A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) não investe apenas em laboratórios científicos.
Um projeto bancado pela instituição está ajudando a diminuir a poluição causada pelas garrafas plásticas descartadas de forma inadequada no meio ambiente, além de gerar renda para mulheres moradoras de uma favela de Campos dos Goytacazes, município do norte fluminense.
O projeto foi idealizado pelo pesquisador Romeu e Silva Neto, do instituto ISECENSA (Instituto Superior de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora).
A iniciativa da Fábrica-Escola de Vassouras Ecológicas consiste em utilizar garrafas plásticas do tipo PET para a produção de vassouras.
Segundo Romeu, o processo de fabricação é extremamente simples.
Após a coleta das PETs descartadas na comunidade, no próprio instituto e em condomínios dos arredores, os rótulos são retirados.
Um equipamento prende e corta o fundo e o bico das garrafas. No passo seguinte, o plástico é desfiado em um outro suporte e os fios são enrolados.
"Como este material tem pouca rigidez, ao contrário da piaçava usada nas vassouras convencionais, precisamos aquecer esses rolos num forno a temperaturas de 180º para que adquiram consistência semelhante", explica.
Após esta etapa, o produto é submetido a um choque térmico para resfriamento. A seguir, as cerdas são separadas em tufos, que são presos com grampos na base de madeira da vassoura.
"Depois é só dar um corte nas cerdas para que fiquem todas do mesmo tamanho, fixar o cabo na base, colocar a etiqueta do produto e a vassoura está pronta para ser vendida", completa.
Silva Neto conta que a ideia surgiu da necessidade de aliar vivência prática para os alunos com a geração de renda para moradores de uma favela próxima ao Instituto, a Vila Tamarindo.
"Os alunos [do curso de Engenharia de Produção] elaboraram um plano de negócios para o novo produto. Assim, resolvemos comprar os equipamentos necessários para produzir as vassouras," recorda.
Atualmente, moradoras da favela - todas mulheres, chefes de família - têm trabalhado em períodos de quatro horas e produzido cerca de 300 vassouras por mês.
Com o sucesso do empreendimento, a ideia agora é instalar a fábrica de vassouras ecológicas na própria favela. Para isso, arquitetos ligados ao ISECENSA estão reformando uma casa na comunidade, que servirá para receber o equipamento.
"A obra e a transferência das máquinas deverão ser concluídas ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, as moradoras poderão se apoderar mais de sua própria produção e adequá-la às necessidades locais", conclui Romeu.
Faperj
Um projeto bancado pela instituição está ajudando a diminuir a poluição causada pelas garrafas plásticas descartadas de forma inadequada no meio ambiente, além de gerar renda para mulheres moradoras de uma favela de Campos dos Goytacazes, município do norte fluminense.
O projeto foi idealizado pelo pesquisador Romeu e Silva Neto, do instituto ISECENSA (Instituto Superior de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora).
A iniciativa da Fábrica-Escola de Vassouras Ecológicas consiste em utilizar garrafas plásticas do tipo PET para a produção de vassouras.
Segundo Romeu, o processo de fabricação é extremamente simples.
Após a coleta das PETs descartadas na comunidade, no próprio instituto e em condomínios dos arredores, os rótulos são retirados.
Um equipamento prende e corta o fundo e o bico das garrafas. No passo seguinte, o plástico é desfiado em um outro suporte e os fios são enrolados.
"Como este material tem pouca rigidez, ao contrário da piaçava usada nas vassouras convencionais, precisamos aquecer esses rolos num forno a temperaturas de 180º para que adquiram consistência semelhante", explica.
Após esta etapa, o produto é submetido a um choque térmico para resfriamento. A seguir, as cerdas são separadas em tufos, que são presos com grampos na base de madeira da vassoura.
"Depois é só dar um corte nas cerdas para que fiquem todas do mesmo tamanho, fixar o cabo na base, colocar a etiqueta do produto e a vassoura está pronta para ser vendida", completa.
Silva Neto conta que a ideia surgiu da necessidade de aliar vivência prática para os alunos com a geração de renda para moradores de uma favela próxima ao Instituto, a Vila Tamarindo.
"Os alunos [do curso de Engenharia de Produção] elaboraram um plano de negócios para o novo produto. Assim, resolvemos comprar os equipamentos necessários para produzir as vassouras," recorda.
Atualmente, moradoras da favela - todas mulheres, chefes de família - têm trabalhado em períodos de quatro horas e produzido cerca de 300 vassouras por mês.
Com o sucesso do empreendimento, a ideia agora é instalar a fábrica de vassouras ecológicas na própria favela. Para isso, arquitetos ligados ao ISECENSA estão reformando uma casa na comunidade, que servirá para receber o equipamento.
"A obra e a transferência das máquinas deverão ser concluídas ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, as moradoras poderão se apoderar mais de sua própria produção e adequá-la às necessidades locais", conclui Romeu.
Faperj
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