São esses minúsculos poros os responsáveis por reter o sal no processo de filtragem da água. "Para fazer os poros, incluímos uma classe de moléculas conhecida como "cavitandos" na matriz do polímero. Esses cavitandos são estruturas com uma cavidade central que permitem o trânsito de moléculas pequenas como a água. Na filtragem da água do mar, o sal fica retido nessas estruturas", explica o professor Gregóire Jean-François Demets, do Departamento de Química da FFCLRP.
Crianças buscam garrafas plásticas no rio
Bagmati, em Katmandu, no Nepal, nesta sexta-feira (22), Dia Mundial da Água. A
ONU alerta que quase metade da população global terá problemas de abastecimento
e falta de água potável até 2030.
Além da dessalinização, o material tem outras aplicações e pode atuar como separador para baterias, na purificação de gases ou como curativo para queimaduras. O professor Demets ressalta que, apesar de não terem sido realizados testes para o cuidado da pele queimada, sabe-se do potencial da membrana para esse uso. "Ela garante a troca gasosa no processo de regeneração, impede a entrada de bactérias e fungos e a perda de grandes quantidades de água, comum em pessoas com grandes queimaduras".
A membrana semipermeável também pode ser utilizada para a purificação do gases, como o natural. Na extração em poços de alta pressão, o gás natural é retirado junto com o gás carbônico e outras impurezas, e a membrana semipermeável é capaz de fazer essa filtragem. "Podemos separar o gás natural do gás carbônico, por exemplo. Isso ocorre porque eles têm permeabilidades diferentes pela membrana. É um jeito simples e com custo baixo de filtrar e enriquecer o gás natural", diz o pesquisador.
Algumas vantagens da membrana semipermeável apontadas por Demets são o baixo custo para a sua fabricação, o fato de serem laváveis e, portanto, recicláveis, resistentes a produtos químicos e flexíveis.
A tecnologia já teve o seu processo de patente realizado pela Agência USP de Inovação e está disponível para licenciamento ou parceria com a USP para desenvolvimento industrial e comercialização. A Agência USP de Inovação é o Núcleo de Inovação Tecnológica da USP responsável por gerir a política de inovação da universidade.
Hérika Dias
Da Agência USP
Da Agência USP
Muito bom texto, fiquei muito interessada pelo assunto.
ResponderExcluirPoderia me passar o contato com a USP para que eu possa falar sobre este assunto?
Com o núcleo de inovação.
Obrigada!
Agência USP de Inovação
ResponderExcluirAvenida Torres de Oliveira, 76 Jaguaré, São Paulo, SP (11) 3091-4495 - (11) 3091-4165
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