segunda-feira, 11 de julho de 2016

NEUTRALIDADE POLÍTICA IDEOLÓGICA E RELIGIOSA DA EDUCAÇÃO NA ESCOLA

Projeto acirra debate sobre neutralidade política na escola
 
Propostas em tramitação na Câmara e em sete estados pregam fim da 'doutrinação ideológica' nas salas de aula
 
Nas aulas do Colégio Pedro II, no Rio, o conteúdo extrapola equações e orações subordinadas. Nas salas e nos corredores, alunos e professores abordam, sem restrições, os rumos de política, feminismo, homofobia e outros temas que ganham destaque na agenda do país. Para educadores ouvidos pelo GLOBO, no entanto, esse debate, corriqueiro no Pedro II, pode se tornar inviável nas escolas brasileiras, se avançarem projetos de lei inspirados no movimento Escola Sem Partido.
 
Além de uma proposta na Câmara, cuja análise aguarda a indicação de integrantes para uma comissão especial, municípios de todas as regiões e ao menos sete estados, entre eles Rio e São Paulo, além do Distrito Federal, atualmente têm leis em tramitação que defendem a inclusão da “neutralidade política, ideológica e religiosa” na Educação, o que significa, para seus apoiadores, combater o que chamam de “doutrinação ideológica” por professores.
 
No Paraná e em Goiás, as propostas foram arquivadas. Em Alagoas, uma iniciativa similar, intitulada Escola Livre, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do estado. Alegando inconstitucionalidade, o governador Renan Filho (PMDB) chegou a barrar o projeto, mas teve seu veto derrubado, e agora tenta impedi-lo na Justiça.
 
Marlen Couto
10/07/2016 4:30 / Atualizado 10/07/2016 16:24
 

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