Quase um terço das abelhas de colônias espalhadas pelos Estados Unidos morreu
durante o inverno 2012-2013, sem que tenha sido possível determinar uma razão
particular, revelou nesta terça-feira (7) um estudo realizado pelo Departamento
de Agricultura americano (USDA) e associações profissionais.
Segundo a agência de notícias France Presse, a população de abelhas diminuiu
31,1% no inverno passado, segundo resultados preliminares da pesquisa com mais
de 6.200 apicultores dos EUA feito pelo USDA, em colaboração com as associações
AIA (Inspetores Apícolas dos Estados Unidos) e Bee Informed Partnership.
A produção de todos os entrevistados representa 22,9% da produção total de
abelhas do país, que é de 2,62 milhões de colônias. A perda de abelhas nos
últimos meses nos Estados Unidos é 42% maior do que no inverno anterior, quando
21,9% delas pereceram.
As abelhas sofrem há seis anos taxas de mortalidade muito elevadas, de 30,5%
em média, sem que os especialistas entrem em acordo em atribuí-lo a um fator
único.
Segundo as autoridades americanas, várias razões incidem na mortalidade das
abelhas nos últimos anos, sem que nenhuma seja prevalente, como “parasitas,
doenças, fatores genéticos, uma má nutrição e a exposição aos pesticidas”. “Uma
perda de 15% das colônias é considerada ‘aceitável’, mas 70% (dos apicultores)
informaram perdas mais importantes”, destacou o estudo.
Pesticidas na Europa – Na última semana, uma decisão da
Comissão Europeia proibiu o comércio três inseticidas mortais para as abelhas na
União Europeia (UE) durante dois anos a partir de julho.
Durante a votação, 15 países, entre eles França e Alemanha, foram favoráveis
à proposta de proibição apresentada pela Comissão Europeia. Oito países, entre
eles Reino Unido, Itália e Hungria, votaram contra, e quatro, entre eles a
Irlanda, se abstiveram.
Concretamente, a Comissão Europeia suspenderá durante dois anos a utilização
de três neonicotinoides – clotianidina, imidacloprid e tiametoxam – presentes em
pesticidas fabricados para quatro tipos de cultivos: milho, colza, girassol e
algodão.
De acordo com pesquisa publicada em outubro passado na revista “Nature”, os
pesticidas neonicotinoides e piretroide estariam matando zangões e prejudicando
a habilidade deles para se alimentar. Assim, colônias vitais para a polinização
das plantas podem vir a não desempenhar as suas tarefas.
G1