reciclados. Em média, cada peça tem até 560 gramas de fios sintéticos, feitos a partir de garrafas plásticas de refrigerante.

Nos últimos anos, a tradicional marca de jeans tem tido uma atuação expressiva na produção sustentável. Você deve se lembrar dos jeans Water Less, jeans orgânico, jeans para ciclistas, e da campanha que incentivou os consumidores a doar seus jeans velhos para evitar que acabassem em aterros sanitários.

A linha Waste Less deve usar mais de 3,5 garrafas recicladas em um jeans Levi’s 511 Skinny, no moderno Levi’s 504 Straight Fit e na emblemática jaqueta Levi’s Trucker. Para as mulheres, o modelo Levi’s Boyfriend Skinny estará disponível nos Estados Unidos e Europa.

Para fabricar a nova linha, a empresa recolhe garrafas marrons de cerveja, garrafas verdes de refrigerante, garrafas transparentes de água e bandejas pretas de alimentos em programas de reciclagem municipal em todo o país.

Depois de separadas por cor, as garrafas e bandejas são esmagadas em flocos e transformadas em fibra de poliéster. A fibra de poliéster é mesclada com fibra de algodão, que em seguida é tecida com o tradicional fio de algodão para criar os calças e jaquetas jeans Waste Less.

Segundo a empresa, a cor da garrafa selecionada cria um tom secundário no tecido de sarja, conferindo uma aparência única ao produto final. Os produtos da linha Waste Less estarão disponíveis nas lojas Levi´s de todo o mundo e no site Levi.com a partir de janeiro de 2013.

Hype Science

MURO FEITO COM 4500 GARRAFAS PET

Essa casa possui um muro que foi feito com 4500 garrafas pet . Ele é transparente e verde e combina com o ambiente cercado de natureza,um desenho perfeito! Podendo ser usado também em demarcações de terras na zona rural.

Alexandre Mattos está cadastrada em nossa página no Facebook

GARRAFAS PLÁSTICAS ALTERNATIVA PARA TELHADO DE CASA

Embora possam parecer primitivos, telhados de palha são uma forma eficaz de impedir a entrada de chuva, e ao mesmo tempo ventilar uma casa.

Mas, no Equador, onde as terras estão sendo destinadas à agricultura, garrafas plásticas descartadas poderiam ser uma alternativa melhor à palha e gramíneas.

O professor de administração David Saiia, da Universidade de Duquesne, criou uma máquina que não requer energia, apenas esforço humano, para fatiar garrafas de plástico em tiras finas que trabalham de forma tão eficaz quanto palha e gramíneas quando se trata de fazer um telhado.

Em um dia de chuva, essa é uma alternativa ainda melhor ao metal ou folhas de plástico, que podem agir como um tambor conforme gotas de chuva batem no telhado (quem nunca ouviu o enorme barulho que uma boa chuva faz nesses materiais?).

E o plástico de fato dura muito mais tempo do que materiais naturais como a palha, que se biodegradam em um ritmo muito mais rápido. Portanto, há necessidade de menos manutenção e reconstrução dos telhados.

Claro que o plástico não é exatamente um dos materiais preferidos dos ambientalistas, e o projeto para os novos telhados ainda está em fase de testes para que os pesquisadores se certifiquem de que é seguro e não tóxico.

Porém, estima-se que uma casa média no Equador reutilizaria até 1.600 garrafas, salvando-as de aterros sanitários, onde o impacto ambiental de outra forma seria bem mais negativo.

Gizmodo