O Equador tenta nesta quarta-feira (28) transformar os países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) em seus aliados no projeto "Rota da Água", que pretende desenvolver o turismo em torno do rio Amazonas e seus afluentes.
Entre as atividades que a rota oferece estão percursos terrestres e fluviais, participação em rituais de cura e energização, esportes de aventura como "rafting" e caiaque, além de pesca esportiva e natação.
Também estão previstos circuitos científicos e de agroturismo, visitas às comunidades indígenas e observação de aves.
O gerente regional amazônico do Ministério de Turismo do Equador, Víctor Merino, apresenta o projeto a representantes da Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela que finalizam nesta quarta-feira no Equador uma reunião sobre linhas de ação para transformar a bacia amazônica em um novo destino geoturístico sustentável.
O Equador procura a cooperação de seus parceiros na OTCA para o desenvolvimento de destinos que combinem a valorização da natureza, o contato com culturas indígenas e esportes de aventura nos afluentes do Amazonas.
A OTCA coordena projetos-piloto sobre as potencialidades econômicas para a região amazônica que também reforcem a cooperação e integração.
Merino afirmou que a OTCA "está empenhada" em que os oito países desenvolvam circuitos em seus territórios que articulem as distintas regiões, da Amazônia ao Caribe e os Andes.
"São três ou quatro espaços que o Equador pode aproveitar para fazer parte desses circuitos", disse Merino, que destacou que no Equador existe a possibilidade de visitar "no mesmo dia" a região litorânea, a região andina e a amazônica --apesar da correria.
"São características geográficas que nos dão a possibilidade muito clara de encontrar um espaço de desenvolvimento econômico, sustentável e concordante para os habitantes e as nacionalidades da Amazônia", afirmou.
De acordo com o Ministério do Turismo do Equador, a Rota de Água, ou "Yaku Ñamby" em quichua, é o produto principal da amazônia equatoriana, que tem como elementos centrais a biodiversidade, as culturas ancestrais e a água, complementados com uma rica gastronomia.
Até agora, a rota possui 34 destinos de prioridade nas seis províncias amazônicas do Equador, que são a base para o planejamento das estratégias que se desenvolverão de 2012 a 2017.
Merino destacou que a proposta é "altamente consciente do espaço de conservação de recursos hídricos, cultura e natureza".
Sua meta é "fortificar o turismo sustentável na amazônia equatoriana, em harmonia com os povos e nacionalidades indígenas, para que se transforme em um setor inclusivo e dinamizador da economia e do desenvolvimento local e nacional", disse Merino.
Jornal Folha de São Paulo
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