“Não posso deixar de pensar nos organismos que vivem graciosamente nesse planeta”, disse a escritora científica Janine Benyus durante uma palestra sobre biomimética.
Nesse ramo de estudo, cientistas buscam na natureza “respostas” para diversas demandas, como filtragem de água, redução de emissões de gás carbônico (CO2) e cura de ferimentos. A seguir, você verá 10 tecnologias desse tipo.
Os primeiros protótipos de trem-bala criavam uma explosão sonora ao sair de um túnel, o que não era desejável, claro. Em seguida, o engenheiro J. R. West, que tem o hábito de observar pássaros, começou a estudar espécies como o martim-pescador, capaz de mergulhar na água quase sem causar ondulações – “eles vão de uma densidade média, o ar, para outra densidade média, água, sem espalhar água”, percebeu. Alterações no projeto baseadas nessa habilidade do pássaro tornaram o trem-bala 10% mais rápido com 15% menos gasto de eletricidade, além de praticamente eliminar a explosão sonora.
O tubarão-de-galápagos é capaz de manter a superfície de seu corpo livre de bactérias graças a minúsculas elevações presentes nela. Essas elevações seguem um padrão específico e impedem a adesão de bactérias – segredo aproveitado pela empresa Sharklet Technologies, que fabrica revestimentos que evitam o acúmulo de bactérias. Essa tecnologia reduz o uso de produtos químicos bactericidas (que são uma solução provisória, já que há cada vez mais micro-organismos resistentes a eles).
No deserto da Namíbia, um pequeno inseto é capaz de coletar água a partir de um nevoeiro e, com isso, garantir a própria sobrevivência. “Ele tem ‘bombas’ na superfície de suas asas que agem como ‘ímãs para água’. A água adere a essas bombas, desce pelas laterais e vai direto para a boca da criatura”, explica Benyus. O pesquisador Andrew Parker, da Universidade de Oxford (Inglaterra), estudou o fenômeno e ajudou empresas de arquitetura a construir estruturas que, como o inseto, são capazes de coletar água de nevoeiro de modo eficiente. “10 vezes melhores do que nossas redes de capturar névoa”, diz.
Certos seres não consideram o gás carbônico um veneno: plantas e organismos que fazem conchas, corais, consideram-no um bloco de construção. Baseados na maneira como corais aproveitam a substância, cientistas desenvolveram uma “receita” de cimento que usa gás carbônico. Geralmente, na sua fabricação, uma tonelada de cimento emite uma de CO2. Com o novo método, emite-se meia tonelada, 50% menos.
Há evidências científicas de que o campo elétrico que existe ao redor das nossas células é essencial na cura de ferimentos. Por meio de processos químicos, é possível aumentar a intensidade desse fenômeno e, assim, criar curativos que aceleram diretamente a recuperação de tecidos – algo especialmente útil para diabéticos e outras pessoas que têm uma regeneração comprometida.
AskNature.org
Nesse ramo de estudo, cientistas buscam na natureza “respostas” para diversas demandas, como filtragem de água, redução de emissões de gás carbônico (CO2) e cura de ferimentos. A seguir, você verá 10 tecnologias desse tipo.
Os primeiros protótipos de trem-bala criavam uma explosão sonora ao sair de um túnel, o que não era desejável, claro. Em seguida, o engenheiro J. R. West, que tem o hábito de observar pássaros, começou a estudar espécies como o martim-pescador, capaz de mergulhar na água quase sem causar ondulações – “eles vão de uma densidade média, o ar, para outra densidade média, água, sem espalhar água”, percebeu. Alterações no projeto baseadas nessa habilidade do pássaro tornaram o trem-bala 10% mais rápido com 15% menos gasto de eletricidade, além de praticamente eliminar a explosão sonora.
O tubarão-de-galápagos é capaz de manter a superfície de seu corpo livre de bactérias graças a minúsculas elevações presentes nela. Essas elevações seguem um padrão específico e impedem a adesão de bactérias – segredo aproveitado pela empresa Sharklet Technologies, que fabrica revestimentos que evitam o acúmulo de bactérias. Essa tecnologia reduz o uso de produtos químicos bactericidas (que são uma solução provisória, já que há cada vez mais micro-organismos resistentes a eles).
No deserto da Namíbia, um pequeno inseto é capaz de coletar água a partir de um nevoeiro e, com isso, garantir a própria sobrevivência. “Ele tem ‘bombas’ na superfície de suas asas que agem como ‘ímãs para água’. A água adere a essas bombas, desce pelas laterais e vai direto para a boca da criatura”, explica Benyus. O pesquisador Andrew Parker, da Universidade de Oxford (Inglaterra), estudou o fenômeno e ajudou empresas de arquitetura a construir estruturas que, como o inseto, são capazes de coletar água de nevoeiro de modo eficiente. “10 vezes melhores do que nossas redes de capturar névoa”, diz.
Certos seres não consideram o gás carbônico um veneno: plantas e organismos que fazem conchas, corais, consideram-no um bloco de construção. Baseados na maneira como corais aproveitam a substância, cientistas desenvolveram uma “receita” de cimento que usa gás carbônico. Geralmente, na sua fabricação, uma tonelada de cimento emite uma de CO2. Com o novo método, emite-se meia tonelada, 50% menos.
Existem muitas maneiras pelas quais a natureza filtra água para retirar sal. Nós pegamos água e jogamos contra uma membrana, e então nos perguntamos por que a membrana entope e por que isso exige tanta energia. A natureza faz algo muito mais elegante. As células vermelhas do nosso sangue têm poros em forma de ampulheta através dos quais passam moléculas de água, mas não de sal, uma estrutura de filtragem de alta eficiência e que começou a ser usada por algumas empresas na fabricação de membranas de dessalinização.
Sem gastar energia ou depender de substâncias químicas, borboletas são capazes de manter suas asas livres de sujeira (da mesma forma que os tubarões-de-galápagos mantêm sua superfície corporal livre de bactérias), graças à maneira como sua superfície interage com as moléculas de água e de impurezas – segredo aproveitado por algumas empresas especializadas em revestimentos.Há evidências científicas de que o campo elétrico que existe ao redor das nossas células é essencial na cura de ferimentos. Por meio de processos químicos, é possível aumentar a intensidade desse fenômeno e, assim, criar curativos que aceleram diretamente a recuperação de tecidos – algo especialmente útil para diabéticos e outras pessoas que têm uma regeneração comprometida.
Amoras silvestres (também conhecidas como “blackberries”, em inglês) têm pequenos ganchos que permitem que elas se grudem em diversas superfícies sem a necessidade de substâncias químicas adesivas – algo que pode ser aproveitado em setores como construção e embalagens.
Certos tipos de árvore (como bordo, aspen e álamo) têm folhas capazes de absorver alguns tipos de poluentes com mais facilidade do que outras – 40% a mais, se esses poluentes estiverem combinados com oxigênio. O mecanismo por trás dessa eficiente absorção tem sido aproveitado por fabricantes de filtro de ar.
Um gato é capaz de cair de alturas consideráveis sem se machucar, graças a um detalhe anatômico: não há uma ligação esquelética direta entre sua clavícula e coluna vertebral, o que permite que os membros dianteiros absorvam o impacto da queda de modo eficiente – algo que pode ser usado para produzir grades de segurança e parachoques mais eficazes.AskNature.org
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