Análises estatísticas mostram que o mundo terá um futuro mais pacífico.
Em cerca de 40 anos, apenas metade dos países envolvidos em conflito hoje continuarão em guerra.
Em 1992, quase um quarto de todos os países estava envolvido em um conflito armado.
Em 2009, essa proporção havia caído para um país em cada seis.
Em 2050, apenas um país em cada 12 estará envolvido em um conflito armado.
Simulações da paz
Estas são as conclusões obtidas por meio de simulações de conflitos obtidas pelo Professor Havard Hegre, da Universidade de Oslo, Noruega.
O estudo foi realizado em cooperação com o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo (PRIO).
"O número de conflitos está caindo. Esperamos que essa queda continue. Nós prevemos uma queda constante no número de conflitos nos próximos 40 anos. Conflitos que envolvem um alto grau de violência, como na Síria, estão se tornando cada vez mais raros," diz Hegre.
Nos próximos 5 anos o risco de conflito será o maior na Índia, Etiópia, Filipinas, Uganda e Burma. Em 40 anos o risco será maior na Índia, Nigéria, Sudão, Etiópia e Tanzânia.
Os países nos quais o risco de conflito cairá mais afundar nos próximos 40 anos são Argélia, Colômbia, Turquia e Tailândia. O nível de conflito vai aumentar em países como Tanzânia, Moçambique, Malawi e China.
As simulações também mostram que os conflitos em curso em 2011 provavelmente terão terminado nos próximos 5 anos. É o caso dos conflitos na Líbia, Tajiquistão, Síria, Senegal, Costa do Marfim, Mauritânia e Iraque.
Além da diminuição no número de conflitos armados, caiu também o número vitimas em guerras desde a Segunda Guerra Mundial.
Esta tendência vai continuar.
"A guerra se tornou menos aceitável, assim como o duelo, a tortura e a pena capital," diz o pesquisador.
O estudo mostra que a combinação de melhor educação, porcentagem menor de jovens e menor crescimento populacional são algumas das razões pelas quais o mundo pode esperar um futuro mais pacífico.
"As mudanças econômicas na sociedade resultaram em um aumento na importância da educação e do capital humano. Uma economia complexa torna a violência política menos atraente.
"A sociedade moderna é dependente do desenvolvimento econômico. É muito caro usar a violência para destruir esta rede. Também se tornou mais difícil tomar capital financeiro pela força. Hoje é fácil movimentar o capital através das fronteiras nacionais. Portanto, um líder cínico será menos propenso a escolher a violência como estratégia," disse o pesquisador.
Site Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário