Amado Planeta Terra! Gratidão eterna por permitir a minha permanência temporária em seu solo sagrado
domingo, 11 de março de 2018
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
POEIRA DO SAARA ATRAVESSA OCEANO E VIAJA ATÉ A AMAZÔNIA
Satélite da Nasa registra poeira do deserto do
Saara sendo levada pelo vento. Em média, 182 milhões de toneladas de pó deixam a
África a cada ano. Desse montante, cerca de 27 milhões de toneladas são
depositadas na bacia amazônica Nasa
O que conecta o deserto mais quente da Terra à sua
maior floresta tropical?
O deserto do Saara é uma faixa marrom quase
ininterrupta de areia e mato que cobre um terço do norte da África. A Amazônia é
uma massa verde densa de floresta úmida que cobre o nordeste da América do Sul.
Mas, depois de fortes ventos varrerem o Saara, uma nuvem de areia sobe no ar,
passa pelos continentes, e une o deserto e a selva.
Pela primeira vez, um satélite da Nasa calculou em
três dimensões a quantidade de poeira que faz esta viagem transatlântica. Os
cientistas não só mediram o volume de poeira, como também calcularam quanto
fósforo -- remanescente das areias saarianas -- é levado através do
oceano.
Um novo estudo, publicado em 24 de fevereiro na
revista "Geophysical Research Letters", forneceu a primeira estimativa deste
transporte de fósforo ao longo de vários anos, segundo Hongbin Yu, cientista
atmosférico da Universidade de Maryland, que trabalha no Goddard Space Flight
Center da Nasa em Greenbelt, em Maryland, EUA.
Esta viagem transcontinental de poeira é
importante por conta do que está no pó, disse Yu. Em especial, o pó da depressão
Bodélé, no Chade, onde havia um grande lago e, agora, minerais de rochas
compostas de microrganismos mortos são carregados com o fósforo. Este é um
nutriente essencial para as proteínas vegetais e para o crescimento das plantas,
essencial para a floresta amazônica florescer.
Os nutrientes -- os mesmos encontrados em
fertilizantes comerciais -- estão em falta em solos da Amazônia. Entretanto,
eles estão presos nas próprias plantas. Quando caem, a decomposição das folhas e
matéria orgânica fornece a maioria dos nutrientes ao solo, que são rapidamente
absorvidos pelas outras plantas e árvores. Mas, alguns nutrientes, incluindo o
fósforo, são lavados pela chuva em córregos e rios.
Estima-se que 22 mil toneladas do fósforo da areia
do Saara atinja o solo amazônico por ano. É quase o mesmo montante perdido na
chuva e inundações, disse Yu. A descoberta é parte de uma pesquisa maior para
compreender o papel da poeira e aerossóis no meio ambiente, no clima local e
global.
"Sabemos que a poeira é muito importante em muitos
aspectos. É um componente essencial do sistema da Terra. A poeira vai afetar o
clima e, ao mesmo tempo, as mudanças climáticas afetarão a poeira", disse
Yu.
Para entender o que são estes efeitos é necessário
responder a duas questões básicas. Quanta poeira é transportada? E qual é a
relação entre a quantidade de transporte de poeira e os indicadores do
clima?
Os dados coletados pelo satélite da Nasa, de 2007
até 2013,mostram que vento e o clima transportam, em média, 182 milhões de
toneladas de pó a cada ano e o levam além da fronteira ocidental do Saara. Este
volume é equivalente a 689.290 caminhões cheias de areia. A poeira, em seguida,
viaja 2.574 km através do oceano Atlântico. Perto da costa leste da América do
Sul, 132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7 milhões de toneladas -- o
suficiente para encher 104.908 caminhões -- caem na superfície sobre a bacia
amazônica. Cerca de 43 milhões de toneladas de poeira vão parar sobre o mar do
Caribe.
Olhando os dados de cada ano, a quantidade de
poeira se mostra variável. Houve uma mudança de 86% entre a maior quantidade de
poeira transportada em 2007 e o menor em 2011, disse Yu.
Por que tanta variação? Os cientistas acreditam
que isso tem a ver com as condições do Sahel, uma longa faixa de terra
semi-árida na fronteira sul do Saara. Depois de comparar as alterações no
transporte de poeira a uma variedade de fatores climáticos, Yu e seus colegas
descobriram uma correlação com a precipitação em Sahel. Quando as chuvas
aumentaram, o transporte de poeira do próximo ano foi
menor.
Yu acredita que o aumento das chuvas significa
mais vegetação e menos solo exposto à erosão eólica. Uma segunda explicação é
que a quantidade de chuva está relacionada com a circulação dos ventos, que são
o que finalmente varrem a poeira.
Além da poeira, a Amazônia é o lar de muitos
outros tipos de aerossóis, como fumaça de incêndios, bactérias, fungos, pólen e
esporos liberados pelas próprias plantas. No futuro, Yu e seus colegas planejam
explorar os efeitos desses aerossóis em nuvens locais -- e como eles são
influenciados pela poeira da África.
https://noticias.uol.com.br/.../poeira-do-saara-atravessa-oceano-e-viaja-ate-a-amazonia
NEVE CHEGA A 1 METRO NO DESERTO DO SAARA
Deserto do Sahara desde o
aviao
Neve cai no Deserto do Saara pela segunda vez na
história
Ain Sefra está a mil metro acima do nível do mar e é cercada pela Montanhas Atlas
Depois de voltar a nevar no
Saara, pouco
antes do Natal, após 37 anos, o deserto no norte da África tem vivido dias
"europeus". A neve se intensificou na região de Ain Sefra (Argélia). Na
sexta-feira (20/1), a neve na região chegou a 1 metro de altura, conforme
registrou no Twitter o fotógrafo Sekkouri Kamel.
A precipitação mudou o cenário e o comportamento dos moradores do Saara. Muitas crianças estão construindo bonecos de neve e descendo as dunas como se estivessem praticando esporte de inverno.
Ain Sefra está a mil metro acima do nível do mar e é cercada pela Montanhas Atlas |
21.01.2017
oglobo.globo.com
PIV PRODUTO INTERNO VERDE AGORA É LEI
O presidente da República, Michel Temer, sancionou
a lei que prevê o cálculo anual do Produto Interno Verde (PIV). De acordo com a
Lei nº 13.493, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pelo
cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), divulgará também, se possível
anualmente, o PIV.
Além dos dados tradicionalmente utilizados, será
considerado no cálculo do PIV o patrimônio ecológico nacional, levando em conta
iniciativas nacionais e internacionais semelhantes. Com isso, será possível a
convergência com sistemas de contas econômicas ambientais adotados em outros
países. A lei estabelece, ainda, ampla discussão da metodologia de cálculo do
PIV com a sociedade e com instituições públicas, incluindo o Congresso
Nacional.
“As riquezas ambientais do Brasil agora serão
contabilizadas, como ocorre em outros países mais avançados. Isso é muito
importante porque o Brasil tem diferenciais enormes na área ambiental. Temos a
maior parte da nossa cobertura vegetal, temos a maior floresta tropical do
mundo, a Amazônia, que está razoavelmente preservada, e que agora tivemos a
oportunidade de dar os números da queda do desmatamento graças às ações que
efetivamos, graças à recomposição do orçamento”, comemorou o ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho. “O Brasil sairá ganhando com o PIV e temos absoluta
certeza que esse diferencial será devidamente aproveitado para as discussões
internacionais”, completou.
O projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional
foi apresentado pela Câmara dos Deputados, em 2011, depois de um amplo debate
que envolveu especialistas, a sociedade civil e a Frente Parlamentar
Ambientalista.
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, que nos
últimos anos esteve à frente dos debates sobre o tema, como coordenador da
Frente Parlamentar Ambientalista e na Comissão do Meio Ambiente e de
Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, afirma que a iniciativa se
baseia nos princípios da economia verde, ao contabilizar as variáveis
relacionadas à sustentabilidade social e ambiental. “A contabilidade ambiental é
complexa, mas é um passo necessário e importante”, defendeu o
ministro.
“Pelo indicador PIV há o benefício de atribuir
valor econômico a serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. Desse modo,
esses valores podem ser incorporados à contabilidade do setor produtivo”,
esclareceu Sarney Filho. Dessa forma, o país passaria a contar com um indicador
conjunto dos processos econômicos, da sustentabilidade ambiental e do bem-estar
da sociedade.
Para o ministro, com o cálculo do PIV, será
possível identificar se o país está produzindo riqueza ou se está apenas
consumindo o patrimônio ecológico nacional existente, bem como avaliar se as
políticas públicas em curso estão produzindo passivo ambiental a ser enfrentado
pelas gerações futuras.
BIODIVERSIDADE
Ao apresentar o PLC 38/2011, o autor da proposta,
deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ), justificou que os critérios
tradicionais para o cálculo do PIB, observados pelo IBGE, em consonância com
padrões internacionais, deixavam de lado uma das maiores riquezas do país: seu
patrimônio ambiental. “Nesse contexto do debate sobre o mundo que queremos para
a presente e para as futuras gerações, é fundamental a revisão dos critérios
utilizados no cálculo das riquezas das nações”, afirmou.
“Com a proposta do “PIB Verde”, nosso objetivo foi
suprir tal lacuna. Com efeito, a modificação vem ao encontro dos anseios mais
recentes, tanto no âmbito nacional, quanto internacional”, disse o
parlamentar.
Em 2012, quando o projeto já estava tramitando na
Câmara, foi realizada no Brasil a “Rio+20” – Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável. A importância da proposta pautou os eventos que
antecederam o evento, realizado no Rio de Janeiro. O objetivo da Rio+20 foi
assegurar o comprometimento político renovado com o desenvolvimento sustentável,
avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existiam na
implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento
sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes.
Ainda na justificativa do projeto, o deputado
Otávio Leite citou o economista, cientista social e professor do Instituto de
Ensino e Pesquisa (Insper) em São Paulo Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos
entusiastas do até então chamado “PIB Verde”.
“As pessoas não têm noção de como a contabilidade
usada para o registro dos fatos econômicos é parcial e equivocada. Se uma
comunidade tem água potável disponível, isso não é registrado nas contas
nacionais. Se todas as fontes forem poluídas e tivermos de purificar,
engarrafar, distribuir e transportar a água, o PIB aumenta. É algo que passa a
ser mediado pelo sistema de preços e entra com sinal positivo na conta. Essa
comunidade passou a trabalhar mais para ter acesso à água potável e,
aparentemente, se tornou mais próspera. Essa sociedade empobreceu, e não
enriqueceu”, defende Giannetti.
NO SENADO
Depois de aprovado na Câmara, o projeto foi
discutido no Senado e aprovado no Plenário, no dia 20 de setembro. Foi acatada
emenda que trocou a expressão “PIB Verde” por “Produto Interno Verde – PIV”.
Outra mudança, sugerida pelo IBGE, foi a substituição do termo “índices” por
“sistema de contas economicamente ambientais”. Para o senador Flexa Ribeiro,
relator de Plenário da proposta, as emendas aperfeiçoam o projeto, que torna
mais efetiva a possibilidade de enfrentar o dilema do desenvolvimento econômico
sustentável, com transparência e governança ambiental.
www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id.
TODAS AS LÍNGUAS FALADAS NO MUNDO ESTÃO CONECTADAS
Esta incrível árvore mostra como todas as línguas
estão conectadas e mudará a forma como você vê o mundo
Você sabia que a maioria das diferentes línguas
faladas no mundo todo tem origem em apenas um de dois grandes
grupos?
Essa (e outras curiosidades) é o que a ilustradora
Minna Sundberg tentou capturar em um infográfico incrível que revela as conexões
fascinantes entre diversas línguas.
Usando os dados de pesquisa do portal Ethnologue,
que possui informações sobre mais de 7 mil línguas usadas no globo inteiro,
Minna usou a metáfora de uma árvore para ilustrar como todos esses idiomas –
mesmo que pareçam não relacionados à primeira vista – podem ser agrupados em
“famílias” por vezes inusitadas.
Árvore linguística incrível, mas não
completa
No infográfico, os galhos maiores representam
línguas com mais falantes nativos. Minna procurou incluir o maior número de
línguas possíveis, mas mesmo esta imagem detalhada não abrange a imensa
variedade que existe no mundo.
A artista explicou que a maioria das pequenas
línguas não entrou no gráfico, especialmente as pouco faladas que não têm status
oficial em algum lugar.
De onde vêm o português?
Os dois grandes troncos linguísticos são o
indo-europeu e o urálico. O tronco indo-europeu possui um ramo europeu, que por
sua vez se divide em outros três: eslavo, românico e
germânico.
As línguas românicas possuem esse nome por terem
surgido do latim, usado principalmente pelos povos romanos desde antes de
Cristo. Atualmente, o latim é considerado uma língua morta e utilizado somente
para nomenclatura científica e terminologias de outras áreas do
conhecimento.
Entre as línguas românicas mais conhecidas estão o
português, espanhol, francês, italiano e galego. Mas mesmo esses idiomas podem
ser divididos em subgrupos. O português, o espanhol e o galego, por exemplo, são
línguas ibero-românicas, enquanto o italiano é ítalo-dalmático, e o francês
galo-ibérico.
Existem muitas outras línguas românicas menores, algumas usadas apenas por pequenos povos, como o sardo, o catalão e o rético.
Existem muitas outras línguas românicas menores, algumas usadas apenas por pequenos povos, como o sardo, o catalão e o rético.
Ramo europeu
No ramo europeu, uma relação bastante complicada
entre as línguas eslavas é visível:
Ramo germânico
O inglês possui raízes germânicas, como o
alemão:
Família urálica
Surpreendentemente, ao contrário dos seus vizinhos
escandinavos, a língua finlandesa pertence à família
urálica:
Ramo indo-iraniano
O ramo indo-iraniano revela as conexões entre
hindus e urdus, bem como algumas línguas indianas regionais, como a língua
rajastani: [BoredPanda, BastosMaia]
Natasha Romanzoti
25.09.2017
HypeScience.
ENERGIA SOLAR FOTOVOTAICA NO BRASIL E NO MUNDO
Palestrante Dr. Rodrigo Lopes Sauaia
Presidente Executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
CALOR DA INTERNET PARA AQUECER CASAS
Cidades ao redor do mundo estão pensando
em como
reaproveitar o calor dos centros de dados
"A nuvem" é um lugar real. As fotos que você
publica no Instagram, o feliz aniversário que escreve em um perfil do Facebook e
os programas de TV a que assiste no Netflix não estão guardados em um conjunto
de gotas no céu. Eles ficam armazenados em servidores que estão conectados e
organizados em torres dentro de armazéns gigantes.
Poucas pessoas se aventuram nos centros de
armazenamentos de dados. Na capital sueca de Estocolmo, a reportagem da BBC
entrou nesses labirintos e descobriu que eles não estão apenas hospedando
informação. Todo o calor que essas estruturas liberam está ajudando a aquecer
casas na cidade, que tem mais de 900 mil habitantes.
Mas como essa estratégia funciona? Ela poderia
criar um novo modelo de negócios para a indústria de tecnologia no mundo
todo?
No labirinto
Ao caminhar dentro de um centro de dados, é
possível perceber algumas coisas: o ar é frio e seco; todas as superfícies são
muito limpas; as torres de servidores têm milhares de luzes que piscam sem parar
e raramente há outras pessoas por ali. Em todos os lugares, no teto e debaixo
das tábuas removíveis do chão, há cabos em todas as
direções.
Mas, acima de tudo, o ambiente é muito barulhento. Isso
acontece porque os computadores ficam quentes e são necessários muitos
ventiladores para mantê-los refrigerados e operantes. Imagine o calor que seu
laptop gera e multiplique isso pelas milhares de máquinas em um armazém:
computadores conectados e ligados constantemente, fazendo tarefas complicadas,
24 horas por dia, sete dias por semana.
Para resfriar o ambiente, é preciso água fria e
ventiladores, que fornecem ar fresco e sugam o ar quente. O calor geralmente é
descartado como um resíduo do processo.
Em Estocolmo, o projeto é chamado de Stockholm
Data Parks (Parques de Dados de Estocolmo, em tradução livre) e funciona em
parceria com o governo da cidade, a Fortum Värme (agência local de aquecimento e
refrigeração) e outras instituições.
Vários importantes centros de dados de Estocolmo
participam da iniciativa e o número está crescendo à medida que mais empresas
buscam reforçar uma reputação ambientalmente consciente, além de ganhar dinheiro
com um novo modelo de negócios. Recentemente, o programa anunciou parcerias com
centros de dados administrados por grandes empresas internacionais como a
Ericsson (companhia de celulares que também ajuda a transmitir canais de TV da
BBC) e a cadeia de roupas H&M.
O esquema de manutenção da temperatura e
transporte do calor é simples. A água fria entra nos centros de dados por meio
de canos, e é usada para criar o ar frio que evita o superaquecimento dos
servidores. Depois, a mesma água, que acabou sendo aquecida no processo, volta
para os canos e segue para as dependências da agência Fortum, onde é distribuída
para o aquecimento dos moradores.
A Suécia não é o único país a adotar essa ideia. O
mesmo está acontecendo em projetos menores em nações como a Finlândia, onde o
calor de centros de dados tem sido usado para aquecer residências de uma cidade
pequena desde o ano passado. Também existem programas semelhantes nos EUA,
Canadá e França.
Agência é responsável por receber calor dos centros de dados em
Estocolmo
Mas a decisão da Suécia de aplicar essa prática em
todo o país é uma experiência sem precedentes.
O Stockholm Data Parks espera gerar calor
para aquecer 2.500 apartamentos até 2018, mas o objetivo de longo
prazo é atender a 10% da demanda de aquecimento
da cidade até
2035.
De acordo com os Data Centers By Sweden - que está
lançando projetos parecidos ao de Estocolmo em todo território -, apenas 10 MW
(megawatt) de energia são necessários para aquecer 20 mil apartamentos modernos.
Um típico centro de dados do Facebook, por exemplo, usa 120
MW.
Incentivos financeiros
Um dos principais incentivos para as empresas se
juntarem ao programa é financeiro - elas vendem o calor residual. Além disso, a
Fortum fornece água gelada para o resfriamento dos armazéns
gratuitamente.
Na Interxion, uma empresa cujos centros de dados
suportam aplicativos de jogos de celular e outros softwares baseados em nuvem, a
análise de custo e benefício foi tão promissora que levou à construção de mais
instalações para a captura de calor.
"Não é filantropia", diz Mats Nilsson Hahne,
gerente de desenvolvimento de negócios da Interxion. Muito pelo contrário, diz
Peder Bank, diretor administrativo do braço nórdico da empresa: "Estamos
tentando transformar (a estratégia) em um negócio
secundário".
Apesar de seus objetivos financeiros, a Interxion está
publicamente compartilhando seus planos para o novo modelo comercial com
qualquer centro de dados que deseje se estabelecer em Estocolmo. Questionado
quanto ao motivo de oferecer essa vantagem competitiva, Bank reforça a típica
atitude sueca ante as mudanças climáticas: "Há um propósito mais elevado nisso
do que a concorrência. Um objetivo global", diz ele.
"Se eu puder defender a agenda (ambiental) e fazer
meu negócio, devo fazer isso. Se eu for capaz de atrair negócios para a região,
devo fazer isso e competir depois. Não vejo uma incompatibilidade. Todos vivemos
no mesmo planeta."
Países verdes
A Suécia há tempos adota ideias pró-energia mais
ecológica. De acordo com o gerente de clima da cidade de Estocolmo, Björn
Hugosson, isso acontece porque o país tem poucos recursos naturais. "Não temos
nenhum recurso fóssil na nossa terra. Não temos poços de petróleo ou minas de
carvão", diz.
Hoje, a Suécia possui 2.057 usinas hidrelétricas,
de acordo com o Conselho Mundial da Energia, que representam 40% do consumo de
energia. O resto provém principalmente da energia nuclear, que está em processo
progressivo de eliminação, e um pouco do carvão, que é importado da Rússia para
a única planta do tipo no país. A última alternativa deve ser eliminada nos
próximos cinco anos (provavelmente até 2020). O país espera tornar-se 100% livre
de combustíveis fósseis até 2040.
A Suécia também tem quase zero desperdício na
forma de lixo. Seus cidadãos reciclam mais de 99% do lixo doméstico e apenas 3%
acaba em aterros sanitários. O país queima cerca de 70% de seus resíduos para
produzir energia e importa lixo de nações vizinhas para ajudar a atender a
demanda de energia criada desde o início do programa de
incineração.
Dito isso, é importante ressaltar que os suecos
não são os maiores usuários de energia ecológica do mundo. Esse título pertence
à Islândia, onde 86% de todo o uso de energia vem de recursos renováveis. E
embora a Suécia consiga ficar 100% livre de combustíveis fósseis em determinados
dias em que as condições meteorológicas estão favoráveis, a vizinha Dinamarca
atinge esse objetivo com mais regularidade graças à enorme quantidade de energia
produzida em moinhos de vento - tanto que a Dinamarca vende seu
excedente.
Expansão do projeto
Com boas ações de sustentabilidade pelo mundo,
será que o plano sueco de reutilização de calor da poderia decolar em novos
lugares? Talvez, desde que o projeto seja precedido de mudanças. A estratégia
funciona na Suécia porque os cidadãos dependem do governo para receber a água
quente que usam no aquecimento doméstico.
Chamada de "aquecimento distrital", essa prática
começou em Estocolmo na década de 1950, quando as residências eram em boa parte
aquecidas por petróleo. Primeiro, a Fortum Värme começou a fornecer água quente
a hospitais. Quando a crise do petróleo explodiu, na década de 1970, o sistema
se expandiu para moradias em todo o país.
Atualmente, a Fortum vende calor para cerca de 12
mil edifícios, o que corresponde a 90% de Estocolmo. No início, o calor que a
agência distribuía provinha do carvão, mas hoje ele se origina principalmente de
biocombustíveis: a polpa de madeira que sobra na produção da indústria florestal
e é levada a Estocolmo em navios. E já que os suecos reciclam tudo, eles também
reutilizam a água quente que desce pelo ralo do banheiro.
Dessa forma, se outras cidades desejassem seguir o
exemplo de Estocolmo, precisariam ter uma infraestrutura de tubulação
subterrânea e um modelo comercial de fornecimento de
calor.
Isso não é impossível. Muitas cidades já estão
fazendo o mesmo, incluindo Nova York, várias no Canadá e quase toda a
Islândia.
Mas o consultor em energia ecológica Bo Normark
adverte que o programa sueco pode não ser adaptável a todos os lugares.
Eventualmente, ele pondera, o país não precisará que mais centros de dados
participem da iniciativa.
"As pessoas estão superestimando a necessidade de
calor. Teremos um excesso de oferta de calor. Podemos exportar eletricidade. Não
podemos exportar calor", diz Normark. Mas ele acrescenta: "Em Estocolmo, (a
medida) está funcionando porque a cidade está crescendo rapidamente. Há um valor
monetário no calor".
Parques de dados
O trabalho dos Stockholm Data Parks se concentra
em quatro grandes "parques de dados". Eles estão ligados à rede de energia limpa
e são equipados para que as empresas integrantes se conectem no sistema de
reciclagem de calor. O primeiro, já concluído, fica no "vale do silício" de
Estocolmo, um bairro chamado Kista, e atualmente possui companhias como a
Interxion. Mais dois devem se juntar ao sistema em 2018 e um quarto em
2019.
"Estamos mudando a economia de toda a indústria", diz Johan
Börje, gerente de marketing de refrigeração de centros de dados e recuperação do
calor na Fortum Varme.
O governo sueco, reconhecendo o benefício da
iniciativa, reduziu recentemente o imposto sobre eletricidade nos centros de
dados. A Suécia não quer que os centros tenham uma desculpa para se mudar para
outros pontos da Europa.
Por enquanto, o mundo desenvolvido depende desses
centros - e a demanda continuará a crescer. Sem eles, smartphones e computadores
não funcionariam e nenhuma informação seria transportada pela rede. Isso
significa que mais e mais dessas bibliotecas tecnológicas serão construídas em
todo o planeta. E a Suécia mostra que elas podem manter o mundo digital em
movimento enquanto fornecem energia limpa.
BBC Future
WARKA WATER INVENÇÃO GERA 100 LITROS DE ÁGUA POR DIA
Os arquitetos italianos Arturo Vittori e Andreas
Vogler do estúdio Architecture and Vision desenvolveram uma inovadora torre
coletora de água contida no orvalho. O projeto é voltado a populações rurais de
países pobres, onde o abastecimento de água potável é problemático. Intitulado
de Warka Water, a torre coleta as gotículas de orvalho e as deposita num
recipiente.
Trata-se de uma torre de 10m de altura, que pesa apenas 60 kg e pode suprir cerca de 100 litros de água/dia. A torre é construída manualmente com materiais baratos existentes na natureza ou reciclados. Sua estrutura é feita principalmente em juncos ou bambu, e tem um revestimento interno de plástico reciclado (rede) no qual as gotículas de orvalho se depositam e escorrem para um recipiente de coleta.
Essa simples invenção já está sendo utilizada na Etiópia, trazendo benefícios à população. Na Etiópia, as mulheres e crianças andam quilometros para obter água.
Trata-se de uma torre de 10m de altura, que pesa apenas 60 kg e pode suprir cerca de 100 litros de água/dia. A torre é construída manualmente com materiais baratos existentes na natureza ou reciclados. Sua estrutura é feita principalmente em juncos ou bambu, e tem um revestimento interno de plástico reciclado (rede) no qual as gotículas de orvalho se depositam e escorrem para um recipiente de coleta.
Essa simples invenção já está sendo utilizada na Etiópia, trazendo benefícios à população. Na Etiópia, as mulheres e crianças andam quilometros para obter água.
A Warka custa aproximadamente US$ 500 e pode ser
construída em menos de uma semana com uma equipa de quatro pessoas e materiais
existentes localmente.
INVESTIDORES GARIMPAM ÁGUA A PRÓXIMA COMMODITY QUENTE
Visão aérea de um campo que pertence a Cadiz Inc., no deserto de Mojave
Contemplando da janela de um avião turboélice
voando alto por sobre o principal ativo de sua companhia —13,6 mil hectares de
terras no deserto do Mojave, com bilhões de galões de água fresca aprisionados
por sob a areia e a vegetação rasteira—, Scott Slater descreve uma paisagem
luxuriante, que vem atraindo investidores experientes há um quarto de século.
Sim, admite Slater, sua empresa, a Cadiz, não
ganhou um centavo com a água. Ele admite abertamente que serão necessários pelo
menos mais US$ 200 milhões para escavar poços, filtrar a água e transportá-la
por 70 quilômetros de deserto em um novo aqueduto antes que o sedento sul da
Califórnia possa beber a primeira gota. Mas obter dinheiro, em contraposição a
encontrar água, nunca foi problema para a Cadiz. "Creio que haja muito dinheiro por aí", diz
Slater.
Lucros reais podem ser mais escassos que neve na
High Sierra, mas Wall Street, como é seu hábito, fareja ganhos enquanto a
Califórnia enfrenta sua pior seca em décadas.
Scott S. Slater, presidente executivo da Cadiz Inc.
"Investir no setor de água é uma das grandes oportunidades das próximas décadas", disse Matthew Diserio, da Water Asset Management, empresa que é grande investidora na Cadiz. "A água é o recurso escasso que definirá o século 21, mais ou menos como o petróleo abundante definiu o século passado".
Até agora, porém, essa verdadeira corrida do ouro encontrou só ouro dos tolos. Nos 10 últimos anos, a Cadiz acumulou US$ 185 milhões em prejuízos, e a receita dos limoeiros e vinhedos que ela controla no Mojave mal representa uma garoa: US$ 7,1 milhões de 2005 para cá.
Para desenvolver o projeto, a empresa consome entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões anualmente, pagando por uma batalha interminável em tribunais e salas de conferência em toda a Califórnia a fim de obter licenças fundamentais do governo e cobrir os salários de seus 10 funcionários de tempo integral. A Cadiz gera esse dinheiro tomando empréstimos e realizando emissões regulares de novas ações, o que leva os céticos a imaginar que ela talvez nunca venha a encontrar água, quanto mais lucro.
É um jogo duro", disse John Dickerson, presidente-executivo da Summit Global Management, uma companhia criada 20 anos atrás em San Diego que investe em empresas de infraestrutura de água, distribuidoras locais de água e em direitos sobre a água, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior.
"A Cadiz promoveu esse sonho e por anos Wall
Street vem bombeando capital baseado no otimismo quanto à água", ele
acrescentou. "Mas agora a questão difícil para eles é onde está a água de
verdade, e quando será possível bebê-la?"
Trilhos de trem junto dos quais se planeja a construção de canos com água
Outros empreendimentos de água prometeram mais do que foram capazes de cumprir, pelo menos até agora. Há obstáculos em profusão, a começar por autoridades regulatórias céticas, clientes cautelosos e grupos ambientalistas implacavelmente opostos a esse tipo de projeto.
Alguns projetos estão por fim próximos de render frutos. Perto de San Diego, a Poseidon Water, uma empresa de capital fechado, está a ponto de colocar em ação uma usina de dessalinização que construiu, depois de 15 anos de luta contra processos de grupos ambientais e de espera por licenças conferidas por autoridades cautelosas. A seca, porém, não abrandou a oposição local à entrada de grupos de capital fechado como a Cadiz ou a Poseidon no mercado de água da Califórnia.
De fato, a despeito do medo de que Wall Street
esteja lucrando com a seca, até agora o prejuízo ficou principalmente com os
investidores na Poseidon. O primeiro retorno sobre o investimento que a empresa
planeja oferecer só acontecerá no ano que vem, depois de anos de planejamento.
Um projeto semelhante da Poseidon mais ao norte na costa, perto de Huntington
Beach, continua atolado no processo de licenciamento.
"Foi necessária mais de uma década de batalha para
que a Poseidon conseguisse licenciar seu projeto —uma experiência que não cria
investidores felizes", disse Dickerson. "Isso bem pode desencorajar investidores
em futuros projetos de dessalinização na Califórnia".
Mas para as pessoas com um horizonte de tempo
longo, a água pode um dia se provar um bom investimento.
"A água é sempre considerada como algo automático,
mas o acesso confiável a ela já não é garantido", disse Disque Deane Jr.
veterano de Wall Street que comanda a Water Asset Management em companhia de
Diserio. "Ela será uma categoria de ativos que constará de carteiras de
investimento, em companhia de ações de companhias de saúde, de energia ou de
imóveis".
A companhia deles agora administra mais de US$ 500
milhões em capital de planos de pensão, fundos nacionais de investimento de
outros países e famílias ricas, e seu principal fundo em geral apresenta
resultados superiores aos padrões do mercado mundial, desde que foi criado em
2006. Os ativos da Impax Asset Management, uma empresa de Londres cujo foco
também é a água, dobraram para US$ 1,8 bilhão nos dois últimos anos.
Embora alguns projetos possam parecer mais
audaciosos que outros, os especialistas envolvidos com o negócio insistem em que
não há coisa alguma de errado em ganhar dinheiro vendendo água.
"É preciso dinheiro para processar, tratar e mover
água, mas agora a água em si está se tornando cada vez mais valiosa no oeste",
disse Steve Maxwell, veterano consultor do setor radicado em Boulder, Colorado.
"Não faz diferença que seja uma agência pública ou
companhia privada que administre a água: os preços vão subir", ele disse. "Não é
por incompetência dos administradores ou cobiça das empresas: é porque a água
está acabando".
Muitos investidores estão em busca de maneiras menos arriscadas de ganhar dinheiro com a água. Em lugar de enfrentar batalhas dolorosas sobre os direitos de água ou desenvolver novas fontes de suprimento e enfrentar acusações de que estão lucrando com a seca, investidores como Simon Gottelier, da Impax, estão se concentrando em empresas que fornecem infraestrutura para empresas de água e usuários industriais, e não na água em si.
"Como investidores de longo prazo cujo foco é gerir um fundo que nos permita dormir à noite, somos reticentes quanto a companhias que lidam com direitos de água, porque essa questão pode se tornar muito emocional", disse Gottelier. "Não queremos fazer investimentos em empresas que se tornem alvo de ira dos agricultores ou gerem manchetes".
Para a Impax, isso significa que há apelo em ações como as da Xylem, fabricante de bombas, equipamento de filtragem e suprimentos para tratamento e teste de água. Outros investimentos da Impax incluem fabricantes de membranas de osmose reversa, como as que têm papel central na nova usina de dessalinização da Poseidon, visitada por Gottelier em junho. Ele considera a escassez de água na Califórnia como não só um propulsor de demanda para as empresas de sua carteira mas como incentivo para pessoas e instituições que desejem começar a investir em água mas não em projetos ambiciosos como o da Cadiz.
"Houve um crescimento dramático no apetite real e potencial dos investidores", disse Gottelier.
Boa parte do dinheiro que acorre ao caixa da Impax provém de investidores institucionais da Europa, onde sistemas de água operados com fins lucrativos têm um longo histórico, em contraste com os Estados Unidos.
www1.folha.uol.com.br/.../1689695-investidores-garimpam-agua-a-proxima-commo...
AGRICULTURA ORGÂNICA NO DESERTO WADI RUM
El valle de Wadi Rum, en el sur de Jordania, cerca de
la frontera con Arabia Saudita, tiene un paisaje casi extraterrestre que es
apodado el "Valle de la Luna". Las montañas de granito y piedra arenisca
elevándose próximos al valle están llenos de arena roja. Una serie de gargantas
estrechas, arcos naturales, imponentes acantilados, rampas, deslizamientos
masivos y cavernas se encuentran dispersos en un área de 720 kilómetros
cuadrados. La zona es de naturaleza árida, recibiendo poca precipitación anual y
soportando sólo escasa vegetación. Es sorprendente que casi nada pueda crecer en
la tierra que es cocinado por el sol, sin embargo, las regiones desérticas de
Israel y Jordania han sido durante años objeto de numerosos proyectos agrícolas.
Recientemente, los beduinos que viven en la región de Wadi Rum se han
involucrado en proyectos agrícolas únicos que están empezando a tener
éxito.
El desierto de Wadi Rum paso a ser el
lugar del mayor cultivo mixto de Jordania -
la Granja Rum. Rum se estableció en el año 1986, en medio del desierto de Wadi Rum en 2000 hectáreas de tierra. Si bien parecía una extraña elección de localización, comienzo a tener sentido cuando uno se entera que bajo el desierto de Wadi Rum, y cerca debajo del borde de las montañas y hasta bien dentro de Arabia Saudita, esta un gran acuífero. De hecho, gran parte del suministro de agua de este desierto de la nación depende solo de esta fuente de agua.
la Granja Rum. Rum se estableció en el año 1986, en medio del desierto de Wadi Rum en 2000 hectáreas de tierra. Si bien parecía una extraña elección de localización, comienzo a tener sentido cuando uno se entera que bajo el desierto de Wadi Rum, y cerca debajo del borde de las montañas y hasta bien dentro de Arabia Saudita, esta un gran acuífero. De hecho, gran parte del suministro de agua de este desierto de la nación depende solo de esta fuente de agua.
El agua se extrae del acuífero subterráneo, a
30-400 metros de profundidad, y se riega en 78 hectáreas de campos circulares,
mediante el uso de una rampa pivotante con boquillas de riego. Los especiales
tubos de plástico de polietileno también se utilizan para ayudar a conservar el
agua y para hacer frente a las temperaturas extremas del
desierto.
Las técnicas de la empresa son tan exitosas que la
granja produce ahora una gran parte del suministro de alimentos de Jordania,
antes de ser transportada en camiones al norte a través de cientos de kilómetros
de desierto a la capital de Ammán y otras localidades.
Imagens: dairyspecialistinrussia
Imagen: yannarthusbertrand2
Imagen: yannarthusbertrand2
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