sábado, 19 de julho de 2014

COMO A HONRA PODE MUDAR O MUNDO


Kwame Anthony Appiah admite que foi difícil encontrar trabalhos escritos nos últimos duzentos anos sobre honra. Assim como no resto da sociedade, os próprios filósofos parecem ter considerado que ela é uma ideia antiquada demais para os tempos atuais
 
Códigos de honra podem parecer relíquias do passado — conjuntos de regras que dizem respeito a sociedades arcaicas, ou rigidamente estruturadas. O filósofo inglês Kwame Anthony Appiah, hoje professor da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, pensa de outro modo: a honra é, hoje, mais importante do que nunca. “Quando falamos em honra, estamos falando em direito ao respeito, e isso definitivamente não saiu de moda, faz parte de nosso vocabulário moderno”, diz ele.

Em seu livro mais recente, O Código de Honra: Como Ocorrem as Revoluções Morais (Companhia das Letras), Appiah tenta reabilitar a honra para os tempos atuais. Segundo o pensador, ela estaria relacionada a uma característica básica da psicologia humana: o desejo de ser respeitado pelos pares. Um código de honra nada mais seria do que o conjunto de regras que ditam quais comportamentos dão direito ao respeito e quais causam vergonha dentro de um certo grupo. Assim, a honra estaria em constante mutação, evoluindo junto com a sociedade e suas práticas.

Nascido na Inglaterra, criado em Gana e residente os Estados Unidos, o filósofo reúne uma série de exemplos de todo o mundo para mostrar como mudanças em códigos de honra já levaram a uma sociedade melhor. Nesta entrevista ao site de VEJA, ele explica como conhecer essas histórias — o fim da escravidão, da prática de amarrar os pés de mulheres chinesas e dos duelos entre cavalheiros europeus  — pode ajudar a melhorar o mundo de hoje:

Muitas pessoas pensam que os códigos de honra são relíquias do passado. Por quê? A principal razão é boa. Acontece que os antigos códigos de honra eram sexistas e antidemocráticos, e agora vivemos em uma sociedade que se considera antissexista e democrática. Então, se os códigos de honra fossem só isso — se eles só existissem nessas formas excludentes — haveria uma razão para sermos totalmente céticos quanto a eles. Mas eu não penso que isso seja tudo. Quando falamos em honra, estamos falando em direito ao respeito, e isso definitivamente não saiu de moda, faz parte de nosso vocabulário moderno. Uma das características da democratização de nossa política é o reconhecimento de que todos têm direito ao respeito — queremos ver isso em nossos códigos legais e nas práticas sociais da vida moderna. Para usar a honra no mundo de hoje, tivemos que nos livrar de seu caráter antidemocrático e violento. Se houvesse alguma outra palavra que não tivesse essas associações — e não remetesse ao passado—, eu não veria problema em usarmos, mas não conheço essa palavra. Então, eu digo que devemos usar a palavra honra admitindo que ela já teve essas associações ruins e afirmando que é muito importante nos livrarmos delas.

Onde podemos ver os códigos de honra funcionando hoje em dia? Em vários lugares. Nós temos, por exemplo, os códigos de honra profissionais. Podemos pensar no código dos advogados, que faz com que eles sigam suas regras e se respeitem. Eu não entendo esse código e não sou governado por ele, mas ele gera obediência e respeito entre pares. Como esse, existem outros códigos de ética profissionais, como o dos médicos e o dos professores. Outro exemplo claro são os militares. Eles têm uma preocupação profissional com a honra, usam seu código como um modo de disciplinar uns aos outros. Eles são pessoas para quem fornecemos ferramentas que podem ser usadas para matar, por isso, precisam desse controle mais rígido, feita a partir da honra e da vergonha. Além desses casos, existe a honra coletiva, que surge a partir do modo como nos identificamos. Um exemplo óbvio disso é a honra nacional: você precisa ser um brasileiro para estar preocupado com a honra do Brasil. Eu devo me ver como um americano para me preocupar com as coisas honradas ou vergonhosas que são feitas em nome dos Estados Unidos.

De onde surge a honra? Nossos cérebros estão programados para seguir esse tipo de conduta? Não sei quanto disso está programado em nossa genética e quanto é um resultado dos processos sociais que fazem parte de se tornar um ser humano vivendo em sociedade. Mas o que eu sei é que todos os seres humanos normais, já no tempo de sua puberdade, possuem essa preocupação com o respeito que merecem em sua sociedade, em seu grupo social e entre as pessoas com que convivem. Isso está tão construído internamente que não sabemos como nos livrar disso. Se você for criado em sociedade, vai inevitavelmente ter essa preocupação com o respeito e o direito de ser respeitado — e é disso que trata a honra. Logo, a questão não pode ser sobre como nos livramos da honra, não sabemos como fazer isso. Devemos pensar em como mudá-la para melhor.

Então a honra pode estar próxima da moral? Falando psicologicamente, a honra é distinta da nossa tendência moral. Elas podem ter interseções — algum código de honra pode eventualmente apoiar um bem moral—, mas elas nunca são completamente idênticas. Costumamos usar a honra para pensar em coisas que pouco têm a ver com a moralidade. Por exemplo, podemos escolher honrar grandes pensadores, artistas e esportistas — e o modo como eles se destacam não são modos morais. Picasso não era um grande herói moral, mas todos o honramos como artista. Por outro lado, a honra também pode ir contra a moralidade, levando a assassinatos, por exemplo. Logo, elas não são a mesma coisa, mas podemos tentar torná-las compatíveis. E, assim, tornar a honra mais democrática e menos violenta.

É possível descobrir quando surgiu o primeiro código de honra? Eu penso que os códigos sobre os quais vivemos descendem de códigos antigos que, por sua vez, descendem de códigos ainda mais antigos, que têm origem antes da própria História — antes de termos qualquer tipo de registro. Se pensarmos nos textos mais antigos que conhecemos, podemos nos lembrar dos textos egípcios, da poesia homérica e do que hoje chamamos de Antigo Testamento. Já nesses livros é possível encontrar honra por todos os cantos. Acontece que só é possível identificar a honra pela linguagem — só podemos descobrir que ela existe quando temos como saber os motivos que levaram as pessoas a agir de determinado jeito. E ela já está presente nos textos mais antigos que conhecemos. Ela é tão antiga quanto a História.

Mas esses códigos podem mudar? Afinal de contas, nós não vivemos sob as mesmas regras que governavam os gregos antigos. Esse é um ponto crucial de minha tese. Hoje, quando alguém lê a Ilíada, e se depara com a história de Aquiles, chega à conclusão de que ele era louco. Não existe outro modo de falar, tudo que ele faz parece loucura aos olhos de hoje. Mas, de algum modo, nós podemos entender por que ele faz aquelas coisas. Ele está em busca do respeito a que pensa ter direito. Ele entra e sai da guerra, sempre em nome da honra. Nós podemos entender suas ações, mas também sabemos que é muito diferente de nosso modo de nos comportar. Se alguém que conhecemos hoje em dia agisse assim, nós o mandaríamos para o psiquiatra.

Essas mudanças no que consideramos honrado ou vergonhoso também aconteceram mais recentemente? Elas não param de acontecer. Em meu livro, analiso o código de honra por trás dos duelos que eram praticados entre os nobres ingleses. Antes do século XVIII, a resposta a um artigo que você considerasse ofensivo em um jornal poderia ser desafiar o editor para um duelo. Eles costumavam pensar que um cavalheiro era uma pessoa que estava disposta a lutar, tanto por sua honra quanto pela honra de seu rei, de seu país. Com o tempo, nós mudamos, passamos de uma sociedade onde o alto status entre os homens era associado com a violência para uma sociedade onde esse mesmo status passou a ser associado ao autocontrole. Essa é uma invenção do século XIX: a ideia de que você não deve responder com violência a uma provocação, que o verdadeiro cavalheiro nunca faria nenhum mal a alguém. Essa ideia não faria sentido para Aquiles — que pensaria que estamos todos loucos —, e também não faria sentido para os cavalheiros do século XVIII. Ou seja, os códigos de honra mudam ao longo do tempo, eles não estão fixados eternamente. E isso é bom, pois significa que, quando vemos que a honra está do lado errado, podemos tentar mudar essa situação.

No caso do duelo já existiam argumentos racionais contra a prática muito tempo antes de ela acabar, mas ela só foi interrompida quando passou a ser considerada desonrosa. Por que isso aconteceu? Eu só descobri isso enquanto pesquisava para o livro — e foi uma grande surpresa para mim. O que é realmente interessante na prática do duelo é que ele era ilegal durante todo o tempo em que aconteceu. Ele também era condenado pela igreja, e as pessoas conheciam os argumentos que existiam para considerá-lo errado. Os críticos da prática viviam apontando, por exemplo, que a vitória no duelo não dependia de alguém ter razão numa queixa, nem dava razão a ninguém — o que torna o duelo um modo realmente louco de resolver disputas. No entanto, as pessoas duelavam. Isso me surpreendeu: a honra pode ser um poder por si só. Em alguns momentos, ela pode ser mais poderosa do que os outros sistemas normativos. A prática só mudou quando as pessoas começaram a se sentir envergonhadas por apelar a ela. Hoje, ninguém acha certo matar outras pessoas porque se sentiu ofendido, preferimos levar a questão para os tribunais. O que consideramos honroso mudou.

Nesse caso e em outros que o senhor analisa, mudanças no código de honra são capazes de acabar com uma prática antiga de forma muito rápida, no tempo de uma geração. Como isso é possível? Isso também foi uma surpresa para mim. Há algo de positivo nesse fato, porque uma geração, em termos históricos, não é muito tempo - embora seja um tempo grande na vida de uma pessoa. O que isso sugere é que para acontecer essa mudança, uma nova geração cresce com uma visão diferente da anterior. Não é como se as pessoas mudassem de ideia, mas como se uma nova geração tivesse uma nova imagem do mundo da honra. Como se ela tivesse uma versão diferente do código. Eu vi isso acontecendo aqui nos Estados Unidos, na questão da atitude perante os homossexuais. Quando vim para esse país, no começo dos anos 1980, os homossexuais sofriam bastante preconceito. Era comum eles apanharem, serem atacados ou até presos, simplesmente por andar de mãos dadas na rua. Hoje, quando descrevo esse cenário para meus alunos de 19 anos, eles acham tudo isso muito estranho. Eles nem chegam a pensar que é errado. É um comportamento tão estranho para eles que parece simples loucura. Eles já possuem uma versão diferente do código de honra. A conclusão desse raciocínio pode, na verdade ser ruim — ele é uma evidência de que os seres humanos não são muito receptivos aos argumentos morais. Se fossem, poderíamos simplesmente mudar a mente das pessoas mais velhas. Mas, ao contrário, a esperança de mudança está sempre entre os mais jovens.

Podemos aprender com essas revoluções morais do passado? Elas não nos fornecem um livro de regras, mas nos dão pistas para seguir. O ponto principal é que elas nos dão esperança: o fato de as pessoas passarem milhares de anos fazendo a mesma coisa não significa que a prática não possa ter fim. Pense no caso da escravidão. Até o século XIX, nós podíamos encontrar escravos em todos os lugares. Durante uma aula, surpreendi meus alunos ao contar que conheci pessoas que eram escravas, porque a escravidão só foi abolida em Gana nos anos 1920. Mas hoje esse tipo de escravidão acabou completamente, mesmo estando espalhada por todos os cantos do mundo durante milhares de anos. Essa é primeira lição que podemos aprender: que práticas antigas podem ser mudadas. A segunda lição é que, se quisermos mudar os códigos de honra, não podemos contar só com os argumentos morais. Veja bem, Aristóteles defendia a escravidão na Grécia antiga, mas, na mesma época, já havia pensadores que a atacavam. Os argumentos não bastam, você tem que fazer as pessoas colocarem um investimento de honra em estar do lado certo da questão. Isso é importante porque — como eu disse em relação a Aquiles — nós podemos discordar dos códigos de outras sociedades, mas também podemos compreendê-los. Isso significa que podemos interagir com as pessoas do outro lado, independente das diferenças que existam, e tentar levá-las para um caminho melhor. E, é claro que, ao fazer isso, eles também poderão tentar nos levar a um comportamento melhor.

O senhor está dizendo que, ao dialogar com outra sociedade, podemos passar a nos preocupar com o respeito que eles nos dão? Isso mesmo, abrir as fronteiras de um país pode fazer seu mundo de honra aumentar. Os americanos sabem disso. Em sua Declaração de Independência, afirmam que possuem uma preocupação decente com a opinião de toda a humanidade. Logo, a declaração é endereçada para o mundo como um todo, não só para os americanos ou as autoridades coloniais britânicas. Isso significa que eles estavam convidando todos os povos para se enxergarem como parte de uma única comunidade moral, eles estavam tentando articular ideias universais no documento.

Como a opinião do resto do mundo pode mudar o comportamento dentro de um país? Foi o que aconteceu no fim do Apartheid, por exemplo. Parte dos sul-africanos ainda acreditavam no sistema, mas já não podiam andar de cabeça erguida perante o resto do mundo. Os outros países estavam olhando e julgando suas ações. Você pode até suportar isso por algum tempo, mas não para sempre. Então é uma estratégia que funciona. Mas precisa ser feita com muito cuidado, ou pode ter o resultado inverso. Há exemplos históricos famosos onde esse tipo de intervenção em outras sociedades foi contraproducente. Um dos mais famosos é o modo como a Igreja de Escócia criou um programa para acabar com a circuncisão feminina no Quênia, nos anos 1930. Ele não só não levou ao final da prática, mas a fez ser exercida com mais vigor – como um tipo de resistência anticolonial. A circuncisão acabou se tornando um símbolo de identidade nacional, e ainda acontece em alguns lugares do país.

Então não é sempre que a vergonha internacional é uma boa arma para mudar um comportamento? Na verdade, a vergonha por si deve ser usada com muito cuidado. O que me levou a começar a pesquisar sobre honra foi o caso da amarração dos pés entre as mulheres da China, que aconteceu até o século XIX. Ele era um hábito inicialmente associado com a honra das nobres chinesas, mas no final passou a ser visto como uma vergonha. Quando eu comecei a estudar esse caso, minhas pesquisas eram voltadas para a cidadania global, e me interessei pelo assunto porque era um exemplo de como pessoas de uma sociedade podiam influenciar o comportamento de outras, em outra parte do mundo. Acontece que, na China, a razão de a pressão internacional ter funcionado é que os críticos estrangeiros da prática, — um grupo formado por missionários cristãos e mulheres de empresários europeus vivendo no país —, eram profundamente respeitosos à civilização chinesa. Eles não gostavam da amarração de pés, mas não tinham desprezo pela China. Quando as críticas vieram, elas vieram de pessoas que estavam olhando nos olhos dos chineses, os tratando com respeito. E isso funcionou. Eu acho que se eles simplesmente apontassem o dedo em sua cara e dissessem que a prática era uma vergonha, não funcionaria. Você precisa ter como pano de fundo um diálogo respeitoso. A vergonha não precisa ser apontada, ela surge espontaneamente na pessoa com quem você está dialogando, como resposta à visão que você tem de suas práticas.

O senhor consegue ver algum código de honra ainda em funcionamento no mundo de hoje que deveria ser mudado? E como fazer isso? Existem inúmeros. Uma das questões que mais me choca no momento são os assassinatos por honra realizados em países como o Paquistão, em que meninas são mortas por agir de modo que suas famílias consideram desonroso — fazendo sexo fora do casamento, por exemplo. A dificuldade nesse caso é que esse tipo de crime é mais comum em sociedades muçulmanas (isso hoje em dia, antigamente a prática era comum no mundo todo, inclusive em sociedades cristãs). O problema é que o fato de os assassinatos de honra acontecerem principalmente no mundo islâmico causa uma impressão de guerra de civilizações, que eu penso ser incorreta. Veja bem, eu tenho respeito pelo Islã e muitos outros americanos também têm — muitos inclusive são muçulmanos —, mas a sociedade americana como um todo é profundamente islamofóbica e ignorante em relação a esse assunto. Assim, qualquer crítica que venha daqui pode ser facilmente rejeitada por alguém do Paquistão. As sociedades muçulmanas tendem a responder às criticas morais vindas do Ocidente dizendo: “é claro que vocês não aprovam o que fazemos, vocês não nos respeitam e não respeitam as nossas ideias. Não devemos nos preocupar com o que vocês pensam”. Minha impressão sobre esse tema é que deveríamos, simplesmente, ficar quietos. Deveríamos deixar os críticos internos à prática no Paquistão — e eles existem aos montes — fazer o seu trabalho. Nós podemos ajudar, enviando-lhes dinheiro, por exemplo, mas o que dizemos como americanos ou ocidentais não pode ajudar muito. Até termos uma relação mais respeitosa com as sociedades muçulmanas, de lado a lado, acho que nossos argumentos morais não vão funcionar muito bem em um país como o Paquistão.

O senhor acha que seria possível no futuro, com o contato cada vez maior entre as diferentes sociedades, existir um único código de honra para todo o mundo? Bom, essa é uma pergunta para um profeta responder, e não sou um profeta. Mas o que acho que seria desejável é conseguirmos um acordo global. Não em termos de uma grande teoria moral, mas sobre alguns padrões básicos em relação ao que deveria ser garantido a todos os seres humanos do mundo. E isso está acontecendo. Temos um exemplo ocorrendo agora mesmo no mundo. Os países ao redor do planeta diferem em inúmeras coisas, mas apenas dois deles ainda não concordaram que, não importa o que você faça durante em uma guerra, não deve matar seu adversário usando armas químicas. São a Síria e a Coreia do Norte — as últimas nações que sobraram. E a Síria está a ponto de assinar o acordo. Hoje, a maioria dos países dá apoio verbal aos direitos humanos. Isso não quer dizer que eles cumpram esses princípios o tempo inteiro — as condições nas quais os prisioneiros são tratados nas cadeias americanas e a prisão de ativistas na China mostram isso claramente — mas eu diria que esse compromisso verbal é um primeiro passo. A partir do momento que dizemos que vamos fazer algo, podemos ser cobrados por isso.

Isso poderia levaria todas as sociedades a seguirem os mesmos princípios? Não imagino que todas as sociedades — ou todos os grupos dentro de uma sociedade — vão terminar pensando do mesmo modo sobre todas as questões normativas. Por exemplo, eu cresci entre Gana e Inglaterra. As estruturas das famílias são diferentes nesses dois lugares. Na tradição da família de meu pai, ganesa, você pertence à família de sua mãe, e a autoridade masculina em sua vida é o irmão da sua mãe. Na Inglaterra, você pertence à família de seu pai e é ele o principal homem em sua vida. Não acho que exista qualquer razão para pensar que alguma dessas estruturas é melhor que a outra. São apenas dois modos diferentes de se organizar. Talvez o modo britânico seja melhor adaptado à economia do mundo moderno, onde as pessoas não vivem mais cercadas por toda a sua família, mas em pequenos casais. Assim, o convívio direto com o tio fica difícil. Mas não havia nada de moralmente errado com o modo como se vivia antes. Do mesmo modo, todos podemos concordar com a democracia, mas algumas sociedades podem escolher o presidencialismo e outras o parlamentarismo. Nós podemos concordar com o quadro básico dos direitos humanos — todos devem ter acesso a boa nutrição, cuidados médicos e direitos políticos — mas podemos discordar quanto aos motivos de esses direitos serem desejáveis. Os católicos poderão dizer que isso é desejável porque todos são filhos de Deus. Um ateu terá uma teoria diferente, porque ele não acha que a moral vem de Deus. Tudo bem também. Na verdade, desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, grande parte do mundo concorda sobre algumas premissas básicas. Isso está acontecendo, não é uma profecia.

Revista Veja

FAST FOOD PREJUDICA O DNA DO HOMEM

A revista britânica Nutrition Journal informa que o abuso de alimento nocivo, como, por exemplo, os hambúrgueres, pizza, sorvete de creme de nata e outro fast-food ameaça não somente com a obesidade, mas também pode prejudicar o DNA da pessoa.
O organismo pode obter “cicatrizes” tão profundas, que estas mudanças serão transmitidas à geração seguinte juntamente com a propensão invencível de consumir o fast-food.
Os especialistas do Instituto Nacional de Alergia e de Doenças Infecciosas no estado de Maryland reputam que o organismo humano é um sistema ecológico miniaturado e que tudo que afeta o equilíbrio de bactérias, existentes no organismo, pode exercer também uma influência irreversível sobre a saúde. Por exemplo, o consumo regular do fast-food mina o sistema imunogênico, aumenta o risco de contração de doenças infecciosas, de reações alérgicas, de infecções e do câncer.
Estas mudanças nocivas no sistema imunogênico transmitem-se a descendentes que “pagam” a alimentação incorreta dos seus pais.
“É especialmente nociva a dieta ocidental com abundância de pratos gordurosos e farinhentos. Precisamente a sua difusão é responsável pelo aumento brusco da incidência de doenças autoimunes nos países em que anteriormente este índice era bastante baixo. O número de doentes aumenta substancialmente em toda parte, aonde os EUA vêm com os seus fast-foods”, afirma o autor da pesquisa Ian Myles.

PUBLICADO . EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE

A MAIOR USINA SOLAR DO MUNDO


O Ivanpah Solar Electric Generating System, na Califórnia (EUA), reúne 300.000 espelhos com 2 m de altura e 3 m de largura. Eles são controlados por computador, focalizando a luz do Sol até o topo de torres com 140 m de altura. Nelas, a água se transforma em vapor para mover turbinas de energia.

Esta é a maior usina de energia solar do mundo, e pertence às empresas NRG Energy, BrightSource Energy e Google – a gigante das buscas investe há tempos em energia limpa. A usina começou hoje a gerar eletricidade, após resolver questões regulatórias e problemas jurídicos.

O anúncio oficial lista as vantagens da energia solar:
O Ivanpah Solar Electric Generating System já está funcionando, e leva eletricidade solar para clientes na Califórnia. Em plena capacidade, as três torres com 140 m de altura produzem um total bruto de 392 megawatts (MW) de energia solar. Isto é eletricidade o bastante para 140 mil casas na Califórnia, que recebem energia limpa e evitam 400.000 toneladas métricas de CO2 por ano – o equivalente à remoção de 72 mil veículos da estrada.
A usina se estende por um terreno de 13 km² que pertence ao governo americano, próximo à fronteira entre os estados da Califórnia e Nevada. E ela é linda demais. 

Por:
Fotos por BrightSource Energy

AGRICULTURA DE 800 ANOS ATRÁS PODEM NOS ENSINAR A PROTEGER A AMAZÔNIA

Descobertas recentes indicam que podemos aprender com os primeiros habitantes da Amazônia como utilizar suas terras de forma sustentável.
Se você é contra o desmatamento em massa da nossa floresta, a aposta é seguir as dicas de índios que moravam lá anos atrás.
Uma equipe internacional de arqueólogos e paleoecologistas relataram pela primeira vez que os povos indígenas que viviam nas savanas ao redor da floresta amazônica cultivavam suas terras sem o uso de fogo.
A pesquisa pode fornecer ideias sobre o uso sustentável e a conservação dos ecossistemas amazônicos, que são globalmente importantes e estão sendo rapidamente destruídos.
Ao analisar registros de carvão vegetal, pólen e outros materiais abrangendo mais de 2.000 anos, a equipe da pesquisa criou o primeiro retrato detalhado do uso da terra nas savanas amazônicas na Guiana Francesa. Isto dá uma perspectiva única sobre aquele pedaço de terra, antes e depois da chegada dos europeus, que ocorreu em 1492.
A pesquisa mostra que os primeiros habitantes destas savanas amazônicas praticavam um tipo de agricultura que envolvia a construção de pequenos montes agrícolas com instrumentos de madeira.
Estes campos elevados tinham uma melhor drenagem, aeração do solo e retenção de umidade, ideal para um ambiente que tem tanto secas quanto inundações.
Os campos levantados também se beneficiavam de um aumento de fertilidade, pois o esterco era continuamente tirado da bacia alagada e depositado sobre os montes.
Os agricultores antigos limitavam os incêndios, e isso ajudava a conservar os nutrientes do solo e a matéria orgânica, e preservar a estrutura do solo.
“Nós usamos datação por radiocarbono para determinar a idade desses tipos de canteiros e chegamos à conclusão de que datam de 800 anos atrás”, disse o Dr. Mitchell Power, professor da Universidade de Utah, EUA.
Ou seja, os povos indígenas antigos não usavam o fogo como uma forma de limpar as savanas e gerenciar sua terra, como era pensado. A pesquisa também mostra um aumento acentuado dos incêndios com a chegada dos primeiros europeus, um evento conhecido como Encontro Colombiano.
Depois desse evento, o tipo de agricultura saudável nas savanas amazônicas se perdeu e até 95% da população indígena foi exterminada, graças a doenças trazidas pelos colonizadores europeus.
Os pesquisadores dizem que esta antiga forma de agricultura poderia pavimentar o caminho para aplicações modernas do mesmo tipo em áreas rurais da Amazônia.
“Ela pode se tornar uma alternativa para a queima de florestas tropicais, recuperando terras de outra forma abandonadas e ecossistemas de cerrado criados pelo desmatamento. Ela tem a capacidade de diminuir as emissões de carbono e, ao mesmo tempo, garantir a segurança alimentar para as populações rurais mais vulneráveis e pobres”, disse o Dr. José Iriarte, da Universidade de Exeter, Reino Unido, principal autor do estudo.
“Savanas amazônicas estão entre os ecossistemas mais importantes na Terra, suportando uma rica variedade de plantas e animais que também são essenciais para a gestão do clima. As savanas hoje são frequentemente associadas com fogo e elevadas emissões de carbono, mas nossos resultados mostram que nem sempre foi assim. Com o aquecimento global, é mais importante do que nunca encontrarmos uma forma sustentável de gerenciar savanas. As pistas de como conseguir isso poderiam estar nos 2.000 anos de história que nós revelamos”, comentou o professor Doyle McKey, da Universidade de Montpellier, França.

VENENO DE ARANHA PODE SALVAR ABELHAS

 
PARIS, 04 Jun 2014 (AFP) - O veneno de uma das aranhas mais venenosas do mundo pode ajudar a salvar as abelhas melíferas (produtoras de mel) ao servir de base para um bio-pesticida capaz de eliminar pragas, mas poupar os insetos que são polinizadores poderosos, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira.

As populações de abelhas, tanto selvagens quanto criadas em cativeiro, estão em declínio na Europa, nas Américas e na Ásia por razões que os cientistas lutam para entender, e os pesticidas industriais são considerados os principais responsáveis.

No ano passado, cientistas alertaram que certos pesticidas usados para proteger cultivos ou colmeias podem confundir os circuitos cerebrais das abelhas, afetando sua memória e suas habilidades de navegação das quais dependem para encontrar comida, colocando colmeias inteiras em perigo.

Desde então, a União Europeia impôs uma proibição temporária a alguns destes produtos químicos.

Agora, uma equipe da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, descobriu que um bio-pesticida feito com uma toxina do veneno da aranha da família 'Hexathelidae', natural da Austrália, e uma proteína da planta galanto, não prejudica as abelhas.

"Fornecer doses agudas e crônicas às abelhas, para além dos níveis que experimentariam no campo, teve apenas um efeito suave na sobrevida das abelhas e nenhum efeito mensurável em seu aprendizado e memória", informou a universidade em um comunicado.

Nem as abelhas adultas, nem as lavras foram afetadas, reportou o estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.

Anteriormente, o bio-pesticida não demonstrou ter efeitos nocivos aos humanos, apesar de ser altamente tóxica para uma série de pragas importantes.

As abelhas respondem por 80% da polinização de plantas feita por insetos. Sem elas, muitos cultivos deixariam de dar frutos ou precisariam ser polinizados manualmente.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) informou que os polinizadores contribuem com pelo menos 70% dos grandes cultivos de alimentos humanos.

O valor econômico dos serviços de polinização foram estimados em US$ 208 bilhões em 2005.

"Não haverá uma solução única", disse o co-autor do estudo, Angharad Gatehouse.

"O que precisamos é de uma estratégia de gestão integrada de pragas e pesticidas específicos aos insetos serão apenas uma parte disto", concluiu.

mlr/ri/cc/mvv-mm

MATEMÁTICA REVELA CONEXÃO COM TEIA DE ARANHA


Relação entre forma e função
Cientistas descobriram uma relação matemática que mostra uma analogia precisa entre a estrutura física da teia de aranha e a estrutura sonora de uma música.
Isto prova, segundo eles, que a estrutura de cada uma delas tem uma relação similar com a sua função.

Ou seja, a "lei" matemática que descreve a relação entre as proteínas que formam a teia de aranha e suas propriedades de resistência e leveza é a mesma que descreve a relação entre as notas musicais e o efeito que a música exerce sobre o ouvinte.
Além das claras implicações filosóficas da descoberta, a metodologia matemática poderá guiar os cientistas na sintetização de novos materiais.

Esses materiais poderão ser criados para atender a necessidades específicas, por meio da repetição de padrões de estruturas menores, da mesma forma que as proteínas são reunidas para forma a teia de aranha, ou as notas musicais são reunidas para formar uma melodia.

Da teoria à prática
Mas o que têm em comum uma teia de aranha e uma melodia?
Para descobrir isto, os pesquisadores fizeram uma comparação passo a passo que começou com os blocos fundamentais de cada um deles - um aminoácido e uma onda sonora - e foi até um segmento de fio de seda e uma canção simples.

A conclusão de David Spivak, Markus Buehler e Tristan Giesa parece surrealista.
Segundo eles, os padrões estruturais das proteínas estão diretamente relacionados com a leveza e a resistência da teia de aranha, da mesma forma que a "tensão sônica" das notas da canção está relacionada com a resposta emocional induzida no ouvinte.

Ao encontrar similaridades com exatidão matemática entre coisas tão diferentes, os pesquisadores demonstraram que sua metodologia pode ser usada para a comparação de descobertas científicas em áreas diferentes.

O trabalho também sugere que os engenheiros poderão ampliar seu conhecimento dos sistemas biológicos estudando a relação existente entre a forma e a função de cada elemento.

Finalmente, e de forma mais prática, o trabalho abre a perspectiva de que, de posse de uma necessidade - por exemplo, um material com propriedades específicas para atender a uma determinada função - os engenheiros possam sintetizá-lo repetindo padrões simples já encontrados na natureza.

Modificar o ambiente
A conexão entre a forma e a função de um material é estabelecida por um mecanismo chamado "log ontológico", ou olog.

Um olog é um meio abstrato de categorizar as propriedades gerais de um sistema - seja ele um material, um conceito matemático ou um fenômeno - revelando as relações inerentes entre sua estrutura e sua função.

"Há indícios crescentes de que padrões similares de estruturas materiais em nanoescala, tais como aglomerados de ligações de hidrogênio ou estruturas hierárquicas, governam o comportamento dos materiais no ambiente natural," afirma Buehler.

Segundo ele, o estudo permitiu então "compilar informações sobre o funcionamento dos materiais de forma matematicamente rigorosa e identificar os padrões que são universais para uma grande classe de materiais."

"Seu potencial para modificar o ambiente - no projeto de novos materiais, estruturas ou infra-estrutura - é imenso," conclui o pesquisador.


Redação do Site Inovação Tecnológica 

FORMIGAS PROTEGEM ÁRVORES DE ELEFANTES


Na teoria, o senso comum é que elefantes têm medo de ratos, mas, na realidade, eles parecem ter mais medo de insetos.

Pesquisas realizadas na área central do Quênia, em Laikipia e no Tsavo National Park, descobriram que uma espécie de acácia encontrada no leste da África parece ser protegida contra danos causados por elefantes. E quem as protege? As formigas que vivem nelas.
Os elefantes retiram e destroem as cascas das árvores quando se alimentam. O número de elefantes no planalto central do Quênia tornou-se elevado demais nos últimos anos, o que estava diminuindo bastante a vegetação arbórea.

Porém, os pesquisadores ficaram intrigados quando observaram que a cobertura arbórea só tinha diminuído em áreas com solo arenoso, e não em solos argilosos.

No solo argiloso parecia haver apenas um tipo de árvore, uma acácia chamada Acacia drepanolobium. Elas têm uma relação simbiótica com formigas: a planta fornece abrigo e alimento para elas, e elas protegem a planta de elefantes.

Os pesquisadores testaram esse “sistema de segurança” e, realmente, os elefantes só se interessaram em comer as árvores quando as formigas foram retiradas da planta. Os investigadores notaram que os elefantes não queriam sequer tocar os ramos com formigas, pois podiam sentir o cheiro delas e sabiam que seria doloroso comer aquela planta. E eles não têm apenas medo de formigas, mas também fogem de áreas com abelhas, logo que ouvem seus zumbidos.

Segundo os pesquisadores, os elefantes parecem ser cuidadosos quanto a evitar serem mordidos no lado inferior de seus troncos. Outros herbívoros de grande porte, especialmente as girafas, comem as árvores mesmo com as formigas tentando as atacar, provavelmente porque não são tão incomodadas pelos animais. Os investigadores pretendem descobrir porque, e como funciona a ação das formigas.

 BBC

BELEZA SECRETA DA INTERNET


Um arquiteto britânico com uma quedinha por computação passou os últimos dez anos desenvolvendo um software maluco. O programa analisa os dados de um site de grande acesso, em um dado momento, e transforma as informações em um trabalho artístico luminoso. O resultado, como se pode ver nas imagens, parece uma explosão espacial, fogos de artifício ou coisa parecida.

Martyn Dade Robertson, o nosso criativo personagem, desenvolveu o trabalho através da Universidade de Newcastle (Inglaterra). A ideia do pesquisador era criar uma maneira de expressar visualmente a movimentação de um site, os cliques e os links utilizados pelos usuários.
Para isso, o software Data Portrait (“retrato de dados”, na tradução literal) captura todas as informações relativas a um site em um determinado instante. A “foto” que se cria é um interessante emaranhado de pontos e linhas brilhantes.

Os pontos representam todos os componentes de uma página: os botões, os atalhos e os destaques. As linhas, por sua vez, mostram os hyperlinks. Todas as ligações externas feitas pelos usuários são captadas pelo programa de Robert.
Uma vez impressa, a imagem de cada site pode ser manipulada, de forma que as linhas podem aumentar ou diminuir de comprimento, largura e intensidade, por exemplo. A intenção principal do arquiteto é artística: visa criar imagens bonitas a partir de conteúdo online.
 
Para exibir o trabalho ao público, Robertson capturou imagens de sites como o Google, o da Nasa e o da revista norte-americana Wired, que contam com grande acesso. Como consequência, o que se vê nos retratos é um número incontável de ligações entre traços e pontos reluzentes. Uma galeria com a obra dele pode ser conferida aqui.
O conceito de transformar informações de rede em arte ainda é relativamente novo, razão pela qual Robertson já declarou que pretende levantar fundos para levar sua pesquisa ainda mais adiante. No mínimo, é uma maneira mais divertida de enxergar a densidade de informações que atravessam a internet o tempo inteiro. 
Ypescience Science Daily   Wired   Data Portraits

COMPUTADORES SERÃO TÃO PODEROSOS QUANTO O CÉREBRO HUMANO?


De máquinas gigantescas que ocupavam o andar de um prédio a aparelhos que cabem no bolso, os computadores passaram por uma evolução impressionante em questão de décadas – dobrando sua capacidade de processamento a cada 18 meses, aproximadamente. Se mantivermos esse ritmo, quando a humanidade estará mais próxima de um cenário como o de O Exterminador do Futuro ou Eu, Robô?
Antes de prosseguir, é importante estabelecer um critério de comparação. A equipe do site Mother Jones escolheu a capacidade de cálculos por segundo e, para facilitar a visualização, traçou um paralelo entre a quantidade de água (em onça fluida estadunidense, que equivale a cerca de 29 ml) do Lago Michigan (EUA) e o número de cálculos que o cérebro humano consegue realizar em um segundo.
Em cálculos por segundo, o volume em onças fluidas do Lago Michigan é igual a capacidade do nosso cérebro: 2,88 x 10¹⁷. Se o esvaziássemos e o quiséssemos preencher totalmente, isso seria possível em 85 anos. Ou seja, partindo de um cálculo por segundo em 1940, os computadores seguem evoluindo cada vez mais rápido e, nesse ritmo, chegarão à capacidade do cérebro humano em 2025. Se isso vai se traduzir em robôs tiranos capazes de escravizar a humanidade, porém, ainda é cedo para dizer.

Gizmodo

FACEBOOK ESTÁ RUMANDO PARA A DOMINAÇÃO TOTAL DO MUNDO

De maneira lenta, gradual e segura, a rede social Facebook está prestes a dominar
planeta. Desde o mês passado, o Império de Mark Zuckerberg pode orgulhosamente ser considerada a rede social reinante em 127 dos 137 países pesquisados. E dá-lhe prints de termômetros e citações de Clarice Lispector.

Além disso, é uma grande evolução considerando o posto do Facebook apenas três anos atrás. Como você pode observar pelas figuras, a rede mal conseguia dominar um continente inteiro e praticamente inexistia em países asiáticos. Agora, o Facebook está mesmo ultrapassando o saudoso Orkut, a rede social uma vez superpopular entre nós, brasileiros, e paraguaios e indianos. Quem não lembra da nossa fase de scraps, depoimentos não aceitáveis e buddy poke?
 
O Qzone ainda é, claro, dominante na China, onde as pessoas têm que se contentar com sua própria versão de sites populares em um país notório por sua restrição à internet. O curioso caso é do Irã, arqui-rival dos Estados Unidos, país Natal de Zuck, onde o Face já foi dominante, e agora perdeu seu reinado.


Vale a pena ressaltar também o fim da diversidade de redes sociais espalhadas pelo globo. Se em junho de 2009 o mapa mundi apontava 17 sites de relacionamentos relevantes mundialmente, em junho deste ano são apenas seis. E, com exceção da Rússia, da China e do Irã, que possuem sua própria rede social nacional, existem apenas outros dois sites que tentam ainda se manter vivos no Leste Europeu frente à ameaça do FB.
Nesse ritmo – Facebook já possui cerca de 1,2 bilhões de usuários ativos mensais –, é só uma questão de tempo até que todos os países do planeta sejam pintados de azul. Depois, vai ser só esperar sua decadência. Porque se a História nos ensinou alguma coisa até agora, foi que todo império surge, conquista territórios, atinge seu auge, e entra em declínio. Sua hora também vai chegar, Zuck. 

Gizmondo

quinta-feira, 17 de julho de 2014

RODEIOS ENFRENTAM CONSTANTE QUEDA DE PUBLICO NO BRASIL

Rodeio de Barretos (Foto: Reprodução Internet)

De acordo com artigo da Folha de São Paulo, os rodeios enfrentam redução de público e buscam diversificar as atrações na tentativa de frear esta redução.
A queda de frequentadores atinge aquelas que são consideradas as “festas” mais tradicionais – Barretos, Americana, Limeira e Jaguariúna.
Entre os motivos apontados para a diminuição está a ação de entidades de proteção animal.
O rodeio de Americana por exemplo, teve queda de público pelo segundo ano seguido, assustando seus organizadores. Neste ano, o público foi 30% menor do que em 2013, que já havia sido 14% inferior a 2012.
A constatação acompanha as recentes proibições na realização de rodeios e vaquejadas em diversas cidades do país como Fortaleza (CE)Petrópolis (RJ)Juiz de Fora (MG) e Valinhos (SP).

Fonte: Veggi & Tal
Ivana Negri está cadastrada em nosso Blog e Facebook

quarta-feira, 9 de julho de 2014

SALÁRIOS DOS 23 ATLETAS BRASILEIROS COPA 2014

GOLEIROS:
 Júlio César (R$ 530 mil/mês);
● Victor (R$ 235 mil/mês);
● Jefferson (R$ 250 mil/mês);

DEFESA:
● Thiago Silva (R$ 3,2 milhões/
mês);

● David Luiz (R$ 418 mil/mês);
● Dante (R$960 mil/mês);
● Henrique (R$ 100 mil/mês);
● Daniel Alves (R$ 600 mil/mês);
● Maicon (R$ 1,2 milhão/mês);
● Marcelo (R$ 830 mil/mês);
● Maxwell (R$ 1,08 milhão/mês);

MEIO-CAMPO:
● Fernandinho (R$ 1,2 milhão/
mês);
● Luiz Gustavo (R$ 660 mil/mês);
● Paulinho (R$ 1 milhão/mês);
● Hernanes (R$ 800 mil/mês);
● Ramires (R$ 656 mil/mês);
● Oscar (R$ 475 mil/mês);
● Willian (R$ 625 mil/mês);

ATAQUE:
● Hulk (R$ 2 milhões/mês);
● Bernard (R$ 1,1 milhão/mês);
● Fred (R$ 750 mil/mês);
●  (R$ 150 mil/mês);
● Neymar (R$ 5 milhões/mês).
 Fonte: Jorge Guirado/Catve
esportes.br.msn.com/copa2014

domingo, 6 de julho de 2014

ROMÁRIO DE SOUZA FARIA SUGERE QUE JOVENS ESTUDEM A CONSTITUIÇÃO NA ESCOLA

O deputado Romário (PSB-RJ) apresentou  o projeto de Lei 6954 de 2013, que inclui o estudo da Constituição Federal nos ensinos fundamental e médio. Pela proposta, a disciplina “Constitucional” deve formar um cidadão consciente de seus direitos individuais e deveres sociais. A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Romário argumenta que os jovens, ao completarem 16 anos e adquirirem o direito ao voto, devem estar preparados para participar ativamente da sociedade. “O objetivo deste projeto é expandir a noção cívica dos nossos estudantes, ensinando-lhes sobre seus direitos constitucionais, como cidadão e futuro eleitor e, em contrapartida, aprenderem sobre seus deveres”, explica Romário.

O parlamentar também destaca que após as manifestações de junho, quando milhões de pessoas foram às ruas protestar contra serviços públicos ruins e corrupção, tornou-se necessária mais atenção aos jovens. “Os estudantes devem ter uma base educacional sólida para compreender a importância de ser um cidadão consciente e as consequências geradas à gestão pública ao escolher um candidato despreparado ou ficha suja”, argumenta o autor.

www.folhapolitica.org/.../projeto-de-romario-sugere-que-jovens.html

BERLIM TERÁ A PRIMEIRA IGREJA-MESQUITA-SINAGOGA


Berlim acredita estar fazendo história no universo das religiões ao unir muçulmanos, judeus e cristãos para construir um lugar onde todos possam rezar. The House of One (A Casa de Um, em tradução livre), como está sendo chamada, terá uma sinagoga, uma igreja e uma mesquita sob o mesmo teto.
O projeto foi escolhido em um concurso de arquitetura. Trata-se de um edifício de tijolo com uma torre alta e quadrada no centro. Do outro lado de um pátio ficarão as casas de culto das três religiões - a Sinagoga, a igreja e a mesquita.

Nesta semana, os idealizadores do projeto iniciaram uma campanha para angariar fundos para a construção do edifício. Qualquer pessoa pode doar dinheiro online para o projeto – cada um pode contribuir com quantos tijolos quiser, sendo que cada tijolo custa 10 euros (cerca de R$ 30). A construção do edifício irá começar quando as doações atingirem 10 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões) – a expectativa é que esse valor seja alcançado até 2015.

O projeto prevê cerca de dois anos para a realização das obras.

O prédio será construído em uma região de destaque - Petriplatz - no coração de Berlim. A localização é muito importante, de acordo com um dos três líderes religiosos envolvidos, o rabino Tovia Ben Chorin. "Do meu ponto de vista judaico, a cidade que planejou o sofrimento dos judeus agora é a cidade que está construindo um centro para as três religiões monoteístas que moldaram a cultura europeia", disse à BBC.

Eles poderão se entender? "Nós podemos.
O fato de que existem pessoas dentro de cada grupo que não podem é um problema, mas é preciso começar em algum lugar e é isso que estamos fazendo."
O imã envolvido, Kadir Sanci, vê A Casa de Um como "um sinal, um sinal para o mundo de que a grande maioria dos muçulmanos é pacífica e não violenta". É também, segundo ele, um lugar onde diferentes culturas podem aprender umas com os outras. Cada uma das três áreas na Casa terá o mesmo tamanho, mas formas diferentes, explica o arquiteto Wilfried Kuehn.

"Cada um dos espaços foi projetado de acordo com as necessidades do culto religioso, com as particularidades de cada fé", disse. "Por exemplo, há dois andares na mesquita e na sinagoga, mas apenas um na igreja. Haverá um órgão na igreja. Teremos um lugar onde se possa lavar os pés na mesquita."

Kuehn e sua equipe de arquitetos pesquisaram projetos para os três tipos de locais de culto e encontraram mais semelhanças do que esperavam."O que é interessante 
é que, quando você volta um tempão atrás, observa-se que eles compartilham uma série de tipologias arquitetônicas. Eles não são tão diferentes", disse. "Não é necessário, por exemplo, que uma mesquita tenha um minarete – essa é apenas uma possibilidade, não uma necessidade. E uma igreja não precisa ter uma torre. Eu estou falando de voltar às origens, quando essas três religiões estavam perto e compartilhavam arquitetonicamente de muitas coisas".

No passado, as diferentes religiões usaram os mesmos edifícios, mas não no mesmo período. As mesquitas no sul da Espanha se tornaram catedrais após a conquista cristã. Na Turquia, igrejas se tornaram mesquitas. Na Grã-Bretanha, antigas capelas galesas chegaram a se tornar mesquitas - e a mesquita de Brick Lane, no leste de Londres, começou como uma igreja no século 18, depois virou uma sinagoga e agora se tornou em um lugar de culto para a recém-chegada comunidade muçulmana.

Mas isso é diferente de três religiões rezando como vizinhas sob um mesmo teto.

O pastor Gregor Hohberg, um pároco protestante, disse que a Casa será construída no local onde foi a primeira igreja em Berlim, que data do século 12. A Igreja de St Petri foi duramente atingida no final da Segunda Guerra Mundial, quando o Exército Vermelho ocupou Berlim. O que restou foi destruído no período pós-guerra pelas autoridades da Alemanha Oriental.

Então, há seis anos, os arqueólogos descobriram vestígios de um cemitério antigo e decidiram que algo deveria ser feito para ressuscitar a comunidade e o lugar de culto. 


O projeto se expandiu e mudou de um edifício de uma só crença para o atual plano de uma Casa para as três fés.

Cada fé manterá sua forma distinta dentro da sua área, disse o Pastor Hohberg.
"Sob o mesmo teto: uma sinagoga, uma mesquita e uma igreja. Queremos usar esses espaços para nossas próprias tradições e orações. E juntos queremos usar a área central como um espaço de diálogo e de discussão e também para aqueles não tem fé".

"Berlim é uma cidade onde pessoas de todo o mundo se reúnem e nós queremos dar um bom exemplo de união."

BBC

ÁGUA PODE AJUDAR A MELHORAR O DESEMPENHO MENTAL

Um novo estudo sugere que beber água pode ajudar a melhorar o  desempenho mental, pelo menos em certos tipos de testes.
Na pesquisa, participantes que consumiram cerca de três xícaras de água (775 mililitros) antes de fazer uma bateria de testes cognitivos tiveram melhor desempenho em uma avaliação que mediu o tempo de reação das pessoas, em comparação com aqueles que não beberam água. Nos demais testes, nenhuma diferença foi vista.
 34 adultos foram convidados a abster-se de comida ou bebida a partir das 21:00, e ir a um laboratório no dia seguinte para fazer alguns testes. Os participantes visitaram o laboratório duas vezes: em uma ocasião, os cientistas ofereceram-lhes uma barra de cereal e água, e em outro dia, apenas uma barra de cereais.
Para o teste de reação, os participantes tinham que pressionar um botão assim que viam um objeto na tela do computador. Os tempos de reação dos que tinham bebido água foram 14% mais rápidos do que do grupo sem água.
O consumo de água não afetou significativamente o desempenho em outros testes de cognição, como memória de palavras.
Os pesquisadores especulam que a sensação de sede pode tirar um pouco da atenção do trabalho em mãos, e, assim, prejudicar o tempo de resposta das pessoas.
Os resultados sugerem que matar a sede “libera recursos de atenção” para que as pessoas se saiam melhor em tarefas que exigem concentração.
No entanto, o consumo de água nem sempre pode melhorar a cognição.Em um teste em separado de aprendizagem de regras, os participantes se saíram melhor quando não tinham bebido água antes.
Pesquisas futuras devem tentar explicar por que a água potável parece ter efeitos benéficos em alguns casos, mas negativos em outros.
“Pode ser que os processos fisiológicos [de beber ou não beber água] afetam o desempenho em tarefas diferentes de formas diferentes”, disse a pesquisadora Caroline Edmonds, da Universidade de East London, na Inglaterra. “Sede pode levar a um melhor desempenho em algumas tarefas porque o hormônio vasopressina, que ativa a resposta de sede, também tem sido associado à atenção e excitação”.
Estudos anteriores em adultos sugerem que a desidratação pode diminuir o desempenho mental, e estudos em crianças têm sugerido que o consumo de água pode melhorar a memória.
Mais pesquisas são necessárias para esclarecer esses links.