Sempre que ocorre um acidente nuclear de grande
porte, como o que se seguiu ao tsunami no noroeste do Japão no mês passado, a
ciência revê seus métodos de como consertas estragos e limpar locais
contaminados da radiação. Há algumas maneiras mais eficazes para isso, outras
menos, mas pesquisadores da Universidade do Noroeste do Japão parecem ter
encontrado um novo e revolucionário meio: as algas.
Usar algas para fins científicos avançados já é um procedimento
corrente na ciência. Mas esta novidade surgiu quando um dos cientistas da
universidade descobriu que existe uma alga, chamada de Closterium
moniliferum, que é capaz de capturar átomos de Estrôncio das
superfícies. Com isso, poderia servir para remover um dos elementos radioativos
presentes em acidentes nucleares, o Estrôncio-90.
O perigo do Estrôncio é sua semelhança química
com o cálcio. Em um local contaminado, pode perfeitamente penetrar em ossos, no
leite e no sangue das pessoas ou de animais consumidos por nós. Em áreas amplas
onde o risco de contaminação é alto, isso se transforma em uma bola de neve. E
a função da Closterium moniliferum é justamente
capturar esse Estrôncio.
A alga em questão, na verdade, está atrás de Bário, outro
elemento, mas também acaba retendo Estrôncio no processo. Por isso, os
cientistas consideram que se coloque Bário junto com as algas, em locais
contaminados, para acelerar o processo. Com isso, calculam os cientistas,
pode-se limpar grandes áreas de conteúdo radioativo em questão de minutos. É
uma segura economia de tempo e dinheiro para países que sofrem acidentes
nucleares.
Hyéscience
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