Pesquisadores
dos EUA criaram “vacina” para prevenir queimadas
Pesquisadores
dos Estados Unidos desenvolveram um gel que funciona como se fosse uma “vacina”
para prevenir incêndios florestais. A composição da invenção tem como base o
polímero celulose, material derivado de plantas que gruda na vegetação mesmo na
chuva ou vento.
Para
combater as queimadas, é costume usar retardantes de chamas, como o polifosfato
de amônio, um sal inorgânico que produz água quando entra em combustão. Porém,
o uso do sal não é eficaz a longo prazo, visto que em algum momento toda a água
presente na substância evapora.
Com
a nova invenção, os cientistas podem ter resolvido esse problema – misturando o
polifosfato de amônio com o gel, eles conseguiram fazer com que 50% do
retardante de chamas grudasse na vegetação por mais tempo. “O que é acontece é
que os polímeros se ligam entre as partículas. Me refiro [ao gel] como se fosse
um velcro molecular”, explicou Eric Appel, um dos pesquisadores, em comunicado.
Appel
já desenvolvia diferentes tipos de gel para combater doenças como o HIV, mas
essa foi a primeira vez que criou algo para aplicar no meio ambiente. Segundo
ele, assim como ocorre com medicamentos, o gel deve ser seguro e não-tóxico.
Foram
feitos testes iniciais com bactérias, que mostraram aos pesquisadores que a invenção
não apresenta alta toxidade. Outros experimentos ainda devem ser feitos para
garantir que o uso da “vacina” é seguro até que ela possa ser jogada em
florestas a partir de máquinas e aeronaves.
Além
de servir para evitar as queimadas, a substância pode ajudar a interromper as
chamas no momento exato dos incêndios. Testes supervisionados pelo Departamento
Florestal e de Proteção de Incêndios da Califórnia (CalFire) mostraram que a
grama tratada com o gel não pegava fogo.
Revista
Galileu
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