Isto significa que o óleo pode ser recuperado, dispensando a necessidade de deposição do material recolhido em aterros ou em outros depósitos, o que acaba apenas transferindo a contaminação de lugar.
Os testes em laboratório mostraram que basta espremer a esponja para liberar o óleo absorvido, e ela está pronta para ser reutilizada.
A esponja, criada por pesquisadores da Universidade Case Western, nos Estados Unidos, é uma espécie de aerogel, o material mais leve que existe.
O material é adequado para recuperar não apenas derramamentos de petróleo cru, mas também de todos os tipos de óleos e solventes, que frequentemente vazam nos pisos das fábricas, em rodovias, rios e mares.
Segundo David Schiraldi, que coordenou a pesquisa, o aerogel foi feito com uma mistura de argila, um polímero e água, tudo batido em um liquidificador.
A seguir, a mistura é seca por um processo chamado liofilização, no qual o ar preenche os espaços deixados pela perda de água. O material resultante é super leve, composto por cerca de 96 por cento de ar, 2 por cento de polímero e 2 por cento de argila.
Na verdade, a forma absorvedora de óleo é apenas uma dentre uma série de funções dos aerogéis criados pelos cientistas - alterando os polímeros, eles já produziram materiais com diferentes propriedades.
"Este em particular é oleofílico, ou seja, ele gosta de óleo," explica Schiraldi. "Quimicamente, ele odeia água e ama o óleo, uma combinação perfeita".
O aerogel pode ser fabricado na forma granulada, em folhas ou em blocos de praticamente qualquer formato, e funciona em água doce e salgada ou sobre superfícies sólidas.
Como a absorção é um fenômeno físico, não há reação química entre o material e o óleo. Se o óleo não estiver contaminado, ele pode ser usado como o seria antes de se derramar, o que é uma vantagem frente aos produtos atualmente disponíveis.
Com a ajuda da universidade, Schiraldi criou uma empresa para comercializar a esponja absorvedora de petróleo.
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