segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ÚLTIMAS MENSAGENS POSTADAS 11.12.2012

AGUA * CIVILIZAÇÃO MAIA BARRAGEM
AGUA * CIVILIZAÇÃO MAIA MÉTODO SUSTENTÁVEL
AGUA DE CHUVA
AGUA LUZ EM NOSSO CORPO
AMAZONIA AGUA DO RIO ESTÁ SENDO CONTRABANDEADA
AMAZONIA DESMATAMENTO EQUIVALENTE AO ESTADO DE SP
ANIMAIS BARBARIE IBAMA 0800.618080
ANIMAIS ABELHAS LOUIS VUITTON PRODUZ MEL
ANIMAIS ABELHAS TELHADOS DE PARIS FABRICAS DE MEL
ANIMAIS ABELHAS PARIS COLMEIA NO TELHADO PRODUZI MEL
ANIMAIS BARBARIE BEZERRO TORTURADO EM UBERABA/MG
PETIÇÃO IBAMA 0800.618080
CIDADANIA AHED TAMIMI DESAFIOU A OCUPAÇÃO ISRAELENSE
CIDADANIA O MUNDO SERÁ MAIS PACÍFICO NO FUTURO
ELETRICIDADE CÉREBRO HUMANO GERA ECONOMIA
FLORESTAS MADEIRA CHINA PODE ESGOTAR FLORESTAS 
INDIGENAS GUARANI-KAIOWÁ APELO ECOA
INTERNET ESTUDANTES SE ENCONTRAM PARA TAREFA ESCOLAR
PERSONALIDADE PAULO FREIRE A PESSOA CONSCIENTIZADA
PERSONALIDADE MITAUYE OYASIN NOVA ERA UM
PERSONALIDADE MORGAN FREEMAN MÊS DA HISTÓRIA NEGRA
PERSONALIDADE STUART HART NEGÓCIOS SOCIAIS E VERDES
PLANTAS ALGAS MARINHAS USINA DE BIODIESEL

domingo, 9 de dezembro de 2012

MITAKUYE OYASIN NOVA ERA UM SÓ MUNDO, UM SÓ POVO


Quando o Tempo do Búfalo estiver para chegar, a terceira geração das Crianças dos Olhos Brancos deixará crescer os cabelos e começará a falar do Amor que trará a Cura para todos os Filhos da Terra. Estas Crianças buscarão novas maneiras de compreender a si próprias e aos outros. Usarão penas, colares de contas e pintarão os rostos. Buscarão os Anciãos da Nossa Raça Vermelha para beber da fonte de sua Sabedoria.

Estas Crianças de Olhos Brancos servirão como um sinal de que os nossos Ancestrais estão retornando em corpos brancos por fora, mas vermelhos por dentro. Eles aprenderão a caminhar novamente em equilíbrio na superfície da Mãe Terra, e saberão levar novas idéias aos Chefes Brancos.

Estas Crianças também terão de passar por provas, como acontecia quando ainda eram Ancestrais Vermelhos. Serão usadas substâncias pouco comuns, como por exemplo, a Água de Fogo, para observar se elas continuarão a caminhar firmemente dentro do Caminho Sagrado.

Após o retorno do Búfalo, a geração que seguisse à dos Filhos da Flor viveria o Amanhecer do Quinto Mundo da Paz.

O Quinto Mundo da Paz será como um pônei vacilante que, logo ao nascer, tentará se firmar em suas patas. Este movimento vacilante será sentido pela Mãe Terra, e ocorrerão mudanças no solo e nas águas. Este movimento provocará um novo tipo de emoções e de sentimentos entre os Filhos da Terra, o que apressará as mudanças.

Muitos Sonhos Coloridos serão trazidos para o Tempo de Dormir e para o Tempo do Sonho destes novos Guerreiros do Arco-Íris e eles aprenderão de novo a caminhar em equilíbrio.

As mudanças ocorridas na Mãe Terra trarão medo às suas Crianças, porém, mais tarde, conduzirão à Consciência da Unidade, no seio de Um-só-Mundo, Um-só-Povo.

http://www.xamanismo.com.br/

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O MUNDO SERÁ MAIS PACÍFICO NO FUTURO


Análises estatísticas mostram que o mundo terá um futuro mais pacífico.

Em cerca de 40 anos, apenas metade dos países envolvidos em conflito hoje continuarão em guerra.

Em 1992, quase um quarto de todos os países estava envolvido em um conflito armado.

Em 2009, essa proporção havia caído para um país em cada seis.

Em 2050, apenas um país em cada 12 estará envolvido em um conflito armado.

Simulações da paz
Estas são as conclusões obtidas por meio de simulações de conflitos obtidas pelo Professor Havard Hegre, da Universidade de Oslo, Noruega.

O estudo foi realizado em cooperação com o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo (PRIO).

"O número de conflitos está caindo. Esperamos que essa queda continue. Nós prevemos uma queda constante no número de conflitos nos próximos 40 anos. Conflitos que envolvem um alto grau de violência, como na Síria, estão se tornando cada vez mais raros," diz Hegre.

Nos próximos 5 anos o risco de conflito será o maior na Índia, Etiópia, Filipinas, Uganda e Burma. Em 40 anos o risco será maior na Índia, Nigéria, Sudão, Etiópia e Tanzânia.

Os países nos quais o risco de conflito cairá mais afundar nos próximos 40 anos são Argélia, Colômbia, Turquia e Tailândia. O nível de conflito vai aumentar em países como Tanzânia, Moçambique, Malawi e China.

As simulações também mostram que os conflitos em curso em 2011 provavelmente terão terminado nos próximos 5 anos. É o caso dos conflitos na Líbia, Tajiquistão, Síria, Senegal, Costa do Marfim, Mauritânia e Iraque.

Além da diminuição no número de conflitos armados, caiu também o número vitimas em guerras desde a Segunda Guerra Mundial.

Esta tendência vai continuar.
"A guerra se tornou menos aceitável, assim como o duelo, a tortura e a pena capital," diz o pesquisador.

O estudo mostra que a combinação de melhor educação,  porcentagem menor de jovens e menor crescimento populacional são algumas das razões pelas quais o mundo pode esperar um futuro mais pacífico.

"As mudanças econômicas na sociedade resultaram em um aumento na importância da educação e do capital humano. Uma economia complexa torna a violência política menos atraente.

"A sociedade moderna é dependente do desenvolvimento econômico. É muito caro usar a violência para destruir esta rede. Também se tornou mais difícil tomar capital financeiro pela força. Hoje é fácil movimentar o capital através das fronteiras nacionais. Portanto, um líder cínico será menos propenso a escolher a violência como estratégia," disse o pesquisador.

Site Diário da Saúde

STUART HART SÓ OS NEGÓCIOS SOCIAIS E VERDES PROSPERARÃO



Os problemas ambientais e sociais do mundo serãoresolvidos por negócios inovadores, que busquem o lucro. Eles disseminarão tecnologias mais limpas que substituirão as atuais poluidoras. E ajudarão a promover a inclusão social dos mais pobres como empreendedores, funcionários e consumidores. Essa visão, defendida pelo americano Stuart Hart, da escola de administração da Universidade Cornell, ganhou o mundo em 2002, a partir de um artigo escrito em parceria com o indiano Coimbatore Prahalad. Inspirou empresários e empreendedores sociais a estabelecer relações de ganhos mútuos com a então batizada “base da pirâmide”. Para divulgar essas práticas, Hart criou agora uma rede de centros de estudos em 18 países. O primeiro encontro global acontecerá em São Paulo, em 2014.

Por que devemos olhar para a base da pirâmide? A globalização econômica se desenvolveu. Nos últimos 20 ou 30 anos, está chegando a um ponto de inflexão. Ela começou nos anos 1980 e se desenvolveu ao longo da década de 1990, foi baseada em algumas poucas corporações multinacionais, que criavam produtos em seus países de origem, faziam algumas adaptações e vendiam nos mercados emergentes. Havia uma crescente classe média para comprar esses artigos criados pelas multinacionais dos Estados Unidos, da Europa ou do Japão. Isso permitiu que essas corporações crescessem tremendamente nos últimos 20 ou 25 anos. Certamente também melhorou a vida de milhares de pessoas, com acesso a esses produtos e serviços. O desafio agora é que a maioria das multinacionais se dirigia aos consumidores de maior renda. Esse mercado não cresce. O topo da pirâmide encolhe nos países ricos. Sim, há pessoas abastadas surgindo na China e na Índia. Mas você não quer apostar o futuro de sua companhia apenas nas vendas para pessoas ricas. Então, muitas dessas empresas estão migrando para a crescente classe média que surge nos países emergentes

Isso não é bom? Elas fazem isso usando basicamente os mesmos produtos, tecnologias, modelos de negócios e fontes de recursos, com algumas poucas adaptações. Há alguns cortes de custos, produção terceirizada. As multinacionais continuam muito similares em termos de perfil produtivo e ambiental. Quando você aumenta a escala disso, para atingir uma base de consumidores maior, os problemas ambientais aumentam de maneira significativa. É o que testemunhamos hoje ao redor do mundo. Se você for à China, essa será uma das primeiras coisas que os líderes chineses lhe dirão. O meio ambiente é uma de suas maiores preocupações. Pode implodir o país. Esse modelo de globalização está, progressivamente, criando um desastre ambiental e não pode continuar dessa forma. E ele ainda não incluiu os dois terços da população mundial na base da pirâmide social. A classe média ascendente deve equivaler a 1,5 bilhão de pessoas. O topo da pirâmide corresponde a 800 milhões. Restam ainda 4 bilhões ou 5 bilhões de pessoas na base da pirâmide, ainda não incluídas no que eu chamaria de “sonho capitalista”. Não podemos manter esse modelo.

Por quê? Primeiro, porque ele destruirá o meio ambiente. Em segundo lugar, porque ele não funciona do ponto de vista econômico. É muito custoso. As pessoas na base da pirâmide não podem comprar produtos e serviços criados para o topo. A única maneira de isso acontecer é dar um salto. Isso pode ser feito por meio de empreendedores independentes, que vejam oportunidades. É disso que tratam o empreendedorismo social, os negócios sociais, os negócios inclusivos e todas essas novas palavras da moda. Ou pode ser feito pelas grandes empresas que vejam isso como futuro e lancem novas iniciativas, projetadas para criar modelos de negócios revolucionários, que tragam tecnologias limpas e possam servir àqueles que foram menos atendidos a custos com que possam arcar. Do ponto de vista competitivo, as grandes empresas do século XXI serão as que dominarem essa fórmula. As que ignorarem isso desaparecerão. Porque estamos passando por um período de transformações, que está redefinindo todo o conceito de capitalismo.

O Brasil deveria se preocupar em oferecer um ambiente mais favorável a esses novos negócios, com menos impostos e burocracia? Ainda não está claro se as democracias representativas são capazes de agir no nível necessário para que isso aconteça. Você pode ver essa dificuldade hoje nos EUA. As indústrias petroquímicas, farmacêuticas e financeiras criam verdadeiras amarras em torno do sistema político, de modo que nada muda. Ao menos nada de substancial. E as inovações de que falamos são rupturas. Elas não são incrementos. Como empreen-dedores, como empresários, precisamos criar estratégias que suplantem as políticas públicas. Muitas estratégias de empresas de tecnologia limpa se baseiam na promessa de subsídios do governo. Aí vem a eleição, aquele partido sai do poder, os subsídios acabam, e a indústria morre. Como capitalistas do século XXI, precisamos de imaginação para criar estratégias independentes das políticas públicas. E então, mesmo num ambiente de políticas públicas hostis, a estratégia funcionará.

O senhor pode citar exemplos? A empresária carioca Zica criou uma rede de salões Beleza Natural a partir de uma favela do Rio de Janeiro. Ela reconheceu uma oportunidade para criar não só orgulho e dignidade nas comunidades, mas condições de subsistência e mesmo ascensão social. E sem que exista uma política pública para apoiá-la. Estamos conversando com o Sebrae sobre um programa para identificar e auxiliar empreendedores que promovam uma mentalidade local e queiram crescer. Muitos pequenos negócios não querem se tornar grandes. Não há nada de errado nisso. Mas eles têm um potencial de transformação limitado. Há 10 milhões de empresas informais no Brasil, que empregam 12 milhões de pessoas – 1,2 por negócio. Isso é ótimo, claro. Mas queremos acelerar a criação de grandes empresas do amanhã, que virão do nada para transformar a economia, criar um grande número de empregos. É disso que precisamos.

Como ajudar esses empreendedores? Trabalho muito na China e observo o que eles fazem. Uma das vantagens do regime chinês é que ele pode contornar as amarras políticas. Estamos fazendo negócios verdes na China, e há um afã por novos modelos que poderão ser testados lá, em nível municipal. Porque eles sabem que o desenvolvimento aplicado em Pequim ou Xangai é insustentável. Nas cidades emergentes menores, os líderes locais buscam modelos alternativos. Os chineses adoram a ideia de comunidades experimentais, cidades experimentais, zonas experimentais. Se você consegue provar que funciona, isso se propaga rapidamente na hierarquia do partido e é aplicado em nível nacional. Se estivermos procurando um lugar em que haja a possibilidade de surgirem políticas públicas ecologicamente sustentáveis, esse lugar é a China.

Por quê? Porque eles não são uma democracia. E porque o Partido Comunista é composto de pessoas inteligentes e, definitivamente, ditatoriais. Quando se trata de criar políticas públicas capazes de mudar as coisas numa direção completamente diferente, são maiores as chances de isso acontecer na China do que nos EUA, no Brasil ou na Índia, países em que há espaço para conflito democrático e transparência. Tudo isso junto produz mudanças muito lentas.

Uma companhia deve ser cobrada por benefícios sociais ou pela geração de retorno financeiro? Essa é uma falsa escolha. Há aqueles piratas apenas interessados em fazer dinheiro tão rápido quanto podem. Eles não costumam durar muito, porque geralmente fazem algo ilegal. Também é possível fazer isso pelas vias legais e prosperar por algum tempo. A principal premissa das empresas sustentáveis é criar produtos com valor social associado, que resolvam problemas ambientais, e cresçam e gerem lucro. Olhando para o futuro, acredito que essa se tornará a única maneira de obter um retorno significativo com o tempo. À medida que as coisas se tornam mais abertas, mais transparentes; quanto mais as redes sociais se desenvolvem, mais fica difícil os piratas esconder o que fazem. No passado, pensava-se: não é papel dos empresários se preocupar com os pobres ou com o meio ambiente. Esperava-se das empresas que elas se preocupassem com a regulação. Ou então se pensava: “Esses caras fazem muito dinheiro. Eles sempre podem doar parte desse dinheiro. Mas não devem mexer com o retorno dos investidores”. Isso está desaparecendo. As empresas precisam ter uma mentalidade mais ampla.

Se a empresa faz esses investimentos como estratégia de crescimento, por que precisa exibir isso como boa ação nos relatórios socioambientais? Bem, é uma escolha. Pessoalmente, acho melhor deixar que suas ações falem por si mesmas. Num ambiente competitivo, cada vez mais elas serão avaliadas com base no que fazem, e não com base naquilo que dizem.

Como a crise financeira afetou empreendimentos de impacto social?Para as grandes corporações globais, há a tendência de simplesmente cortar custos. Iniciativas de impacto social são cortadas, sem que se pense duas vezes. Algumas empresas percebem que não serão mais capazes de obter os mesmos lucros de antes apenas dobrando a produção para o topo da pirâmide ou para a classe média crescente. Se elas quiserem manter o ritmo agressivo de crescimento, terão de descobrir como fazer negócios com a base da pirâmide. A maioria dessas empresas já sabe disso, a esta altura.

Alexandre Mansur
Revista Epoca

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CIVILIZAÇÃO MAIA TINHA MÉTODO SUSTENTÁVEL PARA GERENCIAR ÁGUA

Os antigos maias construíram um sistema hidráulico sofisticado e sustentável que foi sendo aperfeiçoado por mais de mil anos para servir a uma população crescente. O colapso posterior dessa civilização da América Central tende a ofuscar sucessos anteriores como esses.

Os detalhes desse sistema de coleta e armazenamento de água foram revelados por uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala, por uma equipe internacional de pesquisadores coordenados por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e descritos em artigo recente na revista científica “PNAS”.

As descobertas incluem a maior represa antiga da área maia; a construção de uma barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada ao início da colonização da região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a água dos reservatórios. O sistema também tinha uma estação que desviava a água para os diferentes reservatórios de acordo com a estação e incluía um segmento de canal cortado na pedra.

Também há evidências de reparos e ampliação do sistema, assim como plantio de vegetação para impedir a erosão do solo em torno dos reservatórios.

Com isso os maias, em torno do ano 700, podiam prover de água uma população estimada em 80.000 em Tikal. Há estimativas de que haveria 5 milhões de pessoas na região das planícies maias ao sul, uma população “uma ordem de grandeza da que é suportada na região hoje”, escreveram Scarborough e colegas.

Durante uma sessão de escavação, mesmo na estação seca, a água ainda percolava em um dos locais de teste, e os trabalhadores locais preferiam tomar essa água em vez daquela disponível sua vila.

A área foi abandonada no final do século 9. Os motivos do colapso maia ainda são debatidos entre os pesquisadores.

“É um tópico muito difícil. Pode haver tantas explicações como existem arqueólogos trabalhando no campo. Minha visão pessoal é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altamente bem sucedida que agiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente”, disse Scarborough à Folha.

“É importante lembrar que os mais não estão mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito vital na América Central”, diz ele; “o que entrou em colapso foi o seu nível de complexidade social.

Ele elenca entre as causas a mudança climática seca; “como eles eram muito dependentes dos reservatórios preenchidos pela chuva sazonal, vários anos de seca repetidos significariam desastre”, diz o pesquisador. E justamente por serem inteligentes e criado um sistema hidráulico sofisticado, a população pode ter crescido muito além da capacidade do ambiente, dadas as limitações tecnológicas da civilização.

Além disso, diz o arqueólogo, é provável que a elite local não tomasse decisões sábias. “Aqui nos Estados Unidos parece que nós temos as três forças se repetindo– e se nós no Ocidente tivermos um período de 1.500 anos de sobrevivência e sucesso como os maias, eu ficarei espantando”, conclui Scarborough.

Ricardo Bonalume Neto
luxcuritiba em outubro 5, 2012
http://www1.folha.uol.com.br

CIVILIZAÇÃO MAIA BARRAGEM

Por meio de escavações, análise de sedimentos e mapeamento, uma equipe de arqueólogos, liderada pela Universidade de Cincinnati, Estados Unidos, descobriu impressionantes obras de engenharia em Tikal, um dos maiores sítios arqueológicos e um dos principais centros urbanos da civilização maia pré-colombiana, localizada no norte da Guatemala, incluindo o que deve ter sido 
a maior barragem construída pelos antigos maias na América Central (PNAS, 16 de julho). A barragem – construída de pedra, entulho e terra – se estendia por 80 metros de comprimento, atingia cerca de 10 metros de altura e armazenava cerca de 75 milhões de litros de água em um reservatório artificial. Os pesquisadores responsáveis pela descoberta acreditam que se trata de um caso de uso sustentável de água e terras. Eles chegaram à barragem porque pretendiam entender como os antigos maias mantinham em Tikal uma população de 
5 milhões de pessoas no ano 700. A barragem da Guatemala é a maior construção hidráulica já conhecida do território maia e a segunda maior da América do Sul, superada em área apenas por uma barragem do México construída entre os anos 250 e 400. Um detalhe que chamou a atenção 
dos pesquisadores é que os maias usavam caixas de areia em canais para purificar a água que entrava no reservatório.

Agosto de 2012
http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/08/10/barragem-dos-maias/

AGUA DO RIO AMAZONAS ESTÁ SENDO CONTRABANDEADA

A imprensa albergou uma grave denúncia: a água da Amazônia está sendo contrabandeada. Seria a prova de que a pirataria chegou ao bem mais nobre da região, que acumula 12% da água superficial doce do planeta, volume que representa, por sua vez, apenas 3% de toda a água da Terra. A água está tão irregularmente concentrada que já começa a ser o móvel de disputas e guerras entre povos escassamente providos desse bem essencial à vida.

De fato, a água da bacia amazônica é cobiçada e terá importância crescente na geopolítica internacional. Devemos começar a defendê-la. Não propriamente armando tropas ou construindo muralhas da China, mas aprendendo a conhecê-la, a manejá-la e a preservá-la. É nosso mais valioso cheque a ser sacado contra o futuro. Com consciência, porém.

Só o dominaremos efetivamente esse bem se afastarmos as brumas do preconceito e a névoa do falso conhecimento. Enfrentando o desafio de frente, com vontade, determinação e lucidez. Atentos às ameaças, mas sem criar fantasmas ao meio-dia, que nos transformarão em Quixotes, sem a garantia de que teremos um Cervantes para nos garantir a imortalidade. Pode-se fazer muita besteira com a melhor das intenções.

A denúncia reproduzida pela imprensa dizia que cada navio que singra pela Amazônia tem se abastecido com 250 milhões de litros de água. A captação estaria sendo feita por petroleiros na foz do Amazonas, que tem amplitude de 300 quilômetros, difícil de fiscalizar, ou já dentro do curso de água doce. Mesmo sendo levada em estado bruto, com grande volume de partículas minerais em suspensão, além de impurezas, essa água poderia ser facilmente tratada por empresas engarrafadoras nela interessadas, tanto da Europa como do Oriente Médio.

O custo por litro tratado seria muito inferior ao custo dos processos de dessalinização de águas subterrâneas ou oceânicas. Além disso, as empresas que recebem água amazônica contrabandeada não teriam que pagar as altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus.

O exercício de simulação é interessante e devia ser aprofundado, mas é pouco provável que esse tipo de contrabando já esteja sendo praticado. Os 250 milhões de litros significam 250 mil metros cúbicos, que representam aproximadamente 250 mil toneladas. Não são tão numerosos assim os navios desse porte, nem deverão sê-lo em futuro imediato, ainda mais com o encarecimento das fontes tradicionais de energia, sobretudo o petróleo.

Os grandes petroleiros têm essa tonelagem, ou mais. Podem, no entanto, simplesmente trocar óleo por água? Sem considerar problemas de logística e de custos (deixar petróleo no Brasil, deslocando-se de onde estão as refinarias para a costa da Amazônia, e levando água como carga de retorno aos países petrolíferos), há ainda as circunstâncias envolvidas numa operação de lavagem dos tanques, coleta e transporte da água, em volume considerável, e sua comercialização. Talvez uma operação casada, considerando a quantidade de sedimentos transportados pelo Amazonas, acabasse se mostrando não só deficitária, mas infrutífera.

O que não significa que, no futuro, esse comércio não venha a se estabelecer, aproveitando-se da dilapidação dos recursos naturais da Terra e da inconsciência dos detentores de patrimônios que se tornarão cada vez mais estratégicos, como água e floresta. A denúncia de que o contrabando de água já existe, mesmo que inconsistente agora, pode se tornar profética no futuro. Isso provavelmente acontecerá se continuarmos dormindo em berço esplêndido ou levando sustos pelo aparecimento de fantasmas ao meio-dia. Impacto imediato devia ser causado pela constatação de que dos 103 comitês de bacias instalados no Brasil, nenhum se localiza na maior bacia hidrográfica do país e do mundo

www.adital.com.br

ÁGUA DE CHUVA DIMINUI A ESCASSEZ HÍDRICA

O reaproveitamento da água da chuva, além de ajudar você a economizar em dinheiro e em água potável, contribui para diminuir a escassez hídrica que afeta algumas regiões. Nestes locais, o abastecimento de água é feito através de caminhões-pipas. A arquiteta Maria Regina Felipe dá algumas dicas preciosas como reaproveitar a água da chuva em casas ou prédios.

O armazenamento pode ocorrer em cisternas ou em tanques subterrâneos. A arquiteta explica que a água que cai sobre a cobertura das residências pode ser bem utilizada, mas que para isso a casa precisa de calhas para encaminhar a chuva. “A calha direciona a água até tubos de queda ligados diretamente a uma cisterna ou encanadas até elas, porém, antes de chegar a essas cisternas, há necessidade de filtros para que, o material que possa vir junto com a água, como folhas de árvores, sujeiras e sementes não entrem na cisterna junto com a água”, alerta.

Os edifícios também podem ter locais para se reaproveitar a água da chuva, mas Maria Regina faz uma observação importante: “em prédios, temos que projetar um reservatório inferior para aprovação junto às prefeituras e, deveria também, por lei, ser projetada uma cisterna para aproveitamento da água da chuva. Em residências, o local da cisterna pode ser embaixo de uma varanda, de uma garagem ou ate mesmo na cobertura, quando o espaço permite”, diz.

Conforme a norma ABNT 15527:2007, a água de chuva só deve ser usada em ambientes urbanos para fins não-potáveis, ou seja, não deve ser usada para beber, tomar banho, fazer lavagem e cozimento de alimentos.

Onde posso usar esta água?
· Em vasos sanitários;
· Quando você for regar o jardim e a horta;
· Na lavagem de carros e de pátios;
· Em condomínios onde há espaço para lazer;
· Para lavar vidros e coisas dentro de casa;
· Para lavar roupas;

A arquiteta explica que na cisterna, além do filtro antes da entrada, precisa ter dentro dela um motor, que vai impulsionar água até um reservatório superior. E ela finaliza: “Isso deve ser feito quando a cisterna estiver no térreo, ou até uma torneira de jardim, por exemplo. E no reservatório superior há a necessidade de uma bóia elétrica o que vai avisar a cisterna de que o seu nível esta baixo, acionando assim a bomba d'água, para que ela envie água até lá. Esse reservatório superior pode ser muito útil se você for usar a água para vasos sanitários, mas se for só para lavagem e regar o jardim, a bomba é acionada somente quando você ligar a torneira e o disjuntor que ativa a bomba. Em casos de estiagem, o sistema tem que prever a entrada de água neste reservatório, para que o sistema funcione sem problemas”, diz.

Alguns benefícios do uso da água da chuva:
- Contribui para reduzir as enchentes;
- É uma forma de educação ambiental para as crianças.

- Aproveitar um recurso disponível, que não tem custo nenhum e que economiza na conta da água;

Site Casa e Jardim

LOUIS VUITTON PRODUZ MEL

Que a Louis Vuitton é uma das mais importantes marcas de luxo do mundo, todos já sabem. Mas o que é de conhecimento de poucos é que a maison francesa, cujos acessórios estão entre os mais cobiçados, também produz… mel! Tudo começou em abril de 2009, quando um funcionário que trabalha na loja principal da LV em Paris, na Champs-Élysées, instalou três colmeias de abelhas no terraço do estabelecimento.

* Desde então, as colmeias já atraíram mais de 200 mil abelhas, que produziram mel suficiente para que os diretores da LV optassem por criar uma marca especial da iguaria, batizada de La Belle Jardinière. O mel by Louis Vuitton está disponível em embalagens elegantes de 75 gramas, mas, pelo menos por enquanto, só é vendido para os clientes muito especiais da maison.

glamurama.uol.com.br

MUSEU GRAND PALAIS INSTALA COLMEIA NO TELHADO PARA PRODUZIR MEL

O apicultor Nicolas Guéant no telhado do Grand Palais
Museu pretende vender mel com sua marca

  O prestigioso Museu do Grand Palais, em Paris, instalou no telhado do prédio, próximo à Champs-Elysées, uma colmeia com 60 mil abelhas e irá produzir mel com a marca "Grand Palais" já a partir de julho. Segundo a direção do monumento, a iniciativa tem o objetivo de "contribuir para a defesa da biodiversidade".

Uma segunda colmeia ocupará no início de junho o telhado do prédio, famoso por sua enorme cúpula de ferro, aço e vidro, e mais três outras serão instaladas no início de 2010.

Cada colmeia, instalada na parte plana do telhado, representa uma produção de 50 quilos de mel por ano. O mel será vendido na loja e no restaurante do Grand Palais a partir de setembro.

Segundo a direção do museu, as abelhas vão recolher o pólen em um raio de três quilômetros em volta do Grand Palais. O museu está rodeado por inúmeros parques e jardins, como o de Tuilleries e do Palácio do Eliseu, sede da presidência.

A primeira coleta do mel "Grand Palais" será transmitida por vídeo no site do museu.  Como no local também funciona o Palais de la Découverte, que realiza exposições pedagógicas, o museu prevê ainda organizar atividades para o público, como instalar uma webcam para mostrar o trabalho da colmeia.

"É a nossa pequena contribuição para a biodiversidade", afirma Yves Sint-Geours, presidente do Grand Palais. O apicultor Nicolas Guéant, que instalou a colmeia no telhado do museu parisiense, diz que "as abelhas vivem melhor nas cidades do que no campo, onde há poluição causada por pesticidas".

Segundo Guéant, "a poluição da cidade não é nada se comparada à dos pesticidas". Ele afirma que uma colmeia na cidade pode produzir 50 quilos de mel por ano, enquanto que no campo a produção é de apenas 10 a 15 quilos.

O apicultor, que teve a ideia da iniciativa, diz que estava procurando um "lugar mítico" em Paris para instalar a colmeia.

O Grand Palais, construído em 1897 para a Exposição Universal de 1900, organiza importantes exposições de arte em Paris.

De Paris para a BBC Brasil

TELHADOS DE PARIS VIRAM FABRICAS DE MEL

PARIS - As abelhas sempre preferiram o campo à cidade. Há alguns anos, porém, ocorre uma revolução cultural na espécie. As abelhas do século 21 deixaram as florestas para se instalar nos tetos de Paris. Aplicaram os conselhos de um humorista francês, Alphonse Allais, do início do século passado, para melhorar as condições de vida: "construir cidades no campo".

As abelhas seguiram Allais, mas ao contrário. Instalaram o campo na cidade.

Essa revolução foi favorecida pelos inseticidas. Especialmente dois tipos, que não matam as abelhas. Ou melhor, se as matam, é com requintes de crueldade. Eles desorganizam os neurônios das abelhas e confundem seu senso de orientação - mais ou menos como se retirássemos as bússolas dos navios.

Resultado: a abelha deixa sua colméia, tranqüila, confiante. Vai fazer suas coisas, mas em seguida, não consegue encontrar o caminho de volta. E morre lentamente.

Quem vive na cidade não conhece esses problemas. E assim as colméias se multiplicaram em Paris. Podem ser encontradas nos lugares mais inesperados, dos telhados da prefeitura aos subúrbios. Mais curioso: um funcionário aposentado do Opéra, em pleno coração da capital, conseguiu o direito de colocar suas colméias no teto do teatro. E foi um sucesso. Suas bravas abelhas trabalharam como loucas, o ano todo.

Sem agressão - Não só todas as abelhas de Paris são mais trabalhadoras do que as dos campos - produzem cinco vezes mais mel do que as campestres -, mas o mel da capital francesa é mais gostoso e puro do que o das florestas, da Bretanha e dos Alpes.

Como explicar? Há muito tempo se sabe: o campo é mais poluído que a cidade.  Nitratos, inseticidas, fertilizantes e vários tipos de veneno infectam os campos. É verdade que o ar de Paris é poluído pelos resíduos de essências das indústrias, mas as abelhas urbanas não vivem nas ruas. Elas prosperam nos tetos, em grandes alturas, aonde não chega o dióxido de carbono.

Da mesma forma, sua dieta é mais saudável. Em vez de borboletear sobre flores empesteadas, percorrem os jardins públicos, onde os jardineiros não utilizam inseticidas.

A produção de mel das cidades é tão abundante que já está sendo vendida.

Pode-se comprar mel Béton do Subúrbio, mel Opéra Garnier ou mel Opéra da Bastilha. Será possível transpor o exemplo das abelhas a outros produtos do campo?

Gilles Lapouge Correspondente
OESP, p. C8

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PRIMEIRA USINA DE BIODIESEL DE ALGAS MARINHAS SERÁ INSTALADA NO BRASIL



Uma usina de biocombustível à base de algas marinhas será construída no Brasil no final de 2013, o projeto de maior escala já feito no mundo e utilizará as emissões de carbono no processo de produção, informou à AFP o chefe do projeto.

A primeira "fazenda de algas" será instalada em Pernambuco (nordeste) em uma plantação de cana-de-açúcar que produz etanol.

Para que a usina de algas funcione, e produza anualmente 1,2 milhões de litros de biodiesel de algas, já testado em motores em laboratórios dos Estados Unidos e da Europa, além dos 2,2 milhões de etanol, é necessário CO2, que será retirado das chaminés da indústria que processa a cana-de-açúcar, reduzindo as emissões do gás para o meio ambiente.

"O CO2 acelera o processo de fotossíntese das algas, que têm um forte componente oleoso que produz e gera o combustível", explicou à AFP Rafael Bianchini, diretor da subsidiária brasileira da empresa austríaca SAT, que desenvolveu o projeto.

Bianchini indicou que o objetivo é "transformar o CO2 das indústrias de um passivo para um ativo", aproveitando a grande emissão de carbono desperdiçado na produção de etanol de cana.

"Para cada litro de etanol produzido, é liberado um quilo de CO2 para o ambiente. Vamos aproveitar este CO2 por meio de um mecanismo para alimentar a nossa fazenda", acrescentou. Na primeira etapa do projeto, serão usados 5% das emissões da usina de cana, mas "há previsão de crescimento".

A fazenda de algas será inaugurada no final de 2013 e custará 9,8 milhões de dólares.

"Nossa missão é tentar trabalhar e chegar a zero de carbono (capturar até 100% do CO2)", disse ao jornal O Globo Carlos Beltrão, presidente do grupo JB, que comprou a primeira usina de algas.

Bianchini afirmou que o combustível de algas aguarda a autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Produz biodiesel a partir da cana-de-açúcar e da soja e, em menor medida, do milho, da palma, da gordura animal e até mesmo de sementes de linhaça.

AFP

BUSCA DA CHINA POR MADEIRA PODE ESGOTAR FLORESTAS TROPICAIS NO MUNDO

A China é o primeiro importador, exportador e onsumidor de madeira do mundo e também o maior responsável pelo esgotamento das florestas tropicais, denunciou uma ONG britânica em um relatório publicado nesta quinta-feira (29), em Pequim.   Segundo a Agência de Pesquisa Ambiental (EIA, na sigla em inglês), com sede em Londres, enquanto na década passada Estados Unidos e União Europeia tomaram medidas contra o desmatamento ilegal, a China tem comprado um volume crescente de madeira de origem duvidosa.   Fazendo-se passar por compradores de cortiça e filmando com câmera oculta, os cientistas sondaram o mercado do corte ilegal. Assim, demonstraram como as poderosas estatais chinesas dispõem de filiais implantadas em países como Moçambique e Mianmar, onde corrompem autoridades do mais alto nível.   "Entre 80% e 90% das árvores cortadas em Moçambique acabam na China", explicou Julian Newman, encarregado da EIA. Segundo ele, desse volume, 44% são importados por empresas públicas chinesas.   A ONG destaca que a demanda interna é o principal fator de alta das importações de madeira, que triplicaram desde o ano 2000.   Os chineses apreciam, especialmente, as madeiras tropicais raras, como a da roseira, com a qual fazem reproduções de móveis luxuosos, que estão na moda. Além disso, em 2011 compraram 30% da cortiça à venda em todo o mundo.

Interrogado nesta quinta-feira (29) sobre as conclusões do informe, Hong Lei, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, declarou: "A posição da China é muito clara: Nós nos opomos ao desmatamento ilegal e ao comércio ilegal de madeira".

Corte ilegal na África
As zonas de corte ilegal, enquanto isso, estão se deslocando para regiões do planeta mais flexíveis à prática.

A Indonésia, com as florestas tropicais mais importantes do planeta depois do Brasil e da bacia do Congo, foi durante muito tempo o "mau aluno", sacrificando suas matas para responder ao apetite insaciável da China, a segunda economia mundial atualmente. Mas desde 2005, Jacarta decidiu endurecer sua legislação.

Por isso, as empresas chinesas têm buscado o material em outros países, sobretudo nos africanos, como Madagascar, Serra Leoa, Tanzânia, Gabão, Guiné Equatorial, República Democrática do Congo.

No total, mais da metade das importações chinesas vêm de países com má fama quanto ao corte ilegal. A EIA aponta como exemplos mais flagrantes Mianmar, Papua Nova Guiné e Moçambique.

Ao mesmo tempo, a China continua sendo uma grande área de lavagem do dinheiro obtido com a madeira ilegal, graças a um setor em plena ascensão. As exportações de produtos madeireiros chineses aumentaram sete vezes em dez anos, dominadas por ordem decrescente por móveis, papel e tábuas.

"A China exporta desmatamento", resume taxativa a EIA. "Os especialistas coincidem em que todos os avanços feitos com as leis adotadas na União Europeia, Estados Unidos ou Austrália não servirão de nada se a China não fizer o mesmo", insistiu Jago Wadley, pesquisador da ONG britânica.

AFP

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PERCEPÇÃO DA LUZ PELO CÉREBRO PODE GERAR ECONOMIA DE ENERGIA

Cientistas que estudam detalhes da visão humana fizeram uma descoberta revolucionária que vai permitir a otimização das lâmpadas e outras fontes de luz.

Ajustando as fontes de iluminação para que operem de forma mais eficiente em conjunto com o cérebro humano, os pesquisadores acreditam ser possível economizar bilhões de reais em gastos com eletricidade.

A descoberta diz respeito à forma como os seres humanos percebem modulações temporais da luz.

Por exemplo, a maioria dos dispositivos emissores de luz, tais como lâmpadas, monitores de vídeo e televisores, não emite uma luz contínua, mas uma luz que pisca em alta velocidade.

Quais mais rápido for este tremeluzir, menor é a capacidade do olho humano em percebê-lo, o que é mais confortável.

Percepção visual
Estudando como este fenômeno atua no cérebro, os pesquisadores descobriram que existe uma faixa de cintilação dinâmica da luz que otimiza a percepção do brilho pelo sistema visual humano sem que seja necessário aumentar a potência da luz.

Assim, é possível fabricar lâmpadas com o mesmo brilho, mas que consumam menos energia, ou aumentar o brilho sem aumentar o consumo de energia.

"Nós descobrimos uma 'janela' temporal na percepção visual que pode ser explorada para obter economias significativas projetando dispositivos emissores de luz que pisquem com a dinâmica ideal para ativar os neurônios do sistema visual no cérebro humano," disse Stephen Macknik, do Instituto Neurológico Barrow (EUA), orientador do estudo.

Teorias sobre a percepção visual
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores testaram na prática duas teorias contraditórias sobre a percepção visual temporal - o quão brilhante uma luz parece ser aos nossos olhos.

A chamada Lei de Bloch propõe que a percepção do contraste de um estímulo visual aumenta com sua duração, mas eventualmente se estabiliza em torno dos 100 milissegundos. Por exemplo, um flash de 5 milissegundos parecerá ter metade do brilho de um flash de 10 milissegundos, mas um flash de 200 milissegundos será tão brilhante quanto um de 400 milissegundos.

O Efeito Broca-Sulzer, por outro lado, propõe que a percepção do contraste aumenta inicialmente com a duração do flash, atinge um pico e então cai novamente.

Os pesquisadores descobriram que a discrepância entre a Lei de Bloch e o Efeito Broca-Sulzer é causada por uma influência intrínseca - um desvio - apresentado pelos participantes da experiência, o que leva a dados com um viés que altera as conclusões.

Pico de percepção
Ao melhorar o projeto do experimento, de forma a superar esse viés, os resultados demonstraram que a visão temporal de fato segue o Efeito Broca-Sulzer.

"Os pesquisadores têm estudado a visão temporal há mais de 125 anos, mas como a nossa é a primeira experiência desse tipo que estabeleceu um controle de todas as formas conhecidas de critérios, ela é a primeira a medir com precisão o papel da dinâmica temporal na percepção de brilho," diz Dr. Macknik.

"Assim, podemos começar já a fazer economia de energia, pois podemos ajustar a nossa iluminação que que pisque de forma a aproveitar esse pico de percepção."

Site Diario da Saúde

MORGAN FREEMAN SOBRE O MÊS DA HISTÓRIA NEGRA


"O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana, o racismo desaparece."

Morgan Freeman

ESTUDANTES SE ENCONTRAM NA INTERNET PARA TAREFA ESCOLAR

 Bruna Fernandes em sua casa e a amiga Luísa Diani
(na tela), em Ribeirão Preto 

O engenheiro-agrônomo Luis Antonio Schmidt, 48, já perdeu quase uma hora no trânsito paulistano entre sua casa, nos Jardins, até a Lapa para levar a filha Ingrid, 16, à residência de um amigo para um trabalho de escola.

Uma tarefa típica de pai, pensava ele, até ver Ingrid usar o computador não só para bater papo com as amigas. Por meio de chats do Facebook ou vídeo do Skype, hoje elas fazem trabalho escolar em grupo e até estudam juntas para provas --cada uma no conforto de sua casa.

"Eu já usava o Skype para me comunicar, mas jamais pensei que ele pudesse propiciar que os alunos fizessem reunião de grupo", diz o engenheiro. "Achei muita inteligência e esperteza."

Assim como no caso de Ingrid, outras escolas particulares da capital e do interior do país identificaram um novo comportamento dos alunos com a internet.

Os estudantes --principalmente adolescentes acima de 15 anos-- marcam horário para se encontrar virtualmente em grupos do Facebook, Skype e de outros comunicadores para debater trabalhos e tirar dúvidas para provas.

Essa videoconferência caseira para atividades escolares é rotineira entre estudantes de pelo menos 11 colégios particulares na capital consultados pela Folha e outros três no interior do país.

A distância entre os bairros, o trânsito, sobretudo na capital, e a agenda atribulada dos pais que trabalham fora estão entre os motivos apontados por famílias e diretores de escola para o fenômeno. Em alguns casos, segundo as escolas, a interação não fica só entre os alunos.

Há situações, como em vésperas de prova, que eles convidam o professor para participar de um grupo fechado no Facebook para tirar dúvidas da disciplina.

Ingrid e a amiga Juliana Gigliotti, 16, estudam no colégio São Luís, da capital, e têm uma rotina de quatro a cinco trabalhos de escola por mês. Desses, já realizam a maioria se "encontrando" na internet.

Mesmo em cidades do interior paulista, com trânsito menos caótico, o trabalho escolar também vem sendo mediado pelo mundo virtual.

Se tivesse de ir à casa de Luísa Diani, 16, sua amiga no colégio Faap de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Bruna Sousa Fernandes, 16, gastaria de carro no máximo 15 minutos.

Ainda assim, elas optam por fazer alguns trabalhos de grupo a distância, com intermédio do Facebook. Mãe de Luísa, a médica Marta Helena Saraiva Diani apoia o encontro virtual, mas com ressalvas. "O recurso tecnológico sozinho fica muito frio."

Jiliana Coissi